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25/09/2024

Presença brasileira na AAD 2024 abre caminho para novas parcerias no setor de Defesa

Expositores fortalecem presença internacional e criam oportunidades de negócios promissoras no setor de defesa.

Após dias intensos de networking, exposição e shows aéreos, a 12ª edição da Africa Aerospace and Defence (AAD) 2024 chegou ao seu final no dia 22 de setembro (domingo), na Base Aérea de Waterkloof, em Centurion, Pretória. O Pavilhão Brasil, coordenado pela  Associação Brasileira de Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (Abimde)em parceria com a ApexBrasil, destacou-se como uma vitrine da força e do potencial da indústria de defesa brasileira, abrindo novas oportunidades para colaborações no continente africano.

De acordo com o diretor de Projetos da Abimde, coronel Antonio Ribeiro, a presença brasileira no AAD 2024 se destacou por dois aspectos essenciais: geopolítico e comercial. —O Brasil foi o único país a estar representado por um pavilhão nacional. Quanto ao aspecto comercial, os empresários estiveram não só com autoridades e parceiros comerciais da África do Sul, mas apresentaram seus produtos e soluções de defesa para toda a comunidade de países africanos—.

Além disso, a feira proporcionou possibilidades comerciais para as empresas brasileiras. O Pavilhão Brasil atraiu empresas sul-africanas e de outros países, que buscavam parcerias para representar comercialmente os produtos brasileiros, produzir materiais sob licença ou até mesmo colaborar no desenvolvimento conjunto de novas soluções tecnológicas.

Participaram como expositoras as empresas CBC, Cinadra, CSD, Gespi, Imbel e M&K Logistics, que mostraram uma variedade de produtos e serviços em munições, aviação, armamentos e logística. A presença desses expositores destacou a força da indústria brasileira e reforçou o compromisso do Brasil em solidificar sua atuação no mercado internacional de defesa.

A Imbel, por exemplo, aproveitou o evento para expandir suas relações e explorar novos mercados no continente africano. De acordo com o Diretor Comercial da empresa, Coronel Eduardo Carvalho, a feira permitiu estabelecer contatos com novos fornecedores sul-africanos. —A AAD foi uma excelente oportunidade para abrir novos negócios e projetar a Imbel neste mercado. Estamos confiantes de que, ao retornarmos daqui a dois anos, nossa participação será ainda mais forte —afirmou.

A representante da área comercial da Cinadra, Anália Costa, também teve uma perspectiva positiva do evento e expressou seu agradecimento à Abimde pela participação no Pavilhão Brasil. —A feira foi uma excelente oportunidade para apresentar nosso trabalho e os nossos produtos, além de estreitar parcerias importantes para o futuro. Saímos daqui com novas conexões, aprendizados e a certeza de que colheremos ótimos frutos dessa experiência— comentou.

O Secretário de Produtos de Defesa, tenente-brigadeiro Heraldo Luiz Rodrigues, ressaltou a importância da participação do Brasil: —Foi uma participação extremamente importante, onde a Abimde conseguiu levar seis empresas para o Pavilhão Brasil, que tiveram a oportunidade de fazer contatos, apresentar propostas, demonstrar sua capacidade de produção de materiais de defesa. Ficou bastante claro frente aos demais expositores, a nossa capacidade, a capacidade que a indústria bélica brasileira possui—.

O aecretário também elogiou a presença da Embraer, que montou um estande próprio em frente ao Pavilhão Brasil. —A empresa levou seu KC-390 para a exposição estática, o que gerou grande interesse. Para se ter uma ideia, o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, visitou o estande da Embraer, recebeu um briefing detalhado da aeronave e ainda entrou na cabine, impressionando-se com a modernidade e a capacidade de carga do KC-390—.

A participação brasileira foi motivo de atenção do país sul-africano, com possibilidade de geração de negócios e colaborações futuras. Com o encerramento da AAD 2024, a ABIMDE e as empresas brasileiras já se preparam para participar de outros eventos, com a certeza de que a participação na África do Sul pode trazer avanços comerciais e estratégicos entre o Brasil e o continente africano.