O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou recentemente a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) de abril, trazendo bons números. Na comparação contra março, as vendas aumentaram 0,9%. Foi a quarta alta mensal sucessiva frente aos mêses anteriores: janeiro (2,1%); fevereiro (1,0%); março (0,3%).
Diante de abril do ano passado, a elevação do faturamento atingiu 2,2%. Pelo critério frente a igual mês de 2023, taxas mais robustas foram verificadas até o momento: janeiro (4,0%); fevereiro (8,1%); março (5,7%). No acumulado dos quatro primeiros meses em relação ao mesmo período do ano passado, as vendas do comércio varejistas cresceram 4,9%.
De acordo com Aldo Gonçalves, presidente do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro – CDLRio, e do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro – SindilojasRio, boa parte do desempenho das empresas do comércio pode ser explicado pela estabilidade inflacionária, pelo desafogo com dívidas em virtude dos programas de renegociação e pela movimentação no mercado de trabalho, devido ao aumento da renda. Esses fatores contribuíram para que os consumidores tivessem maior acesso aos bens para atender as necessidades.
Ainda segundo Aldo Gonçalves os números do varejo apresentaram-se positivos, gerando expectativas para que os dados de maio possam vir melhores, na medida em que existe sazonalidade no mês e o setor comercial como um todo vem crescendo as vendas em relação ao ano passado.
—Assim, cria-se atmosfera otimista para que o comércio possa atender a demanda de bens. Nesse aspecto, outra boa notícia foi o vigor do consumo das famílias mostrado pelo PIB do primeiro trimestre deste ano: 4,4% frente a igual trimestre de 2023; também alta de 3,2% na comparação de doze meses terminados em março de 2024 contra doze meses terminados em março de 2023 —conclui Aldo.
Os segmentos do varejo que venderam menos em abril foram tecidos, vestuário e calçados (-0,7%); e livros, jornais, revistas e papelarias (-0,4%). Subiram o faturamento das empresas de móveis e eletrodomésticos (2,45%), entre outros.