Alta de 0,6% sobre o mesmo período de 2023. Para a companhia, impacto do aumento da taxa de sinistralidade no Rio Grande do Sul permaneceu dentro de níveis gerenciáveis. Índice combinado total melhorou 1,6 ponto.
A Mapfre, companhia global do mercado segurador e financeiro, encerrou o primeiro semestre de 2024 com um lucro líquido operacional de 120,7 milhões de euros no Brasil, o que representa alta de 0,6% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Na avaliação do CEO da Mapfre no país, Felipe Nascimento, o cenário de estabilidade demonstra resiliência e solidez da companhia no mercado local. —A companhia vem colhendo frutos de uma atuação operacional focada em sustentabilidade para o longo prazo e na diversificação do seu portfólio. Nossa estratégia de crescimento rentável nos permitiu uma expansão consistente por mais um semestre, consolidando nossa presença nos principais mercados do país, ao mesmo tempo em que nos beneficiamos da parceria estratégica que mantemos com o Banco do Brasil na distribuição de produtos— explica o executivo.
Em termos de prêmios emitidos, a seguradora registrou uma leve retração de -0,6%, totalizando 2,4 bilhões de euros acumulados entre janeiro e junho. Esse desempenho foi impactado pela ligeira desvalorização do Real (-1,5%). O segmento que melhor se destacou em prêmios foi o de Vida, que avançou 6,2%.
Apesar das inundações que atingiram severamente o Rio Grande do Sul, com um impacto líquido próximo de 6 milhões de euros, o ramo de seguro rural, que contempla cobertura agrícola, pecuária e patrimonial, apresentou um desempenho total positivo, contribuindo significativamente para o volume de prêmios no Brasil.
—O impacto do aumento da taxa de sinistralidade no Rio Grande do Sul permaneceu dentro de níveis gerenciáveis e abaixo do pico severo causado pelo fenômeno La Niña em 2022. A diversificação regional da companhia no Brasil e o nosso mix de produtos nos permitiram enfrentar o aumento dos sinistros de maneira sólida, controlada e com resiliência —explicou o CEO. —Também foi importante contarmos com uma boa estrutura de resseguro, o que tornou possível atenuar o impacto da catástrofe nas contas locais— salientou.
O índice combinado dos ramos Não Vida, que mede a eficiência operacional ao somar os índices de sinistralidade e despesas, melhorou de forma significativa no Brasil, atingindo 77,0%, ante 78,6% no primeiro semestre passado. Isso se deve a uma redução de 2,5 pontos no índice de Automóveis, que ficou em 101,6%, resultado das atualizações de tarifas realizadas. O índice combinado de Seguros Gerais também teve desempenho positivo, alcançando 68,6%, impulsionado pelos resultados do negócio agrário. Da mesma forma, ramo de Vida exibiu boa performance, com um índice combinado de 82,4%.
Mapfre cresce 46% no mundo — Em termos globais, considerando os mais de 40 países em que a seguradora atua, o lucro líquido da Mapfre durante o primeiro semestre aumentou 45,6%, para 461,6 milhões de euros. A receita do Grupo foi de 17,7 bilhões de euros, cifra que representa um aumento de 4,1% em relação ao ano anterior. Os prêmios emitidos registraram um aumento de 5,5%, chegando a um total de 15,145 bilhões de euros.
O Brasil se firmou como a segunda região geográfica que mais contribui para as receitas do grupo Mapfre, atrás apenas da região denominada pela companhia de Ibéria (Espanha e Portugal), que somou um lucro líquido de 167,9 milhões de euros no semestre. Em seguida, aparecem os demais países da América Latina (82 milhões de euros), América do Norte (40,8 milhões de euros) e a soma dos resultados dos países da Europa, Oriente Médio e África, que obtiveram um lucro líquido total de 7,9 milhões de euros no período.
O presidente Global da Mapfre, Antonio Huertas, destaca que os resultados confirmam a tendência que a empresa buscou com o seu Plano Estratégico. —Crescemos de forma sólida e rentável na imensa maioria dos países e em todas as unidades de negócios— finalizou.