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12/09/2024

1º Fórum IRB(P&D)

Adaptação e mitigação dos riscos climáticos são essenciais para evitar danos à sociedade. Participantes do painel “Clima e Gestão Estratégica” do 1º Fórum IRB(P&D) reforçam a necessidade de disseminar a cultura do seguro no Brasil.

Representantes do mercado e do setor público defenderam a disseminação da cultura de seguros na sociedade durante o painel “Clima e Gestão Estratégica”, no 1º Fórum IRB(P&D), realizado no dia 11 de setembro (quarta-feira), no Rio de Janeiro, com apoio da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg). Para eles, seguradoras e resseguradoras têm muito a contribuir na adaptação e na mitigação dos riscos climáticos, evitando danos ainda maiores.

Alexandre Leal, diretor Técnico e de Estudos da CNseg e moderador do painel, reforçou a necessidade do aculturamento securitário entre os brasileiros e a maior presença do seguro na mitigação de riscos: —Temos o papel fundamental de educar as pessoas para disseminar o conhecimento e a relevância da proteção de seguros, que pode crescer muito mais, assim como os setores, dos títulos verdes e créditos de carbono com a intenção de colaborar com a diminuição dos problemas ambientais. Somente entre 2020 e 2023, 70% das perdas econômicas foram registradas por eventos climáticos—.

Cláudia Prates, líder de Transição Climática do BNDES, destacou que a instituição tem o compromisso climático de neutralizar a emissão dos gases de efeito estufa, no Brasil, nos próximos anos. Para ela, a agenda climática é geradora de oportunidades de negócios e desenvolvimento econômico. —O BNDES desenvolveu uma taxonomia de economia verde, que inclui a adaptação climática; inventariamos emissões de dióxido de carbono (CO2) e financiadas, que está em constante mudança; adotamos metodologias de riscos climáticos; e promovemos seminários com os setores sobre descarbonização. Os bancos de desenvolvimento têm um papel importante na mobilização de recursos para mitigação e adaptação climática. O Brasil precisa fazer a sua parte na redução de emissão de gases para avançarmos— disse.

André Luiz Campos de Andrade, subsecretário de Planejamento de Longo Prazo do Ministério do Planejamento, disse que o país conta com três gaps para a gestão do risco climático: político, institucional e meios de implementação. —Para combater essas questões, precisamos de atenção e suporte do governo, adequar instituições, processos e instrumentos e dispor de recursos financeiros, técnicos e informacionais, além de capacitar mais profissionais para atuar com riscos. O mercado segurador e ressegurador é importante para debater a Agenda Verde por ser um indutor de boas práticas visando a longevidade da sociedade, por isso precisamos trabalhar em conjunto— afirmou.

O CEO da Brasilseg, Amauri Vasconcelos, também valorizou a importância da gestão de catástrofes e a necessidade do seguro nessa jornada: — O poder de destruição das calamidades climáticas é muito grande. Vimos isso no Rio Grande do Sul. Há uma diferença enorme entre as perdas econômicas das seguradas. É importante aculturarmos as pessoas, inclusive com relação à previdência privada. E, assim, promovermos a longevidade a longo prazo no Brasil. Toda a sociedade é afetada quando não há esse equilíbrio. O setor está pronto para essa missão, mas precisamos encontrar um caminho de sensibilizar as pessoas—.