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26/10/2024

Usiminas registra lucro líquido de R$ 185 milhões no 3T24

Reversão frente ao mesmo período do ano passado e ao último trimestre, quando a siderúrgica teve prejuízos de R$ 166 milhões e R$ 100 milhões, respectivamente. Ebtda cresce 72% no período, e indicadores operacionais e financeiros melhoram.

No terceiro trimestre de 2024, a Usiminas registrou recuperação em seus principais indicadores financeiros, por conta do melhor resultado operacional e financeiro, registrado principalmente na unidade de Siderurgia, além do aumento no volume de vendas no mercado interno, resultados divulgados no dia 25 de outubro (sexta-feira).

A companhia teve no trimestre lucro líquido de R$ 185 milhões, recuperando o prejuízo de R$ 100 milhões do segundo trimestre. De julho a setembro, o Ebitda ajustado ficou em R$ 426 milhões —R$ 247 milhões no segundo trimestre de 2024—, e a margem Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) está em 6%, ante 4% registrados de abril a junho deste ano.

Marcelo Chara, presidente da Usiminas, destaca que a recuperação dos resultados confirma as expectativas sinalizadas anteriormente, com avanço na eficiência operacional e na melhoria contínua. —O Alto-Forno 3 atingiu o maior volume de produção desde 2010. Atualmente, produzimos mais aço bruto com dois altos fornos do que o que produzíamos com três—.

Chara ressalta que é preciso seguir neste caminho, fruto de toda a transformação que a Usiminas passa nos últimos tempos, com focos nas rotinas de gestão, segurança e indicadores relacionados à melhoria contínua. —Damos um importante sinal, interna e externamente, com os resultados do terceiro trimestre, da nossa competitividade e da qualificação das nossas equipes—.

Importação — A Usiminas segue acompanhando, junto ao Instituto Aço Brasil e outras entidades, o contínuo aumento do volume de aço subsidiado importado, principalmente de origem chinesa. Neste trimestre, foram 934 mil toneladas de laminados planos, um aumento de 13% em relação ao segundo trimestre e que representam 22% do consumo aparente de aços planos no Brasil.

—Esses números evidenciam a necessidade de um ajuste no sistema de cota e tarifa implementado pelo Governo Federal em junho deste ano. Da mesma forma, seguimos apoiando as autoridades competentes nas investigações antidumping já iniciadas e que visam demostrar os efeitos nocivos desta prática desleal à indústria nacional—pontua Marcelo Chara.

As unidades de negócio: Siderurgia— O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) ajustado ficou em R$ 378 milhões, o maior desde o primeiro trimestre de 2023, frente a R$ 70 milhões do segundo trimestre de 2024. O volume de vendas teve um crescimento de 8% na comparação com o segundo trimestre, registrando 1,1 milhão de toneladas. Houve crescimento de 10% de comercialização no mercado interno, o maior volume desde o terceiro trimestre de 2021. A produção de aço bruto foi de 873 mil toneladas, 6,9% superior ao registrado de abril a junho; já a produção de laminados em Ipatinga e Cubatão totalizou 1,2 milhão de toneladas, 8,3% superior ao trimestre anterior.

Mineração— A venda de minério de ferro ficou em 2,3 milhões de toneladas, aumento de 14% na comparação com o trimestre anterior. A receita líquida registrada foi de R$ 767 milhões, ante R$ 777 milhões de abril a junho, e o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês). ajustado está em R$ 44 milhões, ante R$ 156 milhões do segundo trimestre. Mesmo com o maior volume de vendas, o trimestre foi impactado pela queda no preço do minério.