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25/05/2024

Petrobras assina contratos para adquirir as plataformas P-84 e P-85

O acodo de aquisição é com a Seatrium O&G Americas Limited, de Singapura. A construção dos FPSOs P-84 e P-85 terá início no primeiro trimestre de 2025 com entrega final prevista para 2029. As unidades entrarão em produção no pré-sal da Bacia de Santos, entre 2029 e 2030.

A Petrobras assinou no dia 24 de maio (sexta-feira), os contratos de aquisição dos navios-plataforma P-84 e P-85, com a Seatrium O&G Americas Limited. As duas unidades serão próprias e instaladas, respectivamente, nos campos de Atapu e Sépia, em águas ultraprofundas, no pré-sal da Bacia de Santos, com início de produção previsto entre 2029 e 2030.

As duas novas plataformas são do tipo FPSO (unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência) e serão instaladas em profundidade de água superior a dois mil metros. As plataformas P-84 (Atapu) e P-85 (Sépia) terão, cada uma, capacidade de produção diária de 225 mil barris de óleo por dia e processamento de dez milhões de metros cúbicos de gás por dia. As construções de P-84 e P-85 serão realizadas em estaleiros do Brasil, China e Singapura, e atingirão os percentuais de conteúdo local de 20% na P-84 e 25% na P-85.

Segundo nota da Seatrium O&G Americas Limited, os contratos é de proximadamente S$ 11 bilhões, e construção dos FPSOs P-84 e P-85 terá início no primeiro trimestre de 2025 com entrega final prevista para 2029.

— Estamos honrados em ser selecionados pela Petrobras por meio de um rigoroso processo de licitação para fornecer os navios FPSO P-84 e P-85, solidificando nossa posição como parceiro preferencial para projetos transformadores. Através do One Seatrium Delivery Model, estamos integrados globalmente para oferecer soluções econômicas e de valor agregado aos nossos estimados clientes. Aproveitando nossa experiência mundial em engenharia, compras e gerenciamento de projetos em estreita colaboração com nossos clientes, criaremos ativos de qualidade com os mais altos padrões de segurança e uma pegada de carbono mais baixa, moldando a indústria para um futuro mais verde— disse Chris Ong, CEO da Seatrium.

— Estamos entusiasmados em embarcar nesta jornada transformadora com a Petrobras, entregando soluções sustentáveis para a crescente infraestrutura de energia do Brasil e contribuindo com as comunidades locais no Brasil por meio da geração de empregos— conclui a Seatrium.

Atualmente, os campos de Atapu e Sépia contam com a produção de duas plataformas, sendo a P-70 no Campo de Atapu e o FPSO Carioca no campo de Sépia. P-84 e P-85 serão as segundas unidades em seus respectivos campos.

Os projetos da P-84 e P-85 têm a previsão de redução de 30% na intensidade de emissões de gases de efeito estufa por barril de óleo equivalente produzido, colocando-os entre os FPSOs mais eficientes a entrar em operação no Brasil. A redução se deve aos benefícios da configuração All Electric, de otimizações na planta de processamento para o aumento da eficiência energética e da incorporação de diversas tecnologias, tais como: zero ventilação de rotina (recuperação de gases ventilados dos tanques de carga e da planta de processamento), captação profunda de água do mar, uso de variadores de velocidade em bombas e compressores, cogeração (Waste Heat Recovery Unit), zero queima de rotina (recuperação de gases da tocha – flare fechado), válvulas com requisitos para baixas emissões fugitivas e a captura, uso e armazenamento geológico do CO2 do gás produzido.

A Petrobras detém na jazida compartilhada de Atapu 65,7% de participação, em parceria com Shell (16,7%), TotalEnergies (15%), Petrogal Brasil (1,7%) e União, representada pela PPSA (0,9%). Para a jazida compartilhada de Sépia, a Petrobras possui 55,3% de participação em parceria com TotalEnergies (16,9%), Petronas (12,7%), QatarEnergy (12,7%), Petrogal Brasil (2,4%). Nas duas jazidas, a Petrobras é a operadora e a PPSA atua como gestora do contrato de partilha.