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14/08/2024

CSN registra prejuízo líquido de R$ 222,6 milhões no 2T24

Uma melhora de 53,6% em relação ao trimestre anterior.

A Companhia Siderúrgica Nacional (“CSN”) (B3: CSNA3) (NYSE: SID) divulgou seus resultados do segundo trimestre de 2024 na noite do dia 12 de agosto (segunda-feira), cujos destaques operacionais e financeiros do segundo trimestre de 2024 teve melhora operacional em praticamente todos os segmentos é o principal destaque do trimestre, com efeito direto no resultado o segundo trimestre de 2024 foi marcado for recorde de produção própria na mineração, recorde de vendas em cimentos e um início de recuperação na siderurgia, com volume de vendas mais forte e expansão de margem. Como consequência, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, sigla em inglês) ajustado do seguindo trimestre de 2024 atingiu R$ 2,6 bilhões, com uma margem lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, sigla em inglês) de 23,2%.

Mais um trimestre de recordes no segmento de cimentos, com forte volume de vendas e rentabilidade alcançando a marca dos 28%. A companhia segue avançando na sua estratégia comercial de entrar em novos mercados, aprimorar seus modais logísticos e de distribuição, ao mesmo tempo em que aprofunda ainda mais a integração dos seus ativos e a captura de sinergias. Como resultado, o segundo trimestre de 2024 foi marcado por recorde de produção e vendas, além de uma sólida expansão de margens. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, sigla em inglês) do segmento atingiu R$ 346 milhões no período, com uma margem lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, sigla em inglês) de 28%.

Segundo maior volume de produção própria na história da companhia e diminuição no custo de produção elevaram a margem lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, sigla em inglês) da mineração para 48%.

A companhia atingiu mais um recorde operacional neste trimestre, considerando a configuração atual dos seus ativos, com maior eficiência no seu modal logístico e forte controle de custos, conseguindo compensar a realização de preço mais baixa verificada no período. Como consequência, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, sigla em inglês) ajustado da mineração atingiu R$ 1,6 bilhão no segundo trimestre de 2024, com margem lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, sigla em inglês) ajustada de 47,5%.

Alavancagem segue pressionada, impactada majoritariamente pelo efeito da variação cambial — Apesar da melhora operacional verificada no trimestre, a alavancagem voltou a subir em razão do impacto da desvalorização cambial verificada no final do período. Adicionalmente, o consumo de capital de giro e o aumento dos investimentos também contribuíram para uma geração de caixa negativa no segundo trimestre de 2024. Não obstante, a CSN segue firme em seu compromisso de reduzir o seu nível de endividamento seja por meio de melhores resultados esperados para o segundo semestre, seja via projetos que ajudem na reciclagem de capital do grupo.

Resultado consolidado — A receita líquida totalizou R$ 10.881,7 milhões no segundo trimestre de 2024, o que representa um crescimento de 12,0% quando comparado com o primeiro trimestre de 2024, de acordo com a CSN, o resultado impulsionado na melhora no desempenho do segmento de siderurgia, além do efeito positivo da sazonalidade do período ao proporcionar uma maior atividade produtiva e comercial tanto para a mineração quanto para cimentos. Entre os principais destaques operacionais verificados no período, tivemos os recordes de vendas no segmento de cimentos e o segundo maior volume de minério já produzido na história da Companhia (produção própria).

O custo dos produtos vendidos (CPV) totalizou R$ 7.892,7 milhões no segundo trimestre de 2024 e foi 4,9% maior do que no trimestre anterior, reflexo da atividade comercial mais forte do período, com aumento no volume de produtos vendidos em praticamente todos os segmentos de atuação.

Por sua vez, o lucro bruto no segundo trimestre de 2024 atingiu R$ 3 bilhões, com uma margem bruta de 27,6%, o que corresponde a um aumento de 5,0 p.p. em relação ao primeiro trimestre de 2024 e reflete a melhora operacional verificada nos principais segmentos de atuação da companhia.

