barras-chocolate

06/07/2024

“Hoje eu posso”

Indulgências crescem no país e chocolate, apesar de mais caro, tem potencial para avançar no segmento premium. Item ainda tem um nível de premiunização menor quando comparado a alguns mercados de alto padrão como vinho, cerveja e café, diz Scanntech.

Dados da Scanntech, empresa líder no fornecimento de informações ao varejo alimentar, apontam que o segmento de chocolate tem um forte potencial para avançar para produtos premium. Atualmente, o vinho, por exemplo, tem 38% dos produtos nas gôndolas sendo de alto padrão, cervejas (27%) e café (19%). No entanto, o chocolate premium representa apenas 10% dos produtos ofertados, sinalizando uma janela de oportunidade para as marcas. Analisando os chocolates de low, medium e high price, a empresa aponta que itens com menor preço tiveram queda de participação nas vendas em 2024 e que os de preço médio ganham importância. E já que dia 07 de julho, é a data que celebra o nosso bom chocolate de cada dia, vamos entender como está a performance da indulgência no varejo.

Um dos produtos mais consumido no mundo — Quem não deixa de optar por um quadradinho para adoçar o dia, está com certeza acompanhando que a cotação do cacau atingiu sua máxima histórica em 2024 devido à queda de produção na região da África Ocidental. Em janeiro de 2024, o preço do cacau na bolsa de Nova York havia registrado um aumento de 83% quando comparado a janeiro de 2023. Esse aumento impulsionou o preço do chocolate, que registrou um aumento significativo em 2023, impactando fortemente as vendas. Mesmo com o aumento de preços, houve uma leve alta nas vendas em volume de +0,6% em 2023. Em 2024, as vendas em volume retraíram para -5,5%.

Comparado ao IPCA, os preços do chocolate continuaram a subir de forma expressiva. Em 2023, o IPCA geral foi de 4,62%, enquanto os alimentos para consumo doméstico tiveram uma deflação de -0,52%. Já na análise do ano até a data de 2024 em relação a 2023, o IPCA geral foi de 2,27%, com os alimentos para consumo doméstico registrando uma inflação de 5,1%.

Os chocolates de preço médio (entre 49 a 93 reais o quilo) representaram 63,6% das vendas em faturamento, seguidos pelos de baixo preço (abaixo de 49 reais o quilo) e pelos produtos premium, que alcançaram 17,8% (acima de 93 reais o quilo). O maior aumento de preços em 2024 foi observado em chocolates de baixo preço, com uma variação de +8%, seguido pelos de preço médio que tiveram uma variação de 6,3%. Os de alto preço, ainda com menor representatividade no varejo alimentar, tiveram um aumento de 1,6%.

Em média, o preço do chocolate nas gôndolas brasileiras cresceu 8,4%. No interior de São Paulo, por exemplo, o preço aumentou 10,0%. Na região metropolitana o aumento foi de 9,3% no preço Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro apresentaram um aumento de 9,8%. Outras regiões como o Sul, Nordeste, Centro-Oeste e Norte também seguiram essa tendência.

Scanntech — Usada por 90% dos top varejistas do canal alimentar e por mais de 300 das maiores indústrias, a Scanntech segue revolucionando o modo de se usar informações de mercado. A companhia desenvolveu uma plataforma de inteligência granular, ágil e acionável, que permite a identificação das maiores oportunidades, alavancando os resultados do varejo, da indústria e dos distribuidores e aproximando os parceiros comerciais. Ao todo, analisa dados de mais de R$763 bilhões do faturamento do varejo brasileiro por meio de uma base robusta e granular de mais de 40 mil PDVs automaticamente, sem manipulação humana, para oferta de insights.