Farmacêutica obteve registro do anticorpo monoclonal Bevyx, recomendado para pacientes com tumor diversos tumores, como pulmão e mama.
A Biomm S.A. obteve a aprovação pela Anvisa do registro do medicamento Bevyx (bevacizumabe). O medicamento é um anticorpo monoclonal (tipo de proteína que aumenta a resposta imunológica no organismo) utilizado no tratamento de diversos tipos de câncer, incluindo colorretal, de pulmão, mama, rins, ovário, tuba uterina, peritoneal e colo do útero. A Biomm, que vem investindo fortemente na produção de insulina e drogas para diabetes, tem como estratégia incorporar medicamentos biotecnológicos e oncológicos ao seu portfólio, e o Bevyx se encaixa nesse objetivo.
O medicamento foi desenvolvido pela Bio-Thera, uma empresa chinesa de biotecnologia listada na bolsa de valores de Xangai. A Bio-Thera segue as diretrizes das principais agências reguladoras de saúde do mundo. Com a aprovação do registro pela Anvisa, a Biomm dará entrada na solicitação de autorização de preço do Bevyx junto à Câmara de Regulação de Mercado de Medicamentos (CMED). A empresa se comprometeu a manter seus acionistas e o mercado informados sobre os próximos passos nesse processo.
A Cedro Participações, acionista de referência da Biomm, ressalta a importância da aprovação da Anvisa na estratégia de negócio e atenção à saúde de milhares de pacientes no Brasil que irão se beneficiar da produção local do Bevyx. —É mais um compromisso com a inovação e o desenvolvimento de soluções que beneficiam a sociedade, principalmente em um cenário onde a demanda por medicamentos e tratamentos eficazes cresce de maneira consistente —avalia Lucas Kallas, presidente do Conselho da Cedro Participações.
Sediada em Nova Lima, Minas Gerais, a Biomm recebeu investimentos de R$ 800 milhões em uma fábrica que será capaz de garantir a autossuficiência na produção de insulina glargina no Brasil, beneficiando 20 milhões de portadores da doença no país.
Em abril, a farmacêutica também anunciou uma parceria com a indiana Biocon para comercializar um medicamento similar ao Ozempic a partir de 2026, quando a patente da droga, que atualmente pertence à Novo Nordisk, expira no Brasil. A droga, baseada na substância semaglutida, está revolucionando o tratamento do diabetes e o emagrecimento e surge como alternativa promissora de prevenção da obesidade em larga escala nos sistemas de saúde pública em todo o mundo.