Queda de -52,7%, no acumulado de janeiro a outubro 2024 as exportações somaram US$ 284,46 bilhões, alta de 0,5% ante o mesmo período no ano anterior. Exportações em queda no mês de outubro e, no acumulado do ano. E os parceiros que mais compraram do Brasil forma Argentina, Estados Unidos e União Européia. Por outro lado, China, Hong Kong e Macau tiveram queda nas compras, mas o Brasil importou mais destes países asáticos.
Outubro de 2024, comparado a igual mês do ano anterior, as exportações caíram -0,7% e somaram US$ 29,46 bilhões. As importações cresceram 22,5% e totalizaram US$ 25,12 bilhões. Assim, a balança comercial registrou superávit de US$ 4,34 bilhões, com queda de -52,7%, e a corrente de comércio aumentou 8,8%, alcançando US$ 54,58 bilhões, dados divulgados pelo Secretaria de Comércio Exterior(Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
No acumulado de janeiro a outubro 2024, em comparação a igual período do ano anterior, as exportações cresceram 0,5% e somaram US$ 284,46 bilhões. As importações cresceram 9,5% e totalizaram US$ 221,44 bilhões. Como consequência destes resultados, a balança comercial apresentou superávit de US$ 63,02 bilhões, com queda de -22,0%, e a corrente de comércio registrou aumento de 4,3%, atingindo US$ 505,90 bilhões.
Setores e Produtos.: Exportações — Em outubro de 2024, o desempenho dos setores foi o seguinte: queda de -12,8% em Agropecuária, que somou US$ 5,60 bilhões; queda de -14,5% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 6,40 bilhões e, por fim, crescimento de 10,9% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 17,26 bilhões. A combinação destes resultados levou a queda do total das exportações.
A retração das exportações foi puxada, principalmente, pela queda nas vendas dos seguintes produtos: Milho não moído, exceto milho doce (-32,8%), Frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas ( -3,0%) e Soja (-31,3%) na Agropecuária; Minério de ferro e seus concentrados (-18,7%), Minérios de cobre e seus concentrados (-41,1%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (-10,8%) na Indústria Extrativa ; Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (-24,2%), Produtos semi-acabados, lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço (-46,6%) e Instalações e equipamentos de engenharia civil e construtores, e suas partes (-43,7%) na Indústria de Transformação.
Por sua vez, ainda que o resultado das exportações tenha sido de queda, os seguintes produtos registraram aumento nas vendas: Animais vivos, não incluído pescados ou crustáceos (114,7%), Café não torrado (62,7%) e Algodão em bruto ( 15,4%) na Agropecuária; Pedra, areia e cascalho (100,6%), Minérios de alumínio e seus concentrados ( 89,2%) e Minérios de metais preciosos e seus concentrados ( 52,1%) na Indústria Extrativa ; Carne bovina fresca, refrigerada ou congelada ( 47,2%), Açúcares e melaços ( 14,4%) e Celulose (83,8%) na Indústria de Transformação.
Acumulado no Ano — No acumulado de janeiro a outubro de 2024, em comparação com igual período do ano anterior, os resultados por setores foram os seguintes: queda de -8,9% em Agropecuária, que somou US$ 64,01 bilhões; crescimento de 7,2% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 68,42 bilhões e, por fim, crescimento de 2,4% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 150,58 bilhões. A associação destes resultados levou ao aumento do total das exportações.
Esta conjuntura de crescimento nas exportações foi influenciada pelo crescimento das vendas nos seguintes produtos: Animais vivos, não incluído pescados ou crustáceos (43,4%), Café não torrado (54,4%) e Algodão em bruto (110%) na Agropecuária; Minério de ferro e seus concentrados (3,4%), Minérios de cobre e seus concentrados (11%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (10,6%) na Indústria Extrativa ; Carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (24,2%), Açúcares e melaços (32,8%) e Celulose (33,9%) na Indústria de Transformação.
Por sua vez, ainda que o resultado das exportações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos tiveram diminuição: Arroz com casca, paddy ou em bruto (-52,7%), Milho não moído, exceto milho doce (-40,2%) e Soja (-15,6%) na Agropecuária; Outros minerais em bruto (-26,7%), Minérios de níquel e seus concentrados (-22,3%) e Outros minérios e concentrados dos metais de base (-28%) na Indústria Extrativa ; Farelos de soja e outros alimentos para animais (excluídos cereais não moídos), farinhas de carnes e outros animais (-13,4%), Gorduras e óleos vegetais, “soft”, bruto, refinado ou fracionado (-50,2%) e Produtos semi-acabados, lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço (-24,2%) na Indústria de Transformação.
Importações — Em outubro de 2024, o desempenho das importações por setor de atividade econômica foi o seguinte: crescimento de 32,6% em Agropecuária, que somou US$ 0,47 bilhões; queda de -9,6% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 1,54 bilhões e, por fim, crescimento de 25,5% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 22,95 bilhões. A combinação destes resultados motivou ao aumento das importações.
O movimento de crescimento nas importações foi influenciado pela ampliação das compras dos seguintes produtos: Trigo e centeio, não moídos ( 68,9%), Cevada, não moída (557,5%) e Frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas (33,1%) na Agropecuária; Outros minerais em bruto ( 7,8%), Outros minérios e concentrados dos metais de base ( 82,9%) e Gás natural, liquefeito ou não (306,6%) na Indústria Extrativa ; Compostos organo-inorgânicos, compostos heterocíclicos, ácidos nucléicos e seus sais, e sulfonamidas ( 48,2%), Motores e máquinas não elétricos, e suas partes (exceto motores de pistão e geradores) (57,5%) e Partes e acessórios dos veículos automotivos (41,9%) na Indústria de Transformação.
