Mas o o aumento da percepção de risco no Brasil e a deterioção do mercado nas últimas semanas foi um tópico recorrente nos bastidores do FII Priority Summit, que aconteceu de 11 a 13 no Rio de Janeiro (RJ).
Um palco destacava o potencial de investimentos no país, executivos na plateia expressavam preocupações sobre o pessimismo crescente nos mercados.
Banqueiros de investimentos que falaram à jornais econômicos sob anonimato vê o setor de negócios cada vez mais complicados. No setor de fusões e aquisições (M&As), muitas negociações estão estagnadas. Ofertas de ações, a possibilidade de lançamentos de IPOs ainda este ano se tornou mais improvável. — Tem muitos Memorandos de Entendimento (MoUs)assinados, mas nada avança— afirmou um deles.
— O que o investidor quer é previsibilidade, estabilidade e segurança. O que o Brasil oferece é o oposto— diz o CEO do Pinheiro Neto Advogados, Fernando Meira. — O escritório é o maior e mais tradicional escritório de advocacia de São Paulo, o Pinheiro Neto está no centro das grandes transações do Brasil corporativo, frequentemente assessorando multinacionais que investem no País.
Segundo ele, as conversas com mundo afora, é que o Brasil não está mais no radar. Apesar do grande potencial do país, se não houver um projeto nacional pactuado entre as elites política e empresarial.
O investidor quer previsibilidade, estabilidade e segurança, e o Brasil hoje tem zero segurança jurídica, com mudança nas regras o tempo todo.
Mas o fato é que conhecemos mais sobre os países árabes, os seus negócios, o que vislumbram mundo afora para investir, a disposição de empresários astutos, com muito feeling e estratégias, — mas que não abrem mão de regras adequadas, tais como boas regulações, apoio governamental, investidores estratégicos e recursos humanos qualificados.
É o que pensa Mohamed Alabbar, fundador e presidente da Emaar Properties, que faz parte do Conselho Administrativo do FII Institute, responsável pelo evento. Alabbar é fundador da Emaar, proprietária do Burj Khalifa, o maior prédio do mundo, e do Dubai Mall, o maior shopping.
Alabbar disse esperar que a cúpula estimule parcerias internacionais mais fortes, resultando em iniciativas tangíveis para promover o investimento de longo prazo e o crescimento econômico na América Latina.
Também Yasir Al-Rumayyan, o saudita que está à frente do Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita ( PIF), e presidente do conselho de administração da Petroleira Saudi Aramco, — executivo com foco além das commodities.
O Future Investment Initiative Institute (FII Institute), uma entidade sem fins lucrativos com recursos do Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita (PIF, na sigla em inglês), conta com US$ 925 bilhões para investimentos, além do apoio de empresas árabes, como a maior petroleira mundial, a Saudi Aramco, — foi o que colocaram em detalhes no palco do Copacaban Palace, em Copacabana, para oBrasil, país que tem grande necessidade de infraestrutura, saneamento básico, tecnologias, inovações, modernizações, expansões, digitalizações, pesquisas para diversos campos, energias renováveis, mineração, educação, esportes, Inteligência Artificial (IA) ‘Verde’, sustentabilidade, agricultura, entre outras àreas.