A Nissan utiliza a inteligência artificial para identificar e corrigir rapidamente eventuais falhas na pintura dos novos veículos
Quando o assunto é pintura, normalmente a impressão de qualidade é resultado daquilo que você não percebe.
Durante o processo de produção, a Nissan utiliza quase dois galões de tinta (mais de 6,5 litros) em cada veículo. Após esse processo, a fabricante japonesa tem investido em sistemas avançados de inteligência artificial e learning machine (aprendizado de máquina) para detectar possíveis falhas na pintura, com uma rapidez jamais vista antes.
Utilizando o Sistema de Verificação de Superfícies da Autis, a Nissan aprimorou sua taxa de detecção de defeitos em aproximadamente 7% em sua fábrica de montagem de Smyrna, no Tennessee, Estados Unidos.
Imediatamente após a pintura, a Autis utiliza câmeras de alta resolução para capturar 15 mil imagens de cada veículo, que são posteriormente analisadas para detectar possíveis defeitos.
—O olho humano pode detectar de 85% a 95% das falhas, mas o sistema Autis identifica mais de 98% —disse Travis Fritsche, engenheiro de processos de pintura na Nissan.
Quando o Autis sinaliza uma marca em potencial na pintura, os técnicos podem rever as imperfeições imediatamente nos monitores e nos smartphones da empresa que eles mantêm em suportes de pulso, utilizados especificamente para a inspeção. Este processo reduz a fadiga ocular, além de aumentar o tempo disponível para corrigir o acabamento da pintura com todo o cuidado.
—Os técnicos têm uma importância vital na confirmação e classificação dos defeitos. O Autis é uma ferramenta para melhorar o trabalho deles e não substituir —disse Rod Lynch, engenheiro de pintura de novos modelos na Nissan. —O Autis reduziu significativamente nosso tempo de inspeção e aumentou a nossa qualidade”, acrescenta.
Explorando o aprendizado de máquina para potencializar a melhoria contínua — Desde que foi implementado pela primeira vez, há quase três anos, o Autis já avaliou mais de 500 mil veículos da Nissan só na fábrica de Smyrna. O sistema também é utilizado nas fábricas localizadas nas cidades de Canton, no estado do Mississippi, e Aguascalientes, no México.
Por meio do aprendizado de máquina, o Autis está constantemente aperfeiçoando suas capacidades de detecção.
—É um sistema de autoaprendizado— disse Lynch. —Com o feedback dos técnicos, o Autis aprende a reconhecer defeitos como poeira, fibras e amassados. Ele vai continuar aprendendo e se aprimorando, por meio da construção de uma biblioteca de defeitos—.
Esta biblioteca de defeitos em constante expansão ajuda a identificar os defeitos de forma mais rápida, além de também ajudar a equipe a tratar problemas de processo, que são classificados por cor e tipo de veículo.
—O Autis pode agrupar os defeitos para ajudar a sinalizar padrões e melhorar os nossos processos— disse Fritsche.
A pintura do Nissan Sentra tem uma qualidade excepcional, em parte graças ao sistema Autis da fábrica de Aguascalientes, no México.
Há décadas a Nissan utiliza tecnologias de ponta para inspeção da pintura. Em 1985, a Nissan foi a primeira montadora de automóveis a utilizar robôs equipados com laser para realizar inspeções de pintura, detectando imperfeições de até 0,3 milímetros, em 45 segundos. Atualmente, o AUTIS pode detectar imperfeições de até 0,2 milímetros em menos da metade desse tempo, o que representa quase quatro décadas de progresso tecnológico.
O propósito da pintura é cobrir a superfície do veículo, mas o compromisso da Nissan com a qualidade é muito mais profundo. Ao associar a expertise dos seus colaboradores com IA de ponta, a Nissan entrega veículos que cumprem com os mais altos padrões de habilidade técnica.