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01/11/2024

Wilson Sons iniciará em 2025 a construção de 3 rebocadores potentes com tecnologia sustentável

As obras das embarcações serão em seu estaleiro, no Guarujá (SP), embarcações que têm capacidade para apoiar manobras de supernavios de 366 metros. Estaleiro da Wilson Sons, no Guarujá (SP), faz docagens simultâneas de rebocadores.

A Wilson Sons, maior operador de logística portuária e marítima do mercado brasileiro, iniciará em 2025, a construção da nova série de três rebocadores com tecnologia sustentável e grande potência, em seu estaleiro no Guarujá (SP). O objetivo é a renovação e modernização da frota de mais de 80 rebocadores da companhia, que atuam ao longo da costa brasileira.

As três embarcações são da classe ASD 2312 —23 metros de comprimento e 12 metros de largura—, com propulsão azimutal e potência de 70 toneladas de bollard pull (tração estática), capazes de apoiar supernavios de contêineres de 366 metros, em manobras de atracação e desatracação nos principais portos do País.

As novas embarcações seguem o padrão IMO TIER III, da Organização Marítima Internacional, que atesta a redução de até 70% dos óxidos de nitrogênio, semelhantes aos seis rebocadores do ciclo de construção anterior, do modelo 2513 —de 90 toneladas—. O projeto de casco, da Damen Shipyards, permite com suas duplas quilhas (twin fins) diminuir as emissões de gases de efeito estufa, com redução estimada de até 14% no consumo de combustíveis fósseis, contribuindo para a melhoria da qualidade do ar dos portos onde operam.

O COO da Wilson Sons, Arnaldo Calbucci, ressalta que as novas embarcações fazem parte da estratégia de renovação da frota da companhia e reforçam o compromisso da empresa com a modernização das operações.

—O novo ciclo de construção de rebocadores gera emprego e renda para toda a comunidade marítima e portuária, contribuindo com o desenvolvimento do setor e do Brasil, facilitando os fluxos comerciais— afirma.

Com recursos do Fundo da Marinha Mercante (FMM), tendo o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como agente financeiro, os novos rebocadores terão sistema de combate a incêndio com capacidade de 2.400 litros/hr (FiFi I). Outra característica das embarcações são seus motores principais, com menor quantidade de cilindros, contribuindo para reduzir a emissão de gases de efeito estufa, mantendo o mesmo bollard pull de 70 toneladas.

As entregas dos novos rebocadores estão previstas para novembro de 2025, março e junho de 2026.

—A Wilson Sons emprega tecnologia de ponta na construção dos rebocadores, sempre com foco na segurança e eficiência operacional. Com a capacidade técnica dos nossos profissionais e a expertise da Damen, vamos assegurar a excelência do projeto —diz o diretor-executivo da divisão de estaleiro da Wilson Sons, Adalberto Souza.

Com a nova série, a Wilson Sons alcançará a marca de 156 embarcações construídas em seu estaleiro, que possui mais de mais de 80 anos de trajetória.

Manutenções programadas de embarcações crescem mais de 20% este ano — Além do novo ciclo de construções, a Wilson Sons está realizando, em seu estaleiro, a docagem de três rebocadores de diferentes armadores. Entre os serviços de manutenção programada executados, de forma simultânea, estão pintura de casco, casaria, reparos estruturais, manutenção e reparo de válvulas e manutenção nos propulsores e sistemas elétricos. Para realizar os serviços de docagens e construir os novos rebocadores, a empresa conta, atualmente, com cerca de 300 profissionais especializados.

Segundo a previsão da divisão de estaleiro, o ano de 2024, vai terminar com a realização de 27 docagens de embarcações. Com isso, a unidade de negócio deve registrar crescimento de 22% nas manutenções programadas este ano.

Perfil — A Wilson Sons é o maior operador de logística portuária e marítima do mercado brasileiro, com mais de 186 anos de experiência. A companhia tem abrangência nacional e oferece soluções completas para mais de 5 mil clientes, incluindo armadores, importadores e exportadores, indústria de energia offshore, projetos de energia renovável, setor do agronegócio, além de outros participantes em diversos segmentos da economia.