Investimento de R$ 600 milhões ampliou em 80% a capacidade de armazenamento de contêineres.
A empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) celebra no dia 10 de outubro (quinta-feira), os cinco anos da cerimônia de expansão do seu pátio de operações, que passou de 330 mil para 480 mil metros quadrados. A obra, que recebeu um investimento de R$ 600 milhões, foi crucial para o aumento de capacidade do terminal, resultando em um crescimento de 80% na capacidade de armazenamento de contêineres com a inauguração do Bloco C – terceira etapa da expansão do pátio de operações.
Como comparativo, sem essa mega obra de infraestrutura, a TCP teria deixado de movimentar mais de 1,8 milhões de TEUs (medida equivalente a um contêiner de 20 pés) no período, volume que supera a movimentação total de 2023.
— A ampliação do pátio posiciona a TCP como um terminal portuário de referência em capacidade operacional e produtiva dentro da América do Sul. Com investimentos estratégicos em infraestrutura, conseguimos nos antecipar ao aumento de demanda do mercado e nos tornamos a opção número para importadores e exportadores que buscam maior segurança e confiabilidade na hora de embarcar e desembarcar suas cargas—comenta Felipe de França, gerente de planejamento de operações da TCP.
Além da ampliação do pátio, a obra incluiu a expansão do cais de atracação para 1.099 metros, criando o novo berço 218 e alterando a posição dos dolphins, estruturas exclusivas para amarração de navios de transporte de veículos. Desde a sua inauguração em julho de 2019, o berço 218 já recebeu 1.770 embarcações, permitindo, assim, o embarque e desembarque de centenas de milhares de contêineres.
Com mais área para armazenagem e espaço para a atracação de navios, a conclusão das obras de expansão estimularam um novo pacote de investimentos no valor de R$ 370 milhões para melhorias de infraestrutura e aquisição de equipamentos de ponta para movimentar contêineres. O resultado não podia ser diferente: nos últimos cinco anos, a TCP gerou 430 novos postos de trabalho, aumentando o quadro em 35% e ultrapassando a marca de 1.600 colaboradores em 2024.
— Investir em infraestrutura e equipamentos no Terminal também é investir na cidade, pois esses recursos aplicados acabam criando novos postos de trabalho dentro e fora do porto. Com mais empregos e oportunidades de crescimento, mais renda passa a circular na economia local, o que gera um ciclo virtuoso para toda Paranaguá—O gerente de recursos humanos e qualidade da TCP, Washington Renan Bohnn.
Quase um bilhão em melhorias estratégicas impulsionam a operação no Terminal — Nos últimos cinco anos, o plano estratégico de investimentos da TCP envolveu uma série de iniciativas que transformaram a estrutura e a operação portuária, assegurando, assim, que o Terminal estivesse sempre à frente do aumento da demanda do mercado.
Concluído em abril deste ano, a expansão da área reefer, espaço destinado para o armazenamento de contêineres refrigerados — segmento com maior volume de exportações dentro do Terminal —, se sobressai como uma das obras mais significativas. Com o aumentou de 45% da capacidade de tomadas, passando de 3.624 para 5.268 plugs, a TCP passou a deter o maior pátio de contêineres refrigerados da América do Sul.
Complementando esse avanço, a TCP inaugurou no último ano uma subestação de energia com o objetivo de abastecer toda a estrutura do Terminal, as novas tomadas da área reefer, além de permitir a eletrificação dos três RTGs (guindastes pórticos sobre pneus de borracha) que operam na ferrovia, sendo esta uma das etapas piloto da estratégia de descarbonização do Terminal.
A modernização dos gates também trouxe mais segurança e eficiência à entrada e saída de veículos, garantindo um aumento de 200% no fluxo de acesso, passando de 50 para 150 agendamentos por hora. Outro destaque foi a aquisição de 11 novos RTGs e 17 novos TT (caminhões de terminal), ampliando o parque de máquinas do Terminal para 40 RTGs e 69 TTs.
Para os próximos anos, a TCP manterá sua trajetória de investimentos e inovações, consolidando ainda mais sua importância no setor logístico e como um agente transformador da comunidade local.