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05/10/2024

Florestar e Associadas fortalecem ações contra incêndios

Associação Paulista de Produtores, Fornecedores e Consumidores de Florestas Plantadas (Florestar São Paulo) atua em diferentes frentes para unir forças e ampliar a defesa do estado contra os incêndios rurais.

O setor de base florestal paulista é organizado e eficiente. Atua de forma integrada em todas as etapas, desde o planejamento estratégico dos plantios até a logística e distribuição da matéria-prima, proveniente das árvores cultivadas. Durante os incêndios que atingiram o estado, no fim de agosto e começo de setembro, a resposta imediata das empresas florestais evitou uma tragédia ainda maior.

O agro paulista contabilizou uma área atingida de 230 mil hectares e um prejuízo equivalente a cerca de R$ 2 bilhões. A estimativa da área impactada com florestas plantadas foi de oito a dez mil hectares, aproximadamente 4% do total. —As empresas associadas a Florestar tem infraestrutura, ações de inteligência e monitoramento, equipamentos e pessoal treinado para prevenir e combater os incêndios rurais com respostas rápidas —relata a diretora executiva da Associação, Fernanda Abílio.

Apesar das condições adversas que contribuíram para a propagação rápida dos focos de incêndio, criando um desafio gigantesco a ser enfrentado, —o setor florestal tem conseguido mitigar os danos, tanto economicamente em áreas plantadas quanto em áreas de proteção ambiental —destaca a diretora-executiva da Florestar São Paulo.

Com relação aos prejuízos econômicos, o gerente de operações da associada Dexco, Matheus Esteves, explica que mesmo expostas ao fogo, algumas árvores podem ser utilizadas. “Dependendo da idade dos plantios comerciais atingidos e da intensidade do fogo, os eucaliptos ainda podem ser aproveitados, conforme a finalidade e o tipo de processamento”, explica ele.

O presidente da Florestar São Paulo, Manoel Browne, lembra que a associação foi acionada pelo governo do estado, por meio da secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, para participar de um gabinete de crise, liderando uma parceria para contribuir com o monitoramento de áreas de preservação do Estado. —Atualmente as associadas da Florestar fazem o monitoramento de um ativo em mais de um milhão de hectares de plantios comerciais e de 500 mil hectares de vegetação nativa em propriedades das empresas produtoras. Por meio das torres de vigilância, ampliamos o campo de observação para incluir uma área de mais de 700 mil hectares em Unidades de Conservação do estado. No total, passamos de dois milhões de hectares sob monitoramento preventivo—.

As empresas associadas à Florestar, possuem 63 torres de vigilância. Elas estão estrategicamente posicionadas e equipadas com câmeras de alta definição e longo alcance, o que garante um raio de observação relevante e tempo de resposta ágil. A infraestrutura para combate aos incêndios inclui brigadas fixas e brigadas móveis. São cerca de 150 caminhões-pipa, 500 veículos de apoio, helicópteros, além de mais de três mil colaboradores treinados para respostas imediatas às ocorrências de incêndios. Além dos equipamentos de combate, o setor utiliza tratores, retroescavadeiras e motoniveladoras para a construção e manutenção de aceiros químicos e mecânicos, essenciais na contenção e prevenção de incêndios.

—Apesar de toda esta infraestrutura ser dimensionada para a proteção de ativos florestais, mais de 70% das ocorrências atendidas por nossas associadas ocorrem em áreas externas, vizinhos às áreas plantadas. Só este ano foram cerca de duas mil ocorrências —completa o presidente da Florestar.

De acordo com as autoridades, mais de 90% dos incêndios rurais iniciam a partir de ações humanas, voluntárias ou involuntárias. Para evitar que isso aconteça, o setor florestal realiza um trabalho contínuo de educação e conscientização. São realizadas palestras educativas, distribuição de panfletos informativos e treinamentos com colaboradores de entidades públicas. Nestas ações é apresentado um plano de sensibilização e também apresentado a instrução de como e a quem acionar em casos de emergências. Esta colaboração é essencial para assegurar que incêndios sejam evitados e que as ações de combate sejam realizadas com eficiência e rapidez, minimizando danos ambientais e protegendo as comunidades. | www.florestar.org.br