Inovação e segurança operacional em exploração e produção de petróleo e gás foram os destaques da participação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) na Rio Oil & Gas & Energy (ROG.e) de 23 a 26 de setembro (segunda a sexta-feira), no Boulevard Olímpico, Rio de Janeiro(RJ). A Agência lançou o NAVE, programa de inovação aberta voltado para startups, e realizou mais uma edição do SOMA – Seminário de Segurança Operacional e Meio Ambiente. Além disso, Diretores, superintendentes e técnicos da Agência foram palestrantes em painéis e apresentaram trabalhos técnicos no Congresso da ROG.e.
O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Rodolfo Saboia, fez um pronunciamento na abertura do evento, em 23 de setembro (segunda-feira). Ele também foi homenageado por sua contribuição ao setor de petróleo, gás e biocombustíveis, em seus quase quatro anos de mandato na Agência.
Em sua fala, Saboia, destacou o papel da indústria de petróleo e gás natural na transição energética. —Essa indústria tem um papel importante pela contribuição ao financiamento da transição energética, que, ao contrário das anteriores, não se dará por necessidade ou busca por eficiência energética, mas por questões ambientais. Então, demandará muitos recursos. O Brasil tem potencial para produzir energia de várias formas, renováveis e não renováveis, e temos um papel importante para a transição —disse.
No dia 25 de setembro (quarta-feira), o diretor Daniel Maia Vieira integrou o painel “Infraestrutura para movimentação de líquidos: incertezas inseridas no cenário da transição”. Sobre a atuação da ANP na regulação do mercado de líquidos, ele ressaltou que a Agência está trabalhando em uma agenda para os próximos anos, que busca reduzir custos, aumentar a competição e garantir o abastecimento de combustíveis no país. Dois pontos de atenção, segundo o Diretor, são a logística e a infraestrutura. —Vislumbramos a possibilidade de trazer eficiência na logística. E estamos discutindo compartilhamento de infraestrutura devido ao seu alto custo da construção —observou.
Também no dia 25 de setembro (quarta-feira), a ciretora Symone Araújo lançou o livro “Mercado de gás natural no Brasil – Oferta, competição e preço”, do qual é organizadora juntamente com a advogada Daniela Santos. O evento foi realizado no estande da Firjan na ROG.e. A publicação, editada pela Synergia, contribui para o entendimento das dinâmicas do mercado de gás natural no Brasil. São 36 artigos de 60 autores, voltados para temas como concorrência, regulamentação, novas tecnologias, acesso e infraestrutura, estocagem e segurança, além da diversificação e sustentabilidade.
Em 26 de setembro (quinta-feira), os Diretores Fernando Moura e Bruno Caselli também participaram de painéis no congresso da ROG.e.
Caselli foi integrante do painel “A importância do elo de transporte para o processo de abertura do mercado de gás”. Ele apresentou as ações previstas na atual agenda regulatória da ANP para o gás natural, três das quais já foram concluídas: sobre GNC, GNL e serviços de transporte de gás natural. —Temos ainda um conjunto amplo de medidas que estão em andamento. A indústria de gás natural é dinâmica e complexa, com diversos elos, cada um com características logísticas, econômicas e operacionais especificas. Assim, não há possibilidade de transpor regras de um elo ao outro, o que demonstra o desafio imposto ao regulador, ampliado a partir da Lei do Gás e, mais recentemente, do Decreto do Gás para Empregar —afirmou.
Já Fernando Moura esteve no painel “Comércio Irregular no Segmento de Combustíveis”, no qual destacou a importância da cooperação entre os órgãos públicos para a fiscalizaçāo do mercado. —O combate às irregularidades é um trabalho do Estado brasileiro. Nos apoiamos uns nos outros para enfrentar essa questão”. Ele também ressaltou a importância da fiscalização da Agência em campo. “Muito importante que o fiscal, que usa com muito orgulho aquele colete (da ANP), esteja na rua. Ele conecta a ANP ao cidadão, que vê a presença do Estado e seus direitos sendo garantidos— declarou. Ainda segundo o Diretor, a Agência trabalha para que as ações de fiscalização —em torno de 17 mil por ano — sejam cada vez mais eficazes.
Ao longo de toda a semana, superintendentes e técnicos da ANP também participaram ativamente da ROG.e, no congresso, eventos paralelos e apresentações de trabalhos técnicos. O superintendente de Fiscalização do Abastecimento, Julio Nishida, fez parte do painel “Mercado irregular: ações de combate”, na Arena de Lubrificantes, em 24/9. Já Raphael Moura, superintendente de Tecnologia e Meio Ambiente, esteve no painel “Diálogos da ROG.e- Formação de Recursos Humanos na área de Energia”, em 25 de setembro (quarta-feira), além de programações no evento paralelo IUP Innovation Connections.|A participação da ANP na ROG.e | https://shre.ink/gyr4
NAVE — Nos dias 23 e 24 de setembro (terça e quarta-feira) a ANP lançou o NAVE – Programa ANP de Empreendedorismo, no IUP Innovation Connections, evento paralelo à ROG.e. No encontro, foram detalhados os 67 desafios tecnológicos que as startups participantes do NAVE deverão enfrentar. Também foram explicadas as regras do Programa, que prevê o aporte de R$ 28 milhões por oito empresas de energia, em sua primeira edição. | https://shre.ink/gyIr
Prêmio ANP de Inovação Tecnológica — A Agência também aproveitou sua participação no IUP Innovation Connections para divulgar os finalistas da edição 2024 do Prêmio ANP de Inovação Tecnológica 2024. Este ano, foram 128 projetos inscritos nas categorias de projetos de Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação (PD&I) e 71 trabalhos do Programa de Formação de Recursos Humanos da ANP – PRH/ANP. | https://shre.ink/gyII
SOMA — Nos dias 25 e 26 de setembro (quarta e quinta-feira), a ANP reuniu seus técnicos, representantes da indústria de petróleo e gás natural e de outros órgãos públicos no XII SOMA – Seminário de Segurança Operacional e Meio Ambiente da Agência. O SOMA, que fez parte da programação paralela da ROG.e, é o evento anual de maior importância para a segurança operacional das atividades de exploração e produção (E&P) de petróleo e gás natural no Brasil.
Além de apresentar os dados publicados no Relatório Anual de Segurança Operacional de 2023, os painéis do SOMA incluíram temas como descomissionamento de instalações, novas diretrizes para descarbonização de atividades de E&P, hidrogênio e segurança operacional, entre outros.