E anuncia estimativa de mercado para 2028. De acordo com estudo ‘Estimativa de Potencial do Mercado’, desenvolvido pela FenaCap, setor deve arrecadar R$ 91 bilhões, volume três vezes maior do que o faturamento atual.
No ano em que comemora 95 anos de operação no país, a Capitalização tem bons motivos para comemorar. Além de uma sequência de sete meses com resultados positivos e crescimento contínuo da arrecadação em suas modalidades, o setor superou R$ 40 bilhões em reservas técnicas, segundo dados mais recentes divulgados pela Superintendência de Seguros Privados (Susep). O montante reforça a importância da Capitalização para o PIB brasileiro porque o segmento estimula a disciplina financeira e injeta ‘dinheiro novo’ na economia, a partir de resgates e do aspecto lúdico de pagamento dos sorteios.
O volume recorde foi anunciado pela Federação Nacional de Capitalização (FenaCap), em um encontro com jornalistas especializados na cobertura do mercado segurador, no dia 15 de outubro (quarta-feira), no SindsegSP. O presidente da FenaCap, Denis Moraes, também apresentou uma expectativa promissora para o setor em três anos. Segundo o estudo “Estimativa de Potencial de Mercado”, desenvolvido pela entidade no final de 2023 e atualizado agora em outubro, considerando propostas apresentadas no Plano de Desenvolvimento do Mercado Segurador (PDMS) e a nova legislação que permite o uso de Títulos de Capitalização como garantia em obras públicas e licitações, o setor deve chegar a uma arrecadação de R$ 91 bilhões em 2028, três vezes superior à atual. Em resgates, a previsão é pagar R$ 69 bilhões e, em sorteios, R$ 5,8 bilhões.
Ainda de acordo com o estudo inédito da FenaCap, considerando a projeção de crescimento das arrecadações e dos resgates, a possibilidade é de que as reservas técnicas alcancem R$ 111,4 bilhões, também em 2028. Os resultados positivos são uma prova da versatilidade e da capacidade de inovação da Capitalização ao longo de décadas.
—Conhecer a realidade e fazer estimativas para o setor é algo relevante, pois permite idealizar e construir novos negócios para o mercado de Capitalização. Com esses dados em mãos, as associadas podem elaborar e implementar suas estratégias de crescimento, que levarão a este horizonte promissor —disse o presidente da FenaCap. —A Capitalização é uma ferramenta eficaz para a geração de recursos e realização de sonhos. Os números mostram como esse segmento, que vem se reinventando ao longo de 95 anos, tem uma versatilidade incrível como solução para pessoas e negócios de todo o tipo, permanecendo importante para o desenvolvimento da economia do país— completa Denis Morais.
Capitalização arrecada R$ 17,89 bilhões de janeiro a julho deste ano — Os números da Capitalização nos primeiros sete meses de 2024 são igualmente animadores: a arrecadação entre janeiro e julho alcançou R$ 17,89 bilhões, um aumento de 5,8% em relação ao ano anterior, como mostram os dados mais recentes da Superintendência de Seguros Privados (Susep), analisados pela FenaCap. Os resgates pagos à sociedade totalizaram R$ 14,16 bilhões, refletindo um crescimento de 13,5%, enquanto os sorteios somaram R$ 1,06 bilhão, um incremento de 21,3%. Isso significa que mais de R$ 15 bilhões foram incorporados na economia brasileira, um recurso considerável para o consumo das famílias e empresas.
Os Títulos de Capitalização da modalidade Tradicional seguem tendência de alta: R$ 12,98 bilhões em arrecadação, seguidos pela Filantropia Premiável, com R$ 2,36 bilhões. A confiança da população nesta modalidade permitiu o repasse de R$ 1,1 bilhão a entidades filantrópicas no período, aumento de 29,5%, se comparado a 2023.
O Instrumento de Garantia é outra modalidade que se destacou nos meses de janeiro a julho, com resultado de R$ 1,87 bilhão. Esta é uma opção para clientes que buscam, por exemplo, uma alternativa à figura do fiador, ao negociar o aluguel de um imóvel ou até na contratação de serviços, como pintura, obras, serviços jurídicos.
O balanço divulgado pela Susep também apresenta um panorama do desempenho da Capitalização por região do país. O Sudeste registrou receita de R$ 10,24 bilhões, seguido pelo Sul, com R$ 3,35 bilhões; Nordeste, com R$ 1,94 bilhão; Centro-Oeste, com R$ 1,61 bilhão, e Norte, com R$ 750 milhões.