Mas ainda se encontra 14,3% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011. Na comparação com junho de 2023 sete atividades que apontaram redução na produção, além de impressão, impactos negativos importantes foram assinalados pelos setores de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-5,0%) e de produtos diversos (-6,9%). Na comparação com janeiro-junho de 2023, entre as oito atividades que apontaram redução na produção, produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-5,9%) exerceu a maior influência na formação da média da indústria. Outras contribuições negativas importantes foram registradas pelas atividades de máquinas e equipamentos (-2,0%), de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-4,5%) e de produtos diversos (-5,5%).
Em junho de 2024, a produção industrial nacional avançou 4,1% na comparação com o mês anterior, na série com ajuste sazonal, interrompendo, dessa forma, dois meses consecutivos de taxas negativas, período em que acumulou perda de 1,8%, de acordo com dados divulgados pelo Instituto de Geografia e Estatística(IBGE), no dia 02 de agosto (sexta-feira)..
A média móvel trimestral teve crescimento de 0,7% no trimestre encerrado em junho de 2024 frente ao nível do mês anterior, após apontar -0,3% em maio, quando interrompeu a trajetória ascendente iniciada em agosto de 2023.
Em relação a junho de 2023, a indústria avançou 3,2%, após recuar 1,1% em maio e crescer 8,4% em abril. Com isso, o setor industrial cresceu 2,6% no acumulado do primeiro semestre de 2024. No acumulado nos últimos 12 meses, o avanço foi de 1,5%, intensificando o ritmo de crescimento frente ao resultado de maio (1,3%).
O setor industrial, ao mostrar expansão de 4,1% em junho de 2024 na comparação com o mês imediatamente anterior, na série com ajuste sazonal, marcou o resultado positivo mais intenso desde julho de 2020 (9,1%) e eliminou a perda de 1,8% acumulada no período abril-maio de 2024. No índice desse mês, diferentemente do que havia sido observado no mês anterior, verifica-se predomínio de taxas positivas, uma vez que as 4 grandes categorias econômicas e 16 das 25 atividades industriais pesquisadas apontaram crescimento na produção.
Vale destacar que, com esses resultados, a produção industrial ultrapassa o patamar com pandemia em curso (2,8% acima de fevereiro de 2020), — mas ainda se encontra 14,3% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011.
Produtos derivados do petróleo e biocombustíveis e produtos químicos têm as principais influências positivas — Entre as atividades, as influências positivas mais importantes foram assinaladas por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,0%), produtos químicos (6,5%), produtos alimentícios (2,7%) e indústrias extrativas (2,5%), com a primeira acumulando ganho de 6,2% em dois meses consecutivos de crescimento na produção; a segunda eliminando o recuo de 2,7% verificado no mês anterior; a terceira interrompendo dois meses consecutivos de queda na produção, período em que acumulou perda de 4,2%; e a última marcando o segundo mês seguido de expansão, período em que acumulou avanço de 5,9%.
Contribuições relevantes — Outras contribuições positivas relevantes sobre o total da indústria vieram de metalurgia (5,0%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (3,1%), de bebidas (3,5%), de máquinas e equipamentos (2,4%), de produtos do fumo (19,8%) e de celulose, papel e produtos de papel (1,6%).
Redução — Por outro lado, entre as nove atividades que apontaram redução na produção, outros equipamentos de transporte (-5,5%) exerceu o principal impacto em junho de 2024 e interrompeu dois meses consecutivos de taxas positivas, período em que acumulou ganho de 4,8%. Vale destacar também as influências negativas registradas por artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (-4,1%), impressão e reprodução de gravações (-9,1%) e confecção de artigos do vestuário e acessórios (-2,7%).
Todas as grandes categorias econômicas ficam no campo positivo — Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, bens de consumo duráveis (4,4%) e bens de consumo semi e não duráveis (4,1%) assinalaram as taxas positivas mais elevadas em junho de 2024, com a primeira eliminando parte do recuo de 5,6% registrado no mês anterior; e a segunda voltando a crescer após mostrar variação nula em maio último (0,0%), quando interrompeu três meses consecutivos de expansão na produção, período em que acumulou ganho de 2,1%.
Os setores produtores de bens intermediários (2,6%) e de bens de capital (0,5%) também apontaram crescimento na produção nesse mês, com o primeiro interrompendo dois meses seguidos de queda, período em que acumulou perda de 2,0%; e o segundo eliminando parte do recuo de 2,2% verificado no mês anterior.
