Resultado, na Visão Negócio da IFRS 4, supera os R$ 20,1 milhões apurados no segundo trimestre de 2023. Ressegurador registra resultado positivo pelo sexto trimestre consecutivo. Lucro líquido no primeiro semestre de 2024 chega a R$ 144,3 milhões, ante os R$ 28,6 milhões registrados no primeiro semestre de 2023. Alta de 403,9%. Resultado de subscrição fecha o segundo trimestre de 2024 em R$ 33,7 milhões. No primeiro semestre de 2024, valor chega a R$ 156,2 milhões, frente aos R$ 39,1 milhões do primeiro semestre de 2023. Índice de sinistralidade apurado no segundo trimestre de 2024
é de 65%, registrando melhora de 8,6 p.p. ante segundo trimestre de 2023. No primeiro semestre de 2024, é de 61,8%. Índice combinado de 106%, no segundo trimestre de 2024 é 1,5 p.p. melhor que o verificado no segundo trimestre de 2023. No primeiro semestre de 2024, índice é de 102,1%.Solvência chega a 182%. Lucro líquido apurado na metodologia IFRS 17 é de R$ 194 milhões no segundo trimestre de 2024
O IRB(Re) registrou lucro líquido de R$ 65,2 milhões no segundo trimestre de 2024. Os números, divulgados no dia 14 de agosto (quarta-feira),consideram a Visão Negócio e mostram a evolução do ressegurador, que obteve resultado positivo pelo sexto trimestre consecutivo. O valor apurado entre abril e junho deste ano é 224,6% superior ao reportado um ano antes, R$ 20,1 milhões no segundo trimestre de 2023.
No acumulado de 2024, a companhia obteve lucro líquido de R$ 144,3 milhões, alta de R$ 115,7 milhões ante o primeiro semestre de 2023, quando apurou R$ 28,6 milhões. O resultado do primeiro semestre de 2024, que tem como destaque os resultados de subscrição e financeiro, é 403,9% superior ao verificado um ano antes e supera o lucro líquido total do ano de 2023 em 26%, mesmo considerando os impactos da tragédia ocorrida no Rio Grande do Sul.
—Nossos números mostram que, trimestre a trimestre, evoluímos de forma consistente, em consequência da nossa estratégia de negócios. E, agora, os números do segundo trimestre de 2024, quando apresentamos lucro líquido de R$ 65,2 milhões, índice de sinistralidade de 65% e índice combinado de 106%, mostram evolução em relação ao segundo trimestre de 2023. Números que incluem os impactos da tragédia ocorrida no Rio Grande do Sul. E lembro: o ato de pagar sinistros é a entrega do nosso produto — afirma Marcos Falcão, CEO do IRB(Re).
—Acredito que, olhando a trilha dos últimos 12 meses, conseguimos enxergar mais claramente nossa evolução. Tendo como ponto de partida o início da nova gestão, no fim de 2022, promovemos a limpeza da carteira; colocamos foco no índice combinado, que estava em 136% e vem declinando de forma consistente e gradual; obtivemos resultado de subscrição crescente, ou seja, estamos ganhando dinheiro no nosso core business; e verificamos uma curva de resultado líquido crescente e positiva. Quando entramos, o ano de 2022 havia fechado com prejuízo de R$ 630 milhões. Alcançamos lucro líquido de R$ 230 milhões nos últimos 12 meses. Seguimos comprometidos em gerar resultados sustentáveis, no longo prazo, com foco na rentabilidade do negócio e controlando os itens que estão sob nossa gestão: preço, despesas e custos —completa.
Resultado de subscrição positivo —O resultado de subscrição totalizou R$ 33,7 milhões no segundo trimestre de 2024, 4,7% inferior ao segundo trimestre de 2023 (R$ 35,4 milhões), influenciado pelos sinistros retidos — soma da PSL com o IBNR — devido às chuvas no Rio Grande do Sul. No acumulado do ano, o resultado de subscrição total somou R$ 156,2 milhões frente a R$ 39,1 milhões no primeiro semestre de 2023. Alta de 299%.
