Em maio, a produção de aço bruto na América Latina foi de 4,4 milhões de toneladas (Mt) e a de aço laminado foi de 4,2 Mt. Isso representa uma diminuição de 6,3% e 3,8%, respectivamente, em relação a abril. O acumulado de aço bruto produzido em 2024 é 4,5% inferior ao mesmo período de 2023, totalizando 23,6 Mt.
A Associação Latino-Americana do Aço (Alacero), compartilha os dados atualizados sobre o comércio e consumo de abril de 2024, bem como os resultados da produção de aço correspondentes a maio de 2024. Esses números oferecem uma visão detalhada do estado atual da indústria do aço e sua evolução nos últimos meses.
A produção de aço bruto em maio de 2024 foi de 4,4 milhões de toneladas (Mt), o que representa uma diminuição de 11,7% em relação a maio de 2023 e de 6,3% em comparação com o mês anterior. Considerando o acumulado do ano (23,6 Mt de janeiro a maio), a produção está 4,5% abaixo do mesmo período de 2023, mostrando uma tendência de queda.
Quanto à produção de aço laminado, em maio de 2024 foi de 4,2 Mt, 6,7% inferior à de maio de 2023 e 3,8% inferior ao mês anterior. Por sua vez, o acumulado janeiro-maio de 2024 (21,6 Mt) implica uma queda de 3,1% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Consumo de aço laminado em abril de 2024 — Por outro lado, o consumo cresceu 5,7% em comparação com março, atingindo 6,4 Mt. Destacam-se os tubos sem costura com um aumento de 95,4% (chegando a 99,5 mil t), enquanto os aços planos registraram um crescimento de 5,9% (3.732,1 mil t). Os produtos longos também aumentaram 3,6% (2.527,0 mil t). Em comparação com abril do ano passado, o consumo é 6,4% superior. O acumulado do consumo de janeiro a abril de 2024 é 1,4% maior em relação ao mesmo período de 2023, totalizando 23,9 Mt (23.881,4 mil t).
Em abril de 2024, observou-se uma recuperação significativa nos setores consumidores de aço na América Latina. A construção e a atividade industrial voltaram a crescer, com Brasil, Peru, Colômbia e México apresentando crescimento, enquanto a Argentina continuou em declínio. A produção de máquinas e aparelhos de uso doméstico também registrou aumentos. No entanto, o setor automotivo teve seu pior desempenho desde julho de 2020.
Análise da balança comercial em abril de 2024 — Em abril, foi registrado um déficit de 2.013,1 mil toneladas, representando um aumento de 25,7% em comparação com o mesmo período de 2023 e 14,9% a mais que o mês anterior. Este é o maior déficit em três anos, desde maio de 2021, quando foi de 2.061,8 mil toneladas.
O déficit continua elevado e aumentou significativamente em relação a março, impulsionado por um alto volume de importações, que cresceram 8,7% em abril (2,6 Mt), e por uma queda de 8,2% nas exportações (549,9 mil t).
As importações totais representaram 41% do consumo aparente em abril, frente a 40% em março, uma cifra muito alta e 3% superior à média registrada em 2023. As importações extrarregionais representaram 95,1% do total das importações, um aumento de 2,6% em relação ao mês anterior e 3,1% a mais que a média de 2023. Isso demonstra que as importações continuam sendo responsáveis pelo aumento do consumo na região, especialmente devido à crescente participação do aço chinês.
—Continuamos vendo na região uma tendência onde o consumo aumenta, mas a produção local diminui. As crescentes importações, especialmente as extrarregionais, reduzem as oportunidades de crescimento da produção local. Isso reflete o desafio que enfrentamos de continuar crescendo em competitividade e eficiência, diante de um cenário onde o campo de jogo está desnivelado pela concorrência desleal da China —afirmou Ezequiel Tavernelli, diretor executivo da Alacero.