A gestão da cadeia de fornecimento é um dos principais desafios para as empresas que querem se manter competitivas e eficientes no mercado atual. Com a crescente complexidade e dinamismo dos fornecedores, é preciso ter uma visão integrada e estratégica de todos os processos envolvidos, desde o planejamento até a entrega do produto ou serviço ao cliente final. Além disso, com cadeias de fornecimento cada vez mais extensas e globais, a gestão estratégica dessa área depende cada vez mais da tecnologia.
Neste contexto, os processos de BPM (Business Process Management) podem ser grandes aliados para as empresas que buscam otimizar e aprimorar a sua gestão de fornecimento. BPM é uma abordagem que visa modelar, analisar, executar, monitorar e melhorar continuamente os processos de negócio de uma organização, utilizando ferramentas e metodologias adequadas.
E um dos processos de BPM mais importantes na gestão da cadeia de fornecedores é o de homologação – que consiste em avaliar e qualificar para saber se os fornecedores podem atender às necessidades da empresa, garantindo a qualidade, a confiabilidade e o cumprimento das normas e dos requisitos legais. Esse processo envolve diversas etapas, como a definição dos critérios de seleção, a solicitação de documentação e de propostas, a análise técnica e financeira, a realização de auditorias e visitas técnicas, a negociação de contratos e a emissão de pareceres e certificados.
Neste sentido, o BPM auxilia na homologação de fornecedores ao automatizar e padronizar as atividades envolvidas, desde a solicitação de cadastro até a emissão do certificado de homologação. Com o uso de ferramentas de BPM, é possível criar formulários eletrônicos, workflows, alertas, relatórios e dashboards que facilitam o acompanhamento e a gestão do processo.
Assim, a empresa pode reduzir o tempo e os custos da homologação, aumentar a segurança e a transparência das informações, eliminar falhas e gargalos, e garantir que os fornecedores atendam aos requisitos exigidos. Além disso, o processo de BPM permite que a empresa monitore continuamente o desempenho dos fornecedores e realize avaliações periódicas para verificar se eles ainda estão aptos a fornecer os produtos ou serviços contratados.
Benefícios do BPM no processo de gestão da cadeia — Os processos de BPM podem trazer diversos benefícios para a gestão de fornecimento, tais como aumento da eficiência e da qualidade dos processos, reduzindo custos, desperdícios, erros e retrabalhos; melhoria da comunicação e da colaboração entre os diferentes elos da cadeia, facilitando o compartilhamento de informações e a tomada de decisões, e integração e padronização dos processos, eliminando redundâncias e inconsistências, e garantindo a conformidade com as normas e regulamentações.
Além disso, e com a tecnologia atual, o processo de BPM oferece mais flexibilidade e adaptabilidade aos processos, permitindo que a empresa responda mais rapidamente às mudanças e demandas do mercado, bem como dos clientes.
Outros exemplos de como o BPM pode dinamizar a cadeia de fornecedores — Existem diversas formas de aplicar os processos de BPM na gestão de fornecimento, dependendo do contexto e dos objetivos de cada empresa -e que vão além da homologação. No planejamento, por exemplo, os processos de BPM podem ajudar a definir e alinhar as estratégias, os objetivos, os indicadores e os recursos necessários para a gestão de fornecimento, bem como a identificar e avaliar os riscos e as oportunidades envolvidos.
Na produção, os processos de BPM podem contribuir para a gestão dos estoques, dos materiais, dos equipamentos e da mão de obra, bem como para o controle da qualidade, da produtividade e do tempo de entrega dos produtos ou serviços. Esses são apenas alguns exemplos que mostram a flexibilidade das ferramentas de BPM, e as inúmeras possibilidades das organizações para a gestão mais assertiva da cadeia de fornecimento.
Transformar a cadeia de suprimentos usando ferramentas de BPM não envolve apenas mudanças tecnológicas. Trata-se de melhorar a eficiência, aumentar a visibilidade, promover a melhoria contínua e, em última análise, impulsionar o crescimento da própria empresa.
. Por: Inon Neves, vice-presidente da Access.