Após 26 meses sem serem acionadas, as bandeiras tarifárias voltarão a ser aplicadas nas contas de luz dos brasileiros. Apesar de ter surpreendido muitas pessoas, essa notícia já era esperada por aqueles que acompanham diariamente o setor de energia. A principal dúvida não era se as bandeiras seriam aplicadas, mas sim quando.
Em julho, a bandeira acionada será a amarela, que trará um acréscimo de R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos. O acréscimo médio na conta de luz será entre 2% e 3% para todos os consumidores que não estão no mercado livre de energia.
Hoje, no mercado cativo, existem três valores adicionais de bandeiras que podem ser acrescidos na conta de energia, sinalizados através das cores amarela (acréscimo de até 3% na conta), vermelha patamar I (acréscimo de até 8% na conta) e vermelha patamar II (acréscimo de até 13% na conta).
Desde o final do ano passado, o Brasil enfrenta um dos piores períodos de seca de sua história. As chuvas, que tipicamente ocorrem de outubro a abril, não foram suficientes para encher nossos reservatórios, o que nos permitiria passar mais um ano gerando energia majoritariamente através das hidrelétricas, cujo custo de geração é extremamente baixo.
Com a recorrente falta de chuvas, a expectativa de precipitação até o final do ano é, aproximadamente, 50% inferior à média histórica. Além disso, as temperaturas registradas durante o inverno brasileiro têm sido bem maiores do que os valores esperados para essa época do ano, causando um aumento na demanda energética nacional.
As projeções para os próximos meses não são otimistas e o cenário de bandeira tarifária pode perdurar até o final do ano. É importante ressaltar que o intuito da bandeira tarifária é sinalizar de forma mais dinâmica para o consumidor que o custo de geração no país está mais alto, incentivando escolhas mais conscientes em relação aos hábitos de consumo para preservar mais energia em situações mais críticas.
O impacto no setor produtivo ou de serviços é significativo. Esse aumento eleva os custos de produtividade no curto prazo e contribui para a inflação no médio e longo prazo, prejudicando sistematicamente toda a população.
É importante destacar que o Brasil está em um processo importante de transição energética, buscando aumentar a geração de energia através de fontes renováveis para reduzir a dependência das custosas e poluentes usinas térmicas em períodos de escassez hídrica.
Outra medida significativa é a abertura do mercado livre de energia para todos os consumidores conectados em média ou alta tensão. Neste ambiente, os consumidores podem comprar energia de fontes renováveis a preços competitivos, sem a incidência das bandeiras tarifárias.
Empresas como a Voltera, por exemplo, têm ajudado cada vez mais companhias de todo o Brasil a reduzirem suas contas de energia, promovendo a portabilidade para o mercado livre de energia, proporcionando sustentabilidade e previsibilidade para suas operações, de maneira simples e segura.
• Por: Alan Henn, graduado em Engenharia Elétrica pela USP (Universidade de São Paulo). É CEO e fundador da Voltera Energia, companhia que conecta e democratiza o acesso de qualquer empresa do Brasil ao mercado livre de energia. A Voltera entrega energia limpa, com preço baixo e uma gestão integrada com inteligência e tecnologia. | https://voltera.com.br