Média móvel trimestral cresce 0,7% em junho de 2024 — Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria mostrou avanço de 0,7% no trimestre encerrado em junho de 2024 frente ao nível do mês anterior, após apontar -0,3% em maio, quando interrompeu a trajetória ascendente iniciada em agosto de 2023.
Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, bens de consumo semi e não duráveis (1,5%) e bens de consumo duráveis (1,1%) assinalaram as taxas positivas mais elevadas em junho de 2024, com a primeira marcando o quinto mês seguido de expansão, período em que acumulou ganho de 3,4%; e a segunda voltando a crescer após mostrar queda de 1,7% em maio, quando interrompeu a trajetória ascendente iniciada em novembro de 2023.
Os setores produtores de bens de capital (0,4%) e de bens intermediários (0,2%) também apontaram crescimento na produção nesse mês, com o primeiro eliminando a perda de 0,2% verificada no mês anterior; e o segundo interrompendo a trajetória descendente iniciada em janeiro de 2024.
Indústria avança 3,2% em relação a junho de 2023 — Na comparação com junho de 2023, o setor industrial assinalou expansão de 3,2% em junho de 2024, com resultados positivos em quatro das quatro grandes categorias econômicas, 18 dos 25 ramos, 44 dos 80 grupos e 52,0% dos 789 produtos pesquisados. Vale citar que junho de 2024 (20 dias) teve 1 dia útil a menos do que igual mês do ano anterior (21).
Entre as atividades, as principais influências positivas no total da indústria foram registradas por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,3%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (17,5%), produtos alimentícios (2,4%), veículos automotores, reboques e carrocerias (5,9%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (18,4%).
Vale destacar também as contribuições positivas assinaladas pelos ramos de celulose, papel e produtos de papel (8,3%), de produtos químicos (4,1%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (10,1%), de bebidas (5,6%), de móveis (13,9%), de indústrias extrativas (0,9%), de outros equipamentos de transporte (9,8%) e de metalurgia (2,0%).
Por outro lado, ainda na comparação com junho de 2023, entre as sete atividades que apontaram redução na produção, impressão e reprodução de gravações (-22,8%) exerceu a maior influência na formação da média da indústria, pressionada, principalmente, pela menor produção dos itens papel-moeda (cédulas), impressos para fins publicitários ou promocionais em filmes e livros, brochuras ou impressos sob encomenda. Outros impactos negativos importantes foram assinalados pelos setores de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-5,0%) e de produtos diversos (-6,9%).
Em relação a junho de 2023, todas as grandes categorias econômicas têm taxas positivas — Entre as grandes categorias econômicas, ainda no confronto com igual mês do ano anterior, o segmento de bens de consumo duráveis (12,0%) assinalou, em junho de 2024, expansão de dois dígitos e a mais acentuada entre as grandes categorias econômicas. Os setores produtores de bens de capital (9,0%), de bens de consumo semi e não duráveis (5,8%) e de bens intermediários (1,1%) também mostraram resultados positivos nesse mês, com os dois primeiros apontando avanços acima da média da indústria (3,2%); e o último assinalando o crescimento mais moderado.
O setor produtor de bens de consumo duráveis avançou 12,0% em junho de 2024 frente a igual período do ano anterior, após recuar 10,6% em maio e crescer 25,8% em abril de 2024. Nesse mês, o setor foi impulsionado, em grande medida, pela expansão na fabricação de automóveis (9,9%), de eletrodomésticos da “linha branca” (31,6%) e de outros eletrodomésticos (43,8%). Vale destacar também os avanços registrados por motocicletas (8,5%) e pelos grupamentos de eletrodomésticos da “linha marrom” (4,3%) e de móveis (8,9%).
A produção de bens de capital mostrou expansão de 9,0% em junho de 2024 frente a igual período do ano anterior e apontou a terceira taxa positiva consecutiva nesse tipo de comparação. Na formação do índice desse mês, o segmento foi influenciado pelos avanços observados nos grupamentos de bens de capital de uso misto (33,1%), para fins industriais (7,5%) e para equipamentos de transporte (4,7%). Por outro lado, os subsetores de bens de capital para construção (-20,9%), agrícolas (-9,5%) e para energia elétrica (-0,6%) mostraram as taxas negativas no índice mensal de junho de 2024.
Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, o segmento de bens de consumo semi e não duráveis avançou 5,8% em junho de 2024 e marcou a terceira taxa positiva consecutiva nesse tipo de comparação. O desempenho positivo nesse mês foi explicado pelo crescimento registrado em todos os grupamentos, com destaque para carburantes (11,6%), alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (3,3%) e não duráveis (7,2%). Vale citar também os resultados positivos registrados pelos grupamentos de semiduráveis (2,4%) e de alimentos e bebidas básicos para consumo doméstico (13,7%).
Por fim, o setor produtor de bens intermediários mostrou expansão de 1,1% em junho de 2024 frente a igual período do ano anterior, após recuar 2,2% em maio e crescer 4,6% em abril de 2024. O resultado desse mês foi explicado, principalmente, pelos avanços nos produtos associados às atividades de celulose, papel e produtos de papel (10,4%), de produtos químicos (4,2%), de produtos alimentícios (3,2%), de metalurgia (2,0%), de indústrias extrativas (0,9%), de produtos de minerais não metálicos (1,3%), de produtos de borracha e de material plástico (1,3%), de máquinas e equipamentos (2,1%) e de produtos têxteis (1,8%), enquanto as pressões negativas foram registradas por veículos automotores, reboques e carrocerias (-2,4%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-0,7%) e produtos de metal (-1,3%). Ainda nessa categoria econômica, vale citar também os resultados positivos assinalados pelos grupamentos de insumos típicos para construção civil (3,0%), que voltou a crescer após registrar variação negativa de 0,2% no mês anterior; e de embalagens (7,5%), que apontou o nono mês seguido de crescimento na produção nesse tipo de comparação.
No acumulado do ano, indústria avança 2,6% — No índice acumulado no primeiro semestre de 2024, em relação a igual período do ano anterior, o setor industrial assinalou avanço de 2,6%, com resultados positivos em quatro das quatro grandes categorias econômicas, 16 dos 25 ramos, 47 dos 80 grupos e 54,8% dos 789 produtos pesquisados. Entre as atividades, as principais influências positivas no total da indústria foram registradas por produtos alimentícios (4,7%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,3%), indústrias extrativas (2,1%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (4,9%).
Vale destacar também os impactos positivos registrados pelos setores de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (10,0%), de celulose, papel e produtos de papel (5,0%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (8,4%), de outros equipamentos de transporte (11,6%), de produtos de borracha e de material plástico (3,8%), de bebidas (4,3%), de produtos de madeira (8,3%) e de móveis (5,7%).
Por outro lado, ainda na comparação com janeiro-junho de 2023, entre as oito atividades que apontaram redução na produção, produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-5,9%) exerceu a maior influência na formação da média da indústria. Outras contribuições negativas importantes foram registradas pelas atividades de máquinas e equipamentos (-2,0%), de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-4,5%) e de produtos diversos (-5,5%).
Entre as grandes categorias econômicas, o perfil dos resultados para os seis primeiros meses de 2024 mostrou maior dinamismo para bens de capital (5,0%), bens de consumo duráveis (4,3%) e bens de consumo semi e não duráveis (4,1%), impulsionadas, em grande medida, pela maior produção de bens de capital para equipamentos de transporte (10,4%), na primeira; de eletrodomésticos (22,1%), na segunda; e de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (5,9%) e carburantes (6,1%), na terceira. O setor produtor de bens intermediários (1,8%) também apontou resultado positivo no índice acumulado do primeiro semestre do ano, mas registrou avanço menos intenso do que o verificado na média da indústria (2,6%).
Avanço da produção industrial em junho não garante recuperação sustentável do setor, ressalta Firjan — A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) ressalta que o avanço da produção industrial em junho (+4,1%) não indica uma mudança na trajetória do setor, uma vez que esse resultado ocorre após dois meses consecutivos de quedas.
Apesar do forte avanço na passagem mensal, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as atuais condições domésticas continuam a ser um fator de preocupação. Em especial, a forte depreciação do real em relação ao dólar tem elevado o preço médio dos insumos, impactando a competitividade da indústria brasileira. A elevação dos custos dificulta o planejamento de longo prazo e desestimula novos investimentos, essenciais para o crescimento sustentável do setor.
Nesse contexto, a Firjan reitera que a implementação de uma agenda estrutural de corte de gastos é crucial para melhorar a percepção de estabilidade e responsabilidade fiscal do país. Essa medida não apenas pode aumentar a confiança dos investidores, mas também contribuir para a estabilização da taxa de câmbio, a redução da inflação e menores taxas de juros.