Ainda que o resultado das importações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos tiveram diminuição: Produtos hortícolas, frescos ou refrigerados (-16,6%), Especiarias ( -8,8%) e Soja ( -100,0%) na Agropecuária; Fertilizantes brutos (exceto adubos) ( -9,4%), Carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (-21,7%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (-32,6%) na Indústria Extrativa ; Coques e semi-coques, incluindo resíduos de hulha, de linhita ou de turfa, e carvão de retorta (-53,6%), Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) ( -8,9%) e Válvulas e tubos termiônicas, de cátodo frio ou foto-cátodo, diodos, transistores ( -6,9%) na Indústria de Transformação.
Acumulado no Ano — No acumulado de janeiro a outubro 2024, quando comparado com o mesmo período do ano anterior, os resultados por setores foram os seguintes: crescimento de 26,2% em Agropecuária, que somou US$ 4,76 bilhões; expansão de 1,8% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 14,29 bilhões e crescimento de 9,9% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 200,88 bilhões. A combinação destes resultados levou ao aumento do total das importações.
Esta conjuntura de crescimento nas importações foi influenciada pelo crescimento das compras dos seguintes produtos: Trigo e centeio, não moídos (27,9%), Frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas (36,3%) e Soja (319,4%) na Agropecuária; Outros minerais em bruto (6,5%), Outros minérios e concentrados dos metais de base (4,8%) e Gás natural, liquefeito ou não (123,6%) na Indústria Extrativa ; Motores e máquinas não elétricos, e suas partes (exceto motores de pistão e geradores) (29,7%), Veículos automóveis de passageiros (63%) e Aeronaves e outros equipamentos, incluindo suas partes (47%) na Indústria de Transformação.
Ainda que o resultado das importações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos tiveram diminuição: Cevada, não moída (-1,8%), Café não torrado (-67,3%) e Cacau em bruto ou torrado (-7,3%) na Agropecuária; Minérios de cobre e seus concentrados (-100%), Carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (-19,3%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (-6,5%) na Indústria Extrativa ; Coques e semi-coques, incluindo resíduos de hulha, de linhita ou de turfa, e carvão de retorta (-42,3%), Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (-7,3%) e Adubos ou fertilizantes químicos (exceto fertilizantes brutos) (-6,5%) na Indústria de Transformação.
Principais Parceiros Comerciais: Argentina — As exportações para a Argentina, no mês de outubro de 2024, cresceram 22,4% e somaram US$ 1,55 bilhões. As importações aumentaram 30,2% e totalizaram US$ 1,43 bilhões. Logo, a balança comercial com este parceiro comercial apresentou superávit de US$ 0,12 bilhões e a corrente de comércio aumentou 26,1% alcançando US$ 2,98 bilhões.
No período acumulado de janeiro a outubro 2024, em relação a igual período do ano anterior, as vendas para a Argentina caíram -24,8% e atingiram US$ 11,21 bilhões. As importações cresceram 9,7% e chegaram US$ 11,14 bilhões. Com isto, neste período, a balança comercial para este país apresentou saldo positivo de US$ 0,07 bilhões e a corrente de comércio reduziu-se em -10,8% totalizando US$ 22,35 bilhões.
China, Hong Kong e Macau — As exportações para a China, Hong Kong e Macau no mês de outubro de 2024, caíram -22,8% e somaram US$ 7,12 bilhões. As importações aumentaram 46,7% e totalizaram US$ 6,74 bilhões. Assim, a balança comercial com este parceiro comercial apresentou superávit de US$ 0,38 bilhões e a corrente de comércio aumentou 0,3% alcançando US$ 13,86 bilhões.
Estados Unidos — As exportações para os Estados Unidos, em outubro de 2024, cresceram 5,8% e somaram US$ 3,55 bilhões. As importações aumentaram 4,9% e chegaram a US$ 3,63 bilhões. Assim, a balança comercial com este parceiro comercial resultou num déficit de US$ -0,07 bilhões e a corrente de comércio registrou aumento de 5,3% alcançando US$ 7,18 bilhões.
No período de janeiro a outubro de 2024, em relação a igual período do ano anterior, as vendas para China, Hong Kong e Macau caíram -3,5% e atingiram US$ 84,74 bilhões. As importações cresceram 20,4% e totalizaram US$ 53,81 bilhões. Consequentemente, neste período, a balança comercial apresentou superávit de US$ 30,92 bilhões e a corrente de comércio expandiu-se em 4,6% somando US$ 138,55 bilhões.
No acumulado de janeiro a outubro de 2024, em relação ao mesmo período do ano anterior, as exportações para os Estados Unidos cresceram 9,5% e atingiram US$ 32,92 bilhões. As importações cresceram 6,1% e totalizaram US$ 34,32 bilhões. Dessa forma, neste período, a balança comercial para este país apresentou déficit de US$ -1,40 bilhões e a corrente de comércio aumentou 7,7% chegando a US$ 67,24 bilhões.
União Europeia — As vendas para a União Europeia, cresceram 9,4% e chegaram US$ 4,48 bilhões. As importações aumentaram 12,4% e totalizaram US$ 3,95 bilhões. Assim, a balança comercial com este bloco resultou num superávit de US$ 0,53 bilhões e a corrente de comércio aumentou 10,8% alcançando US$ 8,43 bilhões.
No período acumulado de janeiro a outubro de 2024, em relação a igual período do ano anterior, as exportações para a União Europeia cresceram 5,3% e atingiram US$ 40,50 bilhões. As importações cresceram 4,0% e totalizaram US$ 40,01 bilhões. Consequentemente, neste período, a balança comercial com este bloco comercial apresentou superávit de US$ 0,49 bilhões e a corrente de comércio aumentou 4,7% somando US$ 80,50 bilhões.