No Guarujá, no Porto de Santos. Infraestrutura, tecnologia de ponta e expertise da companhia permitem realização simultânea de manutenções programadas de PSV e rebocador, além da construção de embarcação.
Maior operador de logística portuária e marítima do mercado brasileiro, a Wilson Sons retomou, este mês, as docagens de embarcações de apoio offshore em seus estaleiros, no Guarujá (SP), localizados no Porto de Santos, o maior complexo portuário da América Latina. O PSV (Platform Supply Vessel) Zarapito, da Wilson Sons Ultratug Offshore (WSUT, joint venture com o grupo chileno Ultramar), passou por manutenção programada, realizada de forma simultânea com a docagem de um rebocador, operações que envolveram cerca de 300 profissionais.
A última docagem de um PSV nos estaleiros da companhia foi realizada em outubro do ano passado. No caso do Zarapito, construído em 2014 nos estaleiros da empresa, a docagem anterior fora executada em 2019. Entre os serviços de manutenção realizados no PSV, estão tratamento e pintura interna (tanques e compartimentos) e externa (casco); troca de anodos e tubulações; revisão de válvulas; reparo/troca de equipamentos; medições de espessuras e substituições de chapa de aço; e serviços elétricos.
O PSV da WSUT, que tem 89 metros de comprimento, 16 metros de largura e pesa 4.281 toneladas, dá apoio a plataformas de exploração e produção de petróleo e gás nas bacias de Santos e Campos. A embarcação transporta diferentes tipos de cargas e materiais, percorrendo até 300 quilômetros, entre as bases de apoio e as plataformas. Leva, por exemplo, suprimentos (para o pessoal a bordo), equipamentos (como bombas, motores, válvulas, equipamentos de perfuração, ferramentas e componentes elétricos e mecânicos), combustível, lubrificantes e materiais de construção e manutenção de estruturas.
Com o objetivo de garantir a excelência dos serviços e a eficiência operacional da embarcação, a Wilson Sons seguiu uma série de cuidados especiais na docagem do PSV, cumprindo todas as exigências técnicas e legais. Entre os procedimentos realizados, estão a inspeção pré-docagem, com a identificação de eventuais danos ou problemas a serem corrigidos, e a garantia de que a embarcação possui as certificações e toda a documentação exigidas pelas autoridades. Durante a manutenção, a empresa também adotou rigorosos procedimentos de segurança para prevenir acidentes e assegurar um ambiente de trabalho seguro para a equipe envolvida na operação.
—As docagens do PSV Zarapito e de um rebocador, simultaneamente, reforçam a capacidade do nosso time de atender diferentes tipos de embarcações e clientes, cumprindo prazos e adotando padrões de qualidade superiores. Sempre buscamos superar as expectativas dos clientes e, para isso, utilizamos toda a nossa infraestrutura, a expertise dos nossos profissionais e as melhores práticas de segurança, assegurando a eficiência operacional dos navios— afirmou o diretor-executivo da divisão de estaleiros da Wilson Sons, Adalberto Souza.
Nas docagens simultâneas, a companhia conta também com um diferencial: a estrutura da comporta intermediária, que facilita o acesso das embarcações ao dique. Assim, permite a entrada e saída, de forma controlada, mesmo quando o dique está parcialmente seco. Com o isolamento do dique, a operação ganha flexibilidade operacional, permitindo receber múltiplas embarcações simultaneamente.
Novas docagens no segundo semestre — Com estas duas docagens, este ano, de janeiro a junho, a Wilson Sons já realizou em seus estaleiros 12 manutenções programadas de embarcações, registrando um crescimento de 9,1% na comparação com o mesmo período de 2023. Na carteira da companhia estão previstas, até dezembro, mais 20 docagens, totalizando 32 navios.
Assim, a expectativa é de 2024 terminar com um avanço de 33% no total de serviços de docagens prestados, em relação ao ano passado.
Construção de rebocadores pioneiros — Além das duas docagens, a Wilson Sons está construindo, em seus estaleiros, o rebocador WS Onix, uma das seis novas embarcações com tecnologia mais sustentável, pioneiras no Brasil, com padrão IMO TIER III (da Organização Marítima Internacional). O novo projeto de casco possibilita a redução das emissões de gases de efeito estufa, com uma diminuição estimada de até 14% no consumo de combustíveis fósseis, contribuindo para a diminuição das emissões de gases poluentes e para a economia nos custos operacionais associados ao consumo de combustível.
Cinco desses rebocadores, que possuem mais de 90 toneladas de tração estática, já foram entregues, a partir de julho de 2022 (WS Centaurus, WS Orion, WS Rosalvo, WS Castor e WS Dorado, batizado em março passado). O WS Onix, por sua vez, será lançado ainda este ano.
Há mais de 80 anos, a Wilson Sons atua com seus estaleiros no Porto de Santos. Seus dois estaleiros, no Guarujá, totalizam 39.000 m2 e são especializados na construção, conversão, manutenção e reparo de embarcações. É a única empresa a possuir um dique seco, no complexo portuário de Santos, oferecendo soluções pioneiras e inovadoras nos serviços.
Sustentabilidade — Além da excelência técnica e operacional, a Wilson Sons reforça seu compromisso com a sustentabilidade ambiental em todas as suas operações. Durante as docagens recentes de embarcações, como o PSV Zarapito, a empresa seguiu rigorosos padrões para minimizar o impacto ambiental, incluindo o descarte correto de materiais e resíduos. Todos os procedimentos foram realizados de acordo com normas ambientais, garantindo a segurança e preservação dos ecossistemas marinhos próximos aos seus estaleiros no Porto de Santos. Além disso, a construção dos novos rebocadores, com tecnologia mais sustentável e redução significativa de emissões de gases de efeito estufa, demonstra o compromisso contínuo da Wilson Sons em contribuir para a melhoria da qualidade do ar nos portos onde opera, alinhando inovação tecnológica com responsabilidade ambiental.