As despesas com vendas gerais e Administrativas totalizaram R$ 1.564,8 milhões no segundo trimestre de 2024 e foram 12,7% superiores ao registrado no trimestre anterior e 46,2 % acima quando comparamos com o mesmo período do ano passado.

O grupo de outras receitas e despesas operacionais totalizou R$ 113,6 milhões no segundo trimestre de 2024, o que representa um crescimento de 138,4% na comparação com o primeiro trimestre de 2024, explicado pelo efeito positivo das operações de hedge de minério de ferro, que geraram um ganho de R$ 447 milhões no período ante o ganho de apenas R$ 6 milhões verificada no primeiro trimestre de 2024.

No segundo trimestre do ano, a CSN registrou um prejuízo líquido de R$ 222,6 milhões, uma melhora de 53,6% em relação ao trimestre anterior, mas ainda no campo negativo, segundo a companhia, por consequência do aumento das despesas financeiras e da maior incidência de impostos referentes ao desempenho das subsidiárias, impactando diretamente a linha de Imposto de renda e contribuição social e compensando a melhora operacional verificada no período.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, sigla em inglês) ajustado no segundo trimestre de 2024 apresentou um crescimento de 34,5% na comparação com o trimestre anterior, atingindo um valor de R$ 2.645 milhões, com uma margem lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, sigla em inglês) ajustada de 23,2%. O crescimento é fruto de uma combinação de resultados operacionais mais fortes registrados no trimestre, com recordes operacionais em cimentos e na mineração. O trimestre foi marcado ainda por uma importante recuperação no segmento de siderurgia, que a despeito de permanecer com margens bastante comprimidas na comparação com as médias históricas, já apresenta sinais de melhoria, principalmente quando se observa as perspectivas de volumes e preços.

Fluxo de caixa ajustado — O fluxo de caixa ajustado no segundo trimestre de 2024 foi negativo em R$ 1.164 milhões, como resultado do consumo de capital de giro, além do maior volume de investimentos realizados no período e do impacto da variação cambial no resultado financeiro. Isso acabou mais do que compensando o resultado operacional mais forte registrado no trimestre.

Endividamento — Em 30 de junho de 2024, a dívida líquida consolidada atingiu R$ 37.156 milhões, com o indicador de alavancagem medido pela relação dívida líquida/lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, sigla em inglês) LTM alcançando 3,36 vezes, o que representa um aumento pontual de 23 basis points em comparação ao trimestre anterior. Esse aumento do indicador reflete exclusivamente o impacto da variação cambial nas dívidas em dólar, que acabou mais do que compensando a melhora operacional observada no período. Mesmo com esse impacto não projetado, a Companhia segue firme em seu compromisso de reduzir o seu nível de endividamento e está avançando em projetos que ajudem na reciclagem de capital do grupo. Adicionalmente, a CSN manteve a sua política de carregar um caixa elevado, que neste trimestre atingiu o patamar de R$ 16,573 bilhões.

A CSN segue bastante ativa em seu objetivo de alongamento do prazo de amortização, com foco em operações de longo prazo e no mercado de capitais local. Entre as principais movimentações do segundo trimestre de 2024, a companhia realizou o pagamento de amortizações de principal e juros de dívidas que teriam seus vencimentos nos anos de 2024, 2025 e 2026.

Investimentos — Foram investidos R$ 1.356 milhões no segundo trimestre de 2024, um valor 69,% superior em relação ao que foi investido no começo do ano e +36,8% em relação ao investido no mesmo período de 2023 com destaque para o segmento de siderurgia, com uma série de ações para aumentar a eficiência na aciaria, sinterização e modernização como um todo das operações na UPV. Adicionalmente, verificou-se também investimentos correntes para manutenção da capacidade operacional da mineração, além de avanços nos projetos de expansão de capacidade, principalmente relacionados às novas compras de equipamentos da P15.

Capital circulante líquido — O capital circulante líquido aplicado ao negócio foi negativo em R$ 218 milhões no segundo trimestre de 2024, uma diminuição de 74,6% quando comparado com o primeiro trimestre de 2024, em razão principalmente da redução na linha de fornecedores e obrigações trabalhistas, além do aumento nas contas a receber observado no período.