Em linha com a estratégia de concentração de negócios no Brasil e de redução da participação no exterior, o prêmio emitido total avançou 2,8%, no segundo trimestre de 2024, na comparação anual, registrando R$ 1,434 bilhão. A participação de negócios firmados no Brasil teve alta, alcançando 82% do portfólio no segundo trimestre de 2024.
Em relação ao volume, houve crescimento de 18,4% no prêmio emitido no Brasil na comparação com o segundo trimestre de 2023: R$ 1,178 bilhão. Já o prêmio emitido no exterior, que representou 18% do portfólio, totalizou R$ 256,2 milhões no segundo trimestre de 2024, queda de 35,9% em relação ao segundo trimestre de 2023. No primeiro semestre do ano, o prêmio emitido foi de R$ 2,874 bilhões, inferior ao reportado no primeiro semestre de 2023 em 3,5%.
—Considerando a estratégia de concentrar negócios no Brasil, podemos observar, semestre a semestre, a redução dos negócios internacionais — excluindo a América Latina — que, no 1S24, respondem por 16% da carteira. Ao mesmo tempo, podemos ver, no mesmo período, incremento de negócios no Brasil para quase 78% no 1primeiro semestre de 2024. Assim, continuamos com a estratégia para concentrar 70% dos nossos negócios no Brasil, 20% na América Latina e 10% para as demais exposições internacionais. Notem que nosso percentual de prêmios na América Latina ainda está baixo, 6,4%, uma vez que as renovações destes negócios ocorrerão no terceiro trimestre de 2024. A maior parte dos clientes latino-americanos renova seus negócios em 1º de julho. No primeiro semestre de 2024, crescemos 11,8% no Brasil e decrescemos 34,9% no exterior, em linha com a estratégia —analisa Daniel Castillo, vice-presidente de Resseguros do IRB(Re).
Sinistro retido total caiu 10% —O sinistro retido total caiu 10,1%, na comparação do segundo trimestre de 2024 com o segundo trimestre de 2023, fechando em R$ 675,5 milhões. Com isso, o índice de sinistralidade total passou de 73,6% para 65%, melhor em 8,6 p.p. mesmo considerando os impactos dos sinistros oriundos das chuvas no Rio Grande do Sul. Considerando a geografia, a sinistralidade, no 2T24, foi de 62% no Brasil e 75% no exterior, ambos com resultado melhor que no segundo trimestre de 2023. No acumulado do ano, a sinistralidade reduziu 13,8 p.p., de 75,6% para 61,8%.
—Em relação aos impactos da tragédia ocorrida no Rio Grande do Sul, destaco que seguimos com o compromisso de realizar as análises e os pagamentos o mais breve possível. Até junho, apuramos R$ 150 milhões de sinistros avisados (PSL) somados a R$ 107 milhões de provisões de IBNR, totalizando R$ 257 milhões contabilizados na linha de sinistros retidos. Os segmentos mais afetados são: patrimonial, habitacional e engenharia. Para estas linhas de negócios, temos o programa de retrocessão e, após atingir um limite, repassamos os riscos para os retrocessionários. Para os demais riscos, foi realizada provisão de IBNR, visando fazer frente aos nossos compromissos relacionados a este evento. Passados três meses do ocorrido, temos segurança em afirmar que estamos bem provisionados para potenciais sinistros futuros e temos proteção para o que ultrapassar certos montantes—explica Castillo.
A companhia também melhorou o índice combinado – que inclui sinistralidade, comissionamento e demais despesas –, que passou de 107,5%, no segundo trimestre de 2023, para 106%, no segundo trimestre de 2024. No acumulado do ano, houve melhora também em 6,6 p.p. totalizando 102,1% no primeiro semestre de 20. —Podemos observar a evolução do índice combinado, que, no segundo trimestre de 2024, se reduz em 1,5 p.p.. Lembramos que o índice combinado demonstra a saúde da subscrição. Esse índice traz o efeito de anos anteriores e a redução dele nos indica que estamos no caminho certo. Apesar da catástrofe do Rio Grande do Sul, nosso índice combinado se reduz —comenta Castillo.
