Lucro ajustado 24,6% superior ao ano anterior. Companhia registra alta de 7,0% em vendas totais no segundo trimestre de 2024 sobre a base robusta do segundo trimestre de 2023; Custo de ocupação de 10,8% e inadimplência líquida negativa de 1,4% atingem os níveis mais baixos em dez anos.
A Iguatemi S.A. [B3: IGTI11], uma das maiores companhias full service no setor, com participação em 14 shopping centers, dois premium outlets e quatro torres comerciais, além do e-commerce Iguatemi 365 e das lojas próprias operadas pela i-Retail, mostra mais uma vez a resiliência de seu portfólio ao fechar o segundo trimestre de 2024 avançando em seus principais indicadores operacionais e financeiros. As Vendas Totais atingiram R$ 4,9 bilhões no período, com crescimento de 7,0% sobre o segundo trimestre de 2023.
—Excluindo o mês de maio para os shoppings impactados pelas chuvas no Rio Grande do Sul, o aumento de vendas foi de 9,8%, representando um crescimento real de 5,9% sobre a inflação (IPCA). E nossa performance segue apresentando resultado acima do setor: nos primeiros cinco meses do ano, as vendas totais aumentaram 7,6 pontos percentuais (p.p) acima do crescimento médio da indústria segundo dados da Associação Brasileira dos Shopping Centers (Abrasce). Isso evidencia a robustez da nossa marca e a excelência do nosso portfólio, formado por ativos estrategicamente posicionados em segmentos de renda mais resistentes às adversidades econômica —afirma Guido Oliveira, CFO da Iguatemi S.A. Os segmentos que melhor desempenharam no período foram as operações de Artigos Diversos, Saúde & Beleza, Joalherias e Artigos para o Lar, Livraria, Papelaria, Informática ficando 11,4% e 7,0% acima do segundo trimestre de 2023, respectivamente.
O efeito positivo da qualificação do mix de lojas sobre a produtividade da área bruta locável (ABL), com taxa de ocupação 2,6 p.p. acima do ano anterior, mostrou mais uma vez seu efeito positivo nos indicadores de vendas mesmas áreas (SAS) e vendas mesmas lojas (SSS), respetivamente atingindo aumento de 7,0% (9,8% sem RS) e de 4,0% (6,7% sem RS) no segundo trimestre de 2024 versus o segundo trimestre de 2023.
Estes resultados também contribuíram para a renovação de contratos de aluguel de forma saudável, com crescimento acima da inflação e atingindo leasing spreads positivos, no valor de +10,9% no segundo trimestre de 2024, um resultado 4,9 p.p.acima do registrado no primeiro trimestre deste ano. —No período, os aluguéis mesmas lojas (SSR) e aluguéis mesmas áreas (SAR) foram de 2,9% e 2,1%, respectivamente. Excluindo os shoppings do RS em maio, registramos aumento de SSR e de SAR de 4,9% e 5,2%, representando um crescimento real de 49 p.p sobre a média do reajuste do IGPM aplicado nos últimos 12 meses —explica Oliveira.
A Iguatemi chegou ao segundo trimestre de 2024 com custo de ocupação de 10,8%, 0,5 p.p. abaixo do indicador do segundo trimestre de 2023, menor nível do últimos dez anos e 0,7 p.p. abaixo da média histórica da Companhia, o que reforça a saúde dos lojistas presentes no portfólio. A inadimplência líquida foi negativa em 1,4%, reflexo do crescimento nas vendas e do poder de cobrança da Iguatemi. Ainda, os empreendimentos do grupo registraram taxa de ocupação média de 95,0% no segundo trimestre de 2024, 2,6 p.p. acima do mesmo período do ano anterior. —Seguimos com uma agenda comercial forte, contando com assinaturas relevantes em diversos empreendimentos. Nesse último trimestre, foram comercializadas 109 novos contratos —destaca o CFO.
Excluindo o efeito da linearização, Infracommerce e o resultado do SWAP das ações, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, sigla em inglês) ajustado consolidado atingiu R$ 233,0 milhões no segundo trimestre de 2024 — aumento de 11,5% versus segundo trimestre de 2023, com margem lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, sigla em inglês) ajustado de 73,1%, melhora de 5,3 p.p. na margem comparado ao segundo trimestre de 2023. O FFO ajustado foi de R$ 153,9 milhões, 19,3% acima do segundo trimestre de 2023, com margem FFO ajustada de 48,3%, crescimento de 6,4 p.p na margem comparada ao segundo trimestre de 2023. Seguindo a mesma linha o lucro líquido ajustado atingiu R$ 106,5 milhões no segundo trimestre de 2024, 24,6% acima do segundo trimestre de 2023, com margem líquida ajustada de 33,4%, um aumento de 5,7 p.p. na margem versus o segundo trimestre de 2023. Ainda, a alavancagem da Iguatemi encerrou o trimestre em 1,80x da dívida líquida/lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, sigla em inglês) ajustado, 0,04x abaixo do primeiro trimestre de 2024.
