Entidade considera importante a existência de uma nova ferramenta, a todos atores da cadeia produtiva cafeeira, que mitigue os riscos na negociação.
O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics), Fabio Sato, participou, no dia 23 de setembro (segunda-feira), de evento que marcou o início da negociação de contratos futuros de café conilon/robusta (coffea canephora) na B3, bolsa do Brasil, em São Paulo (SP).
—Essa é mais uma ferramenta à disposição dos atores da cafeicultura, incluindo as indústrias de café solúvel, que utilizam conilon em seus blends. Entendemos como importante ter uma nova ferramenta de trava de preços futuros, que ampliará a proteção das cotações do produto contra flutuações inesperadas, auxiliando na redução do risco nas operações —destaca Sato.
De acordo com a bolsa, o contrato futuro de café conilon/robusta tem a possibilidade de entrega física, com lotes depositados em armazéns credenciados pela B3. O produto será negociado cru, em grãos, em contratos que equivalem a 100 sacas de 60kg e com vencimento nos meses de janeiro, março, maio, julho, setembro e novembro.
O presidente da Abics comenta que a negociação na B3 também dará maior visibilidade aos cafés conilon e rosbuta brasileiros nos mercados interno e internacional, além de gerar maior liquidez. —Com a bolsa se responsabilizando pela análise das amostras e verificação dos critérios estipulados nos contratos, também teremos segurança nas transações— completa.
O contrato futuro do café conilon/robusta terá cotação em reais e não em dólar, como acontece na negociação do arábica, que é majoritariamente exportado. Os interessados em participar das negociações do produto na B3 podem obter mais informações e encontrar as corretoras e distribuidoras de valores aptas a negociar junto à bolsa no site da instituição.