Redução das despesas gerais e administrativas —As despesas gerais e administrativas do IRB(Re), no segundo trimestre de 2024, totalizaram R$ 83,8 milhões. Valor 3,3% melhor que o reportado no 2T23. O índice de despesas administrativas alcançou 8,1% no segundo trimestre de 2024. No acumulado do ano, as despesas administrativas se mantiveram inferiores ao ano passado, totalizando R$ 158,7 milhões, com índice de 8,1%.
O resultado financeiro e patrimonial da companhia, no segundo trimestre de 2024, foi de R$ 165,8 milhões, 73,4% superior ao segundo trimestre de 2023. Já no acumulado do ano, o resultado financeiro e patrimonial foi de R$ 307,5 milhões, maior do que o mesmo período do ano anterior em 27,5%.
—Encerramos o segundo trimestre de 2024 com R$ 9,1 bilhões em ativos financeiros, contra R$ 8,5 bilhões do segundo trimestre de 2023. Se excluirmos uma diferença de R$ 400 milhões, decorrente do recebimento de recursos de um contrato específico em junho para pagamento em julho, teremos R$ 8,7 bilhões em ativos. A alocação destes recursos pode ser dividida entre aproximadamente 60% de ativos no Brasil e 40% no exterior —conta Paulo Valle, diretor-geral da IRB(Asset), braço de investimentos do ressegurador.
Suficiência nos indicadores regulatórios —O IRB(Re) deve observar dois indicadores regulatórios, conforme dispõe normativo da Susep, órgão responsável pela supervisão do setor de seguros e resseguros: Índice de Suficiência de patrimônio líquido ajustado em relação ao Capital Mínimo Requerido (CMR) e o Índice de Cobertura de Provisões Técnicas. Em 30 de junho de 2024, a companhia apresentou suficiência em ambos os índices.
—O primeiro indicador, Índice de Suficiência de Patrimônio Líquido Ajustado, fechou o segundo trimestre de 2024
com suficiência de R$ 820 milhões, ou seja, 82% acima do capital requerido, o melhor patamar desde setembro de 2021. Ressalto que, com a melhor seleção de riscos, reduzimos a necessidade de capital mínimo requerido em R$ 433 milhões no segundo trimestre de 2024. O Índice de Cobertura de Provisões Técnicas encerrou o segundo trimestre com suficiência de R$ 609 milhões —diz Falcão.
IFRS 17 —O IRB(Re), além de reportar seus números considerando a Visão Negócio da IFRS 4, utilizada pelo nosso regulador setorial, a Susep, e considerada pela empresa para tomar suas decisões, publicou seus resultados do segundo trimestre de 2024 em IFRS 17, norma adotada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A norma internacional, direcionada ao mercado de seguros e resseguros, trata os fluxos operacionais trazidos a valor presente, considerando o valor do dinheiro no tempo.
Considerando a metodologia da IFRS 17, o resultado da companhia no segundo trimestre de 2024 foi positivo em R$ 194 milhões, ante prejuízo de R$ 37 milhões no segundo trimestre de 2023. No primeiro semestre de 2024, chegou a R$ 431 milhões. —Neste trimestre, destacamos que as receitas com resseguros aumentaram R$ 57 milhões; e as despesas com resseguros cresceram R$ 572 milhões em função, essencialmente, dos sinistros do Rio Grande do Sul. O resultado líquido com contratos de retrocessão aumentou R$ 765 milhões devido, principalmente, à recuperação desses sinistros. Por fim, o aumento do resultado financeiro líquido em R$ 136 milhões ocorreu, sobretudo, em função da variação cambial positiva— afirma Falcão.