Terminais da Companhia movimentaram 369,4 mil contêineres, 23,4% a mais do que no mesmo período do ano passado, reflexo de maiores exportações e importações.
O excelente desempenho operacional apresentado pela Santos Brasil no segundo trimestre deste ano puxou o crescimento dos indicadores econômico-financeiros da Companhia, que registrou lucro líquido de R$ 171,7 milhões (+81,9% YoY), com margem líquida de 24% (+5,8 p.p. YoY). O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, sigla em inglês) (recorrente) somou R$ 348,3 milhões (+56,7% YoY), com ganho de 5,7 p.p. na margem lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, sigla em inglês) (49,6%), e a receita líquida consolidada alcançou R$ 702,8 milhões (+38,6% YoY). No semestre, a receita líquida foi de R$ 1,3 bilhão, aumento de 44,3% em relação ao primeiro semestre de 2023.
Os terminais de contêiner da Santos Brasil movimentaram 369.401 unidades – 23,4% a mais do que no mesmo período do ano anterior (YoY), com maiores volumes de longo curso (+23,0% YoY), que respondeu por 79,0% do total movimentado no período (vs. 79,3% no segundo trimestre de 2023), reflexo de maiores importações (+36,1% YoY) e exportações (+25,8% YoY). A cabotagem também cresceu 25,2% a mais do que o mesmo período de 2023.
O crescimento de volume veio acompanhado de significativa melhora no mix operacional de contêineres cheios, que representou 75,1% do total movimentado (vs. 68,8% no 2T23), com a importação crescendo 35,1% YoY.
O Tecon Santos, principal ativo da companhia, movimentou 323.983 contêineres (+24,4% YoY), com aumento de 33,8% YoY no longo curso. Os destaques foram as maiores exportações de café, açúcar, algodão e carne congelada e o crescimento das importações de químicos, bens de capital, plásticos e bens de consumo. A cabotagem, por sua vez, apresentou crescimento forte de 45,7% no trimestre, beneficiada pelo aumento do transbordo no Porto de Santos, com a respectiva concentração no sistema portuário santista, também devido à restrição operacional em portos localizados na região Sul.
Prova desse crescimento é que em junho o Tecon Santos bateu o recorde de 117 mil contêineres movimentados em um único mês, marca já superada em julho, com o registro de 121,8 mil unidades movimentadas.
O Tecon Imbituba (SC) movimentou 23.225 contêineres no segundo trimestre de 2024 (+58,9% YoY), beneficiado pelo novo serviço de longo curso que começou a operar no terminal em fevereiro de 2024. Por outro lado, a cabotagem apresentou queda de 10% no trimestre, devido aos menores embarques de bebidas envazadas e arroz.
A movimentação do Tecon Vila do Conde (PA) somou 22.193 contêineres (-8,4% YoY), refletindo a omissão de seis navios de longo curso, que não escalaram o terminal devido ao congestionamento em outros portos do País; e a queda da cabotagem, decorrente de menos embarques na região de influência do Porto de Vila do Conde.
A Santos Brasil Logística apresentou crescimento de 16,6% YoY no número de contêineres armazenados nos Centros Logísticos e Industriais Aduaneiros (CLIAs Santos e Guarujá) no trimestre, decorrente do maior volume de importações no Porto de Santos. Por outro lado, houve redução de 55,2% YoY na movimentação de pallets nas operações dos Centros de Distribuição, resultado da menor demanda de clientes do setor automotivo.
Já o TEV — Terminal de Veículos localizado no porto de Santos – continuou apresentando queda nos volumes, principalmente devido às menores exportações de veículos leves para os países do Mercosul.
Os Terminais de Granéis Líquidos de Itaqui (MA) tiveram crescimento de 2,8% YoY no volume de combustível armazenado, com maior giro dos tanques e a conversão de contratos spot em contratos de longo prazo.
Perspectiva — Para Daniel Pedreira Dorea, Diretor Econômico-Financeiro e de Relações com Investidores da Santos Brasil, os volumes devem continuar elevados no segundo semestre, quando se espera crescimento, inclusive pela sazonalidade típica do setor, que se concentra entre os meses de julho e outubro, para recomposição de estoques visando as vendas de fim de ano. O executivo destaca que os terminais da Companhia estão bem dimensionados para absorver o crescimento do mercado, em especial no Porto de Santos. —Somente em 2024, devemos investir algo entre R$ 720 e R$ 800 milhões em nossos ativos, dos quais pouco mais de R$ 400 milhões apenas no Tecon Santos, cuja capacidade passará dos atuais 2.4 milhões TEUs para 2.6 milhões em 2025 e, a partir daí, 3 milhões de TEUs em 2026. Apenas nesse ativo, já investimos mais de R$ 1.2 bilhão nos últimos cinco anos, garantindo capacidade ao Porto de Santos e alto nível de serviços aos nossos clientes—.
Em paralelo, como parte da estratégica de alocação de capital da Santos Brasil, foram destinados R$ 304 milhões à distribuição de proventos aos acionistas da Companhia, o equivalente a R$ 0,35 por ação e a um payout de 100% sobre o lucro líquido distribuível do primeiro semestre de 2024. Inclusive, a Administração da Companhia propôs aos acionistas a redução de capital no montante de R$ 1,6 bilhão, que será deliberada em Assembleia Geral Extraordinária a ser realizada no dia 14 de agosto.