A receita bruta foi de R$ 363,3 milhões no segundo trimestre de 2023, aumento de 2,9% em relação ao mesmo período de 2023. A receita líquida ajustada atingiu R$ 318,5 milhões no segundo trimestre de 2024, crescendo 3,4% versus segundo trimestre de 2023. A Receita de Aluguel, composta por Aluguel Mínimo, Aluguel Percentual (overage) e Locações Temporárias, teve crescimento de 3,3% em relação ao segundo trimestre de 2023. As operações da i-Retail e Iguatemi 365 somaram uma receita bruta de R$ 38,1 milhões no trimestre, uma queda de 3,5% versus o segundo trimestre de 2023. A receita líquida chegou a R$ 29,1 milhões no segundo trimestre de 2024 representando uma queda de 5,4% sobre o segundo trimestre de 2023.
Destaques do trimestre — Durante o trimestre, a Companhia seguiu com seu compromisso com a alocação de capital eficiente para o contínuo aprimoramento de seu portfólio. Dessa forma, em junho foi anunciada a venda de 50% do Shopping Iguatemi São Carlos, representando a totalidade de sua participação no ativo, e também a venda de 18% do Iguatemi Alphaville, onde a empresa segue como sócia majoritária, detendo 60% do empreendimento. O valor total da transação é de R$ 205 milhões, correspondente a um cap rate médio de 8,3% baseado no resultado operacional (NOI) dos últimos doze meses.
No início de julho, como evento subsequente, a Iguatemi anunciou a aquisição de 16,6% do Shopping RioSul, um dos um dos shoppings mais relevantes do País, na cidade do Rio de Janeiro, que representa o segundo maior PIB do Brasil. O movimento representa a primeira da parceria com o BBIG11, fundo do BB Asset em que a Iguatemi é consultora imobiliária. Nessa operação, o FII terá 33,3% do ativo, totalizando 49,9% junto com a participação da Iguatemi. O investimento da Companhia na operação será de aproximadamente R$ 360 milhões, com cap rate de 7,7%, considerando todas as receitas atreladas à administração do shopping o cap rate implícito é de 11%
—As transações demonstram nosso comprometimento em alocação de capital eficiente, reciclando ativos à cap rates atrativos e adquirindo empreendimentos com maior sinergia ao nosso portfólio premium —reforça Guido Oliveira. Ainda em julho, o grupo anunciou a compra adicional de 0,8% de participação do Iguatemi São Paulo, com valor total envolvido de R$ 25 milhões, pagos à vista. As transações, considerando o resultado estimado para 2024, representam um cap rate de 12,3%.
No final de junho, a companhia concluiu a captação de um novo CRI, no montante de R$ 700 milhões ao custo total de CDI +0,33%a.a.. Os recursos líquidos captados serão destinados pela companhia diretamente e/ou pelas suas controladas, diretas ou indiretas, e/ou investidas, considerando inclusive o condomínio ou consórcios dos shopping centers, para o custeio de despesas futuras de natureza imobiliária vinculadas direta e indiretamente ao desenvolvimento, aquisição, manutenção e reforma de imóveis.
Os eventos seguem sendo importantes aliados para impulsionar o fluxo dos empreendimentos e proporcionar experiências diferenciadas para os clientes. No segundo trimestre de 2024, a Iguatemi contou com iniciativas como Cine Vista, Festa Junina e Disney+, evento inédito no Brasil em parceria com a Disney que recebeu mais de 16 mil pessoas no Iguatemi Campinas e que agora segue para o Iguatemi São José do Rio Preto. Além disso, o SPFW foi realizado pela primeira vez simultaneamente em dois shoppings da Iguatemi. A edição 57 do maior evento de moda da América Latina tomou conta do São Paulo e JK Iguatemi, de 9 a 14 de abril apresentando 27 desfiles.
Para o segundo semestre, a companhia segue otimista. —Encerremos os primeiros seis meses do ano com um ótimo desempenho e em conformidade com os indicadores esperados: crescimento de 6,1% na receita líquida, com margem lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, sigla em inglês) de 79,7% na unidade de shoppings. No consolidado, encerramos com margem lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, sigla em inglês) de 73,6% e Capex de R$ 104,3 milhões —mostra Oliveira. O executivo reitera Iguatemi segue bem posicionada, com bons indicadores no seu portfólio de shoppings e balanço patrimonial saudável para sustentar seu crescimento. —Continuaremos na busca pela otimização dos nossos empreendimentos e na monetização do landbank para entrar o guidance acordado para este ano —reforça o CFO.