Nova perspectiva é que a produção cresça 9,3% e emplacamentos 14,4%.
A Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), acaba de revisar para cima suas projeções para 2024. A nova perspectiva é produzir 1.720 mi motocicletas nas linhas de montagem das fábricas instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM), alta de 9,3% na comparação com o ano passado. A perspectiva inicial era produzir 1.690 mil unidades.
O presidente da Abraciclo, Marcos Bento, explica que, embora o momento seja de atenção por parte da indústria — devido à estiagem na região amazônica —, o mercado segue em alta, com grande demanda por parte do consumidor. —A motocicleta, por seus atributos, tem atraído, cada vez mais, novos consumidores. Desta forma, estamos alterando nossas previsões baseados nos bons números alcançados até aqui e nas expectativas para o último trimestre do ano, tradicionalmente positivo graças à injeção do 13° salário na economia— explica.
A Abraciclo também revisou a projeção de vendas no varejo. A nova perspectiva é que os licenciamentos alcancem 1.810.000 unidades, crescimento de 14,4% na comparação com o ano passado (1.582.032 motocicletas emplacadas). A projeção anterior era que as vendas no varejo totalizassem 1.700 mil unidades.
Para as exportações, a associação manteve a estimativa de embarque de 35mil motocicletas para 2024, o que corresponde a um crescimento de 6,3% em relação às 32.931 unidades exportadas em 2023.
Produção — De janeiro a setembro foram produzidas 1.323.327 motocicletas, volume 11% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. De acordo com dados da Abraciclo, esse é o melhor resultado alcançado para os nove primeiros meses do ano desde 2012.
Em setembro, 144.084 motocicletas saíram das linhas de montagem do PIM, volume 2,7% maior em relação ao alcançado no mesmo mês do ano passado e 12,2% menor na comparação com agosto. Segundo levantamento da associação, esse foi o melhor desempenho para o mês em 11 anos.
Bento destaca que os números alcançados comprovam que o planejamento da indústria de motocicletas, para driblar os impactos da estiagem, apresentou resultado. —As fabricantes anteciparam os estoques para garantir o abastecimento das linhas de produção e adotaram alternativas logísticas para manter o ritmo de produção e atender a demanda do mercado— ressalta.
Vendas no varejo — No acumulado do ano, os licenciamentos totalizaram 1.410.660 unidades, volume 19,4% superior ao registrado no mesmo período de 2023. Segundo dados da Abraciclo, esse foi o melhor resultado para os nove primeiros meses do ano desde 2011.
Em setembro, as vendas no varejo chegaram a 156.643 unidades. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a alta foi de 16%. Em relação a agosto houve retração de 4,4%. Foi também o melhor resultado para o mês em 14 anos.
As três categorias mais emplacadas foram: Street, com 51,7% de participação no mercado; Trail (17,9%) e Motoneta (13,4%). Confira o ranking das categorias, que traz um comparativo com o mês e ano anteriores:
A média diária em setembro, que teve 21 dias úteis, foi de 7.459 unidades. Os modelos de baixa cilindrada foram os mais emplacados, com 78,4% do mercado. As motocicletas de média cilindrada alcançaram 18,2% de participação, enquanto as de alta cilindrada, 3,4%.
Exportações — As associadas da Abraciclo exportaram 23.865 motocicletas nos nove primeiros meses do ano, retração de 16% na comparação com o mesmo período de 2023.
Em setembro, 1.703 motocicletas foram embarcadas para o mercado. O volume foi 35,4% maior na comparação com o mesmo mês do ano passado, mas 49% inferior ao registrado agosto.