Contrato aproximado de R$ 500 milhões, As barcaças tem capacidade de transportar 2.900 toneladas cada. Enseada e Tenenge são empresas do Grupo Novonor, a LHG Mining nasceu em 2022, com a aquisição de minas de ferro e manganês em Corumbá (MS) pelo grupo J&F, o maior conglomerado brasileiro, com mais de 290 mil colaboradores em todo o mundo.
O Estaleiro Enseada do Paraguaçu (EEP), localizado na região metropolitana de Salvador(Maragogipe), vai retomar as atividades. O equipamento irá promover a construção de barcaças — navios de transporte de produtos — e serão realizados por quatro estaleiros brasileiros localizados nas regiões Norte e Nordeste, incluindo o Enseada, um dos maiores estaleiros nacionais.
O projeto, que será executado em parceria com a Tenenge, deverá gerar cerca de 300 novos empregos diretos e até 900 indiretos, resultando impacto expressivo para a região do Recôncavo Baiano (Maragogipe). Ao todo, serão 80 barcaças com capacidade de transportar 2.900 toneladas cada, contrato aproximado de R$ 500 milhões. O projeto fomentará a Indústria Naval Brasileira, proporcionando uma grande geração de empregos e crescimento da economia local, trazendo enormes benefícios socioeconômicos para as regiões e para o Brasil.
No projeto, a Enseada entrou em consórcio com a Tenenge, um dos braços de construção da Novonor, — o estaleiro tem 75% do negócio e a construtora, 25%.
O Estaleiro Enseada foi concebido para construção e integração de unidades offshore, como plataformas, navios especializados e unidades de perfuração. É considerado o maior investimento privado da indústria naval brasileira, com cerca de USD 1 bilhão já investidos. O estaleiro, que faz parte de um complexo industrial e logístico, foi implantado em Maragojipe(BA). Com uma localização estratégica que favorece o desenvolvimento de projetos industriais, tem capacidade de processar mais de 100 mil toneladas de aço por ano e possui cerca de mil metros de cais.
O Enseada opera também seu Terminal de Uso Privado (TUP), com área alfandegada de 750 mil metros quadrados realizando operações de exportação e importação de granéis sólidos (mineral e vegetal) e carga geral, além de atuar como indústria voltada para o mercado de energia renovável, com foco na construção de partes de aerogeradores e na atração de projetos de hidrogênio verde.
Enseada e Tenenge são empresas do Grupo Novonor, —antiga Odebrecht —que neste ano completa 80 anos de trajetória e que, por meio dos seus negócios, realiza importantes contribuições para o desenvolvimento do Brasil e dos diversos países onde atua. Durante sua história, os negócios utilizaram-se da competência técnica para prestar serviços e fabricar produtos de qualidade em diversos setores essenciais para a sociedade, como engenharia, infraestrutura, construção, petroquímico, sucroenergético, imobiliário, óleo e gás e mobilidade.
Já a LHG Mining nasceu em 2022, com a aquisição de minas de ferro e manganês em Corumbá (MS) pelo grupo J&F, o maior conglomerado brasileiro, com mais de 290 mil colaboradores em todo o mundo. Chega ao mercado com musculatura para investir no setor minerador e gerar empregos, sempre com foco em se tornar uma solução única para a cadeia de produção de aço mais sustentável.
Enseada, localizado em Maragogipe (BA) planeja colocar ativos à venda em 2025 — A Enseada, estaleiro do grupo Novonor (ex-Odebrecht) localizado na Bahia, planeja colocar todos seus ativos à venda em 2025, segundo o presidente, Ricardo Ricardi ao Valor Econômico. O edital deverá sair em breve, para licitar até o primeiro semestre do ano que vem. A empresa está em recuperação judicial desde 2019 e tenta pagar cerca de R$ 3 bilhões em dívidas. Tal como todos os estaleiros do país, o grupo entrou em grave crise a partir de 2014, após a turbulenta fase da Petrobras e o fim da política nacional de incentivos à indústria de construção naval.
A companhia deverá ser dividida em três unidades, que a princípio serão oferecidas separadamente. A primeira delas compreende um Terminal de Uso Privado (TUP), já em operação no local, para movimentar granéis minerais e vegetais.
As outras duas ainda podem sofrer alterações e devem encontrar mais dificuldade para atrair interessados no curto prazo: uma é o estaleiro em si, que está retomando suas atividades após anos parado, e a outra é uma área com potencial para a indústria de equipamentos de geração renovável.
A Enseada também está participando de concorrências para armadores das embarcações de apoio da Petrobras. Desde aquele ano, a principal atividade da Enseada é a movimentação portuária do TUP instalado no local, porém os volumes atuais estão aquém do potencial, segundo Ricardi.