Com destaque para Febrafar com 11,5% de alta.
Os números do primeiro semestre de 2024 mostram que o varejo farmacêutico brasileiro continua a crescer de forma robusta, embora com uma leve desaceleração em comparação aos anos anteriores. O setor registrou um crescimento de 8,4% do faturamento nos últimos 12 meses em relação ao mesmo período do ano anterior.
Neste contexto, a Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar) se destacou com um crescimento de 11,5%, superando a média do mercado e impulsionando o setor. Esses dados foram fornecidos pela auditora IQVI.
O modelo associativista promovido pela Febrafar tem mostrado um desempenho consistente, com um crescimento médio de 50% acima da média de mercado nos últimos 11 anos. Com isso, o grupo já representa 17,1% do mercado, com mais de 16 mil lojas. Edison Tamascia, presidente da Febrafar, afirma: “Os números indicam que o modelo associativista tem força para prosperar neste mercado competitivo. Continuamos a avaliar o futuro e a adaptar nossas estratégias.”
Transformações no setor farmacêutico — Segundo Edison Tamascia, o setor farmacêutico brasileiro tem passado por mudanças significativas. A transição do Modelo Relacional, que focava no atendimento personalizado, para o Modelo Transacional, centrado em condições comerciais, foi um ponto crucial. Atualmente, o setor está na era do Modelo Relacional Digitalizado, que prioriza a personalização e a tecnologia no relacionamento com o cliente.
—A digitalização transformou a interação das farmácias com seus clientes. O Modelo Relacional Digitalizado exige que adaptemos nossas estratégias para atender às novas expectativas tecnológicas e comportamentais dos consumidores. A personalização e a presença digital são agora essenciais para manter a relevância no mercado competitivo—destaca Tamascia.
Uma importante mudança é a evolução das farmácias para se tornarem centros de saúde integrados. Além de medicamentos, as farmácias estão ampliando seu portfólio para incluir produtos de higiene, beleza, nutrição e conveniência, respondendo à demanda por uma experiência de compra mais completa.
—As farmácias estão se reinventando para se tornarem verdadeiros centros de saúde e bem-estar. Diversificar o portfólio e oferecer uma gama mais ampla de produtos é crucial para atender às novas expectativas dos consumidores e fortalecer nossa posição no mercado— afirma Tamascia.
Dentro deste cenário, Tamascia detalha as principais tendências para o setor:
1. Digitalização: A transformação digital redefine a operação das farmácias, com expansão dos canais digitais e serviços de entrega, alinhando-se às expectativas dos consumidores.
2. Parcerias Estratégicas: Formar parcerias com indústrias, distribuidores e provedores de tecnologia é essencial para o crescimento e a competitividade das farmácias.
3. Conhecimento do Cliente: Com a demanda por conveniência e variedade, é crucial conhecer bem as clientelas para oferecer uma oferta personalizada.
4. Autosserviço e Gerenciamento de Categorias: A demanda por medicamentos isentos de prescrição (MIPs) e produtos de higiene e beleza exige um bom gerenciamento de categorias.
5. Marcas Próprias: Desenvolver e oferecer marcas próprias é uma oportunidade para as farmácias se diferenciarem com produtos exclusivos e de qualidade.
— O futuro do varejo farmacêutico está atrelado à capacidade de inovar e adaptar. As tendências atuais mostram a necessidade de uma abordagem mais digital e personalizada, e estamos bem-posicionados para liderar essas mudanças— conclui Tamascia.