Com o projeto de eficiência hídrica. Concorrendo com profissionais de 78 aeroportos da rede internacional da Aena, grupo de brasileiros vence o Innova, reconhecimento concedido pela maior operadora aeroportuária no mundo. Inscrito na categoria Meio Ambiente, modelo integra tratamento de água e esgoto para otimizar o uso dos recursos hídricos, proporcionando uma redução de custos estimada em 15% . Outro benefício é o direcionamento da captação pluvial e da água tratada para irrigação, bombeiros e uso em banheiros, reduzindo o desperdício. Projeto piloto pode ser aplicado em outros aeroportos da rede.
Um grupo de colaboradores da Aena Brasil transformou os desafios do semiárido num prêmio de inovação concedido pela Espanha. Eles criaram o projeto Eficiência Hídrica no Aeroporto de Juazeiro do Norte, localizado no sertão do Cariri Cearense. A iniciativa, que prevê o reaproveitamento inteligente da água, ganhou o Prêmio Innova na categoria Meio Ambiente. O reconhecimento é concedido pela Aena a profissionais cujas ideias contribuam para a transformação dos aeroportos.
A cerimônia de premiação acontece na Espanha, no dia 24 de maio. Além dos brasileiros, outros quatro grupos foram premiados nas outras categorias: Transformação e experiência do cliente, Uso inteligente de recursos, Novos Negócios e Melhores práticas. Puderam concorrer trabalhadores de todos os 78 aeródromos da rede internacional da companhia, que é a maior operadora aeroportuária no Brasil e no mundo. Com a premiação, o projeto piloto pode ser expandido para outros aeroportos.
A equipe vencedora é composta por Maurício Martin de Moura, gerente de Qualidade e Meio Ambiente, autor do projeto junto com Raphael Maciel Monteiro, da equipe de Manutenção; Raúl Moya, diretor de Operações e TIC; Lúcio Flávio Fonseca, atualmente diretor do Aeroporto de Uberlândia, e Diógenes Barbosa Araújo, coordenador coorporativo de Meio Ambiente. A iniciativa teve ainda apoio de Tiago Vieira dos Santos, da Manutenção, e Cristina Iwasita, de Infraestrutura.
Criado numa área onde prevalecem longos períodos de estiagem e a escassez de água, o modelo proposto pelos brasileiros integra as estações de tratamento de água (ETA) e de esgoto (ETE), permitindo que cada gota do líquido seja aproveitada – desde a pluvial, captada por um sistema de calhas nos telhados, até o reuso total nas instalações do aeroporto. O tratamento do esgoto passa a ser feito dentro do aeroporto, sem precisar circular pela rede pública. A água tratada, antes destinada a um sumidouro natural das proximidades, é volta para irrigação, banheiros e caminhão de bombeiros, proporcionando uma redução de custos estimada em 15% do total dos gastos anuais.
O método proporciona economia circular, eficiência hídrica e melhor uso da estrutura do aeroporto. —O projeto piloto em Juazeiro do Norte nos trará conhecimentos e know-how para aplicar este mesmo sistema em outros aeroportos da rede— explica Maurício.