Projeto chamado de “Vale da Gávea” tem potencial para gerar impactos positivos para a população de todo estado do Rio de Janeiro.
A Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro foi selecionada como instituição parceira da QatarEnergy Brasil, empresa que atua no país na venda de gás natural e na exploração e produção de petróleo e gás. A parceria será para a execução de um projeto em sustentabilidade e economia verde chamado “Vale da Gávea”, que dará suporte à estratégia de descarbonização e transição energética da empresa, mitigando o CO2 presente nesta região.
O convênio com a QatarEnergy foi assinado no início de julho, por meio do Instituto de Mobilidade e Energias Sustentáveis da PUC-Rio (IMES), e o projeto, que terá duração de 3 anos, irá realizar um levantamento multidimensional de tecnologias de ponta da área de transição energética, de modo a transformar o campus e seu entorno em um hub de captura de CO2, visando a redução das emissões de carbono na atmosfera, realizando protocolos de recuperação e restauração da área de floresta tropical degradada, mensuração e quantificação dos estoques de CO2.
O projeto “Vale da Gávea” está alinhado com a política de ESG (Environmental, Social and Governance) da Universidade, e integra um projeto institucional ainda maior, chamado de “Gávea do Rio”.
—A PUC-Rio está muito empenhada nas questões de transição energética. Há alguns anos, desenvolvemos pesquisas para a Indústria Petrolífera e, cada vez mais, estamos levando o conhecimento adquirido no setor de petróleo para a área de energias renováveis, cumprindo o objetivo de produzir conhecimento e levá-lo para fora da universidade, beneficiando a sociedade como um todo —afirma o Reitor da PUC-Rio, o professor Padre Anderson Antonio Pedroso, S.J.
—A captura ativa de CO2 da atmosfera e a utilização de fontes renováveis de energia posicionam o Rio de Janeiro como um líder em inovação verde. No IMES, aproveit amos nossa expertise em combustíveis e eficiência energética para criar soluções práticas e escaláveis— celebra Felipe Gouvea, pesquisador e gerente de Operações do IMES. Segundo Gouvea, está prevista a instalação de um sistema de monitoramento em tempo real, capaz de quantificar os volumes do gás carbônico.
—Esperamos que o projeto seja bem sucedido no objetivo de mitigar o carbono para essa região. Dessa forma, poderemos expandir para outras comunidades, quem sabe para o resto da cidade, do estado e do país. O foco principal dessa redução é melhorar a qualidade de vida das pessoas da região e uma forma de diminuir as consequências climáticas —resume Renan Fraga, que é pesquisador do projeto.