A 136ª Feira Internacional da Pecuária, Agricultura e Indústria abriu as suas portas evocando as vítimas do ataque à Asociação Mutual Israelita Argentina (AMIA) e reforçando o seu compromisso com a produção.
A abertura da 136ª Feira Internacional da Pecuária, Agricultura e Indústria, aconteceu no dia 18 de julho (quinta-feira), e segue até o dia 28 de julho, das 9 às 20 horas, na propriedade de Palermo, Argentina.
O evento foi liderado pelo chefe do Governo da Cidade de Buenos Aires, Jorge Macri, pelo presidente da Sociedade Rural Argentina (SRA), Nicolás Pino, e pelo presidente da La Rural SA, Raúl Etchebehere. Também estiveram presentes o primeiro vice-presidente da SRA, Marcos Pereda, o presidente da Coninagro, Elbio Laucirica, e o secretário sindical da Federação Agrária Argentina, Andrea Sarnari; também ex-presidentes da SRA e outras autoridades.
Em primeiro lugar, Nicolás Pino disse que “devia ser feriado, mas declarou-se ‘de luto’ pelo 30º aniversário do ataque contra a Asociação Mutual Israelita Argentina (AMIA)” que qualificou de “brutal e cobarde” e apelou a que deixasse de estar na impunidade “porque essas coisas não podem mais acontecer nem na Argentina nem no mundo. —Um minuto de silêncio foi feito em memória das 85 pessoas que morreram no ataque.
—Esta Expo é um evento cultural da Cidade de Buenos Aires— destacou Pino em relação aos milhares de visitantes “que poderão ter o primeiro contato com a vida rural”, destacando o lema —O campo é muito mais que o campo”. —Nós somos os produtores, as pessoas, envolve o dia a dia de todos. Não é só produção, porque tudo o que fazemos está ligado ao campo— acrescentou.
—Não estamos alheios à situação que vive hoje a nossa Argentina. Nosso setor está passando por momentos difíceis com esses altos e baixos. Mas entendendo que temos um Governo que, ao resolver a macroeconomia, como diz o presidente, vai repercutir na microeconomia, e nesse repercussão o nosso sector poderá seguramente mostrar todo o seu potencial e toda a vontade de que, como produtores , queremos produzir mais e melhor porque temos a responsabilidade disso —afirmou o presidente da SRA.
Investimentos e configuração —Por sua vez, o presidente da La Rural SA, Raúl Etchebehere, destacou a continuidade de 136 anos e citou que “exceto alguma data patriótica ou religiosa, são poucos os eventos que se realizam ininterruptamente ano após ano, gestão após gestão”.
O dirigente destacou que La Rural SA e a SRA realizaram obras e investimentos, que se somam ao já conhecido parque solar que gera 30% da energia elétrica da propriedade. Entre as novidades citou o novo centro de convenções, cabeamento de fibra óptica, entre outros. Mencionou ainda o que a Expo Rural implica como fonte de trabalho, reunindo mais de dez mil pessoas temporariamente.
O investimento dos organizadores é de 3.500 milhões de pesos diretos e outros 15.000 milhões de pesos em estandes comerciais e industriais. —Segundo organismos internacionais, tudo isso gera um investimento de 25 bilhões de pesos na cidade de Buenos Aires —disse Etchebehere.
Campo na cidade — O chefe do Governo de Buenos Aires, Jorge Macri, também iniciou seu discurso lembrando o ataque à AMIA, —já se passaram 30 anos desde aquele ataque terrorista brutal e covarde, que ainda merece e precisa de verdade e justiça, e continuaremos para exigi-lo—.
Ao referir-se à sua presença na Expo Rural 2024, afirmou que “este é um momento de reconciliação, de unidade, que nunca foi quebrado no espírito individual, mas que durante muito tempo alguns tentaram estabelecer na Argentina uma falsa e inútil ruptura entre cidade e campo. “Somos iguais e nos alimentamos uns aos outros.”
Macri também destacou a importância que a tecnologia aplicada à agricultura teve nas pequenas cidades para recuperar a presença dos jovens no campo, —para a cidade de Buenos Aires este é um setor estratégico, assim como a tecnologia em geral, o da pesquisa, que de inovação, mas é particularmente verdade quando esta é combinada com a indústria agrícola e alimentar, porque tem a ver com agregar tecnologia e conhecimento a algo que é muito próprio, que é o nosso solo, as nossas mãos, a nossa cultura colocada ao serviço. serviço de trazer à tona o que há de melhor na natureza—.
Como informação adicional, o chefe do Governo comentou que quatro em cada dez empresas ligadas à tecnologia agrícola estão na Capital Federal, e acrescentou que “queremos que haja mais, porque como cidade queremos competir para alcançar, juntamente com as universidades, o Conicet, o INTA, um centro de pesquisa e formação de valor, para que o que a Argentina já tem floresça e seja ainda mais rico.”
Para encerrar, convidou a comunidade a visitar a Expo Rural 2024, porque “ninguém sai do mesmo jeito depois de visitar a exposição. —Quando você vê esta feira você entende o país de outro lugar—conclui. | www.exposicionrural.com.ar