Máquinas agrícolas recuam 11,6%.
O ano começou de forma positiva para o setor de máquinas rodoviárias. O primeiro quadrimestre fechou com volume de 10.834 unidades vendidas no atacado, uma elevação de 12,8% sobre os negócios fechados no primeiro terço do ano passado. As vendas no atacado refletem as primeiras duas fases do PAC e algumas licitações públicas realizadas no início do ano, além dos reflexos iniciais dos negócios fechados na feira M&T Expo, realizada no mês de abril em São Paulo.
O balanço do quadrimestre da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) também apurou as exportações de máquinas rodoviárias, que incluem tratores de esteira, retroescavadeiras, pás carregadeiras, escavadeiras hidráulicas, motoniveladoras, rolos compactadores, minicarregadeiras e manipuladores telescópicos. O volume de 4.359 unidades exportadas no quadrimestre foi 13,6% inferior ao do mesmo período do ano passado.
Já para máquinas agrícolas, os primeiros quatro meses do ano foram marcados por retração nas vendas internas e externas. As vendas no varejo foram de 14.615 unidades, e as exportações de 2.077 unidades, queda de 11,6% e 34,9%, respectivamente. Fatores com os preços das commodities, falta de financiamento e até questões climáticas têm contribuído para esse encolhimento pontual do mercado, sobretudo para as colheitadeiras, que têm valor agregado maior que os tratores de rodas.
Além dos números do quadrimestre, o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, falou da importância de impulsionar as vendas de máquinas agrícolas e rodoviárias no Brasil. — Os produtos apresentados nas recentes feiras Agrishow e M&T Expo possuem alto nível de tecnologia embarcada, que se revertem em aumento de produtividade para todos os tipos de clientes, dos mais familiares aos grandes grupos agrícolas e de construção. Daí a necessidade de mais recursos para as linhas já existentes de financiamento do BNDES—declarou.
Outro ponto tratado como urgente é recuperar os volumes das exportações, por meio de uma política consistente de incentivo, com maior inserção na cadeia global, mais acordos comerciais e redução de entraves, tornando nossos produtos mais competitivos. —Se de um lado as autoridades devem estar atentas a promover nossos produtos de alta tecnologia no exterior, por outro devem estar alertas a empresas que chegam ao país apenas para disputar licitações públicas, com baixo conteúdo nacional, sem garantias e sem rede assistencial estabelecida— concluiu Leite.