O Brasil, uma nação conhecida por sua rica diversidade natural e cultural, enfrenta desafios ambientais significativos, entre os quais se destaca o problema do descarte incorreto de lâmpadas. Esses dispositivos, essenciais para a iluminação moderna, muitas vezes, contêm substâncias potencialmente perigosas, como mercúrio e outros metais pesados, o que pode gerar impactos ambientais e para a saúde humana.
O mercúrio, por sua vez, presente nas lâmpadas fluorescentes, é uma substância altamente tóxica que pode se acumular nos seres vivos, provocando danos irreversíveis ao sistema nervoso e causando efeitos adversos à saúde humana. Além disso, o mercúrio exposto pode resultar em danos aos animais aquáticos, afetando toda a cadeia alimentar.
Para mitigar tais impactos, é importante promover o descarte correto das lâmpadas. Campanhas educativas são fundamentais para conscientizar a população sobre a importância de práticas responsáveis no manuseio desses resíduos. Para isso, é essencial contar com a participação ativa da população nos programas de logística reversa de lâmpadas, incentivando o uso dos pontos de entrega especializados da Reciclus, distribuídos pelo país, para realização do descarte ambientalmente correto.
Diante desses aspectos, é fundamental assimilar todos os impactos que o descarte incorreto pode ocasionar. Para isso, apresentamos alguns dos efeitos associados ao descarte inadequado de lâmpadas:
Contaminação ambiental: quando as lâmpadas são descartadas no lixo comum, há o risco de quebra, liberando substâncias tóxicas no ar, solo e na água. O mercúrio, por exemplo, pode contaminar ecossistemas aquáticos, afetando negativamente espécies do ambiente e também outros animais que fazem parte de cadeias alimentares;
Riscos à saúde humana: o mercúrio, presente em lâmpadas fluorescentes, é prejudicial à saúde humana. A exposição prolongada pode causar danos neurológicos, renais e respiratórios. O descarte incorreto aumenta a possibilidade de exposição, especialmente para trabalhadores que lidam com resíduos;
Perda de recursos: as lâmpadas possuem componentes como o vidro e metal, que em alguns estados do Brasil podem ser reaproveitados na fabricação de outros produtos, evitando a extração de novos recursos naturais e promovendo a economia circular.
Poluição do ar: durante o processo de queima em aterros sanitários, as lâmpadas podem liberar poluentes atmosféricos, contribuindo para a poluição do ar e a emissão de gases de efeito estufa;
Impactos no ecossistema: substâncias tóxicas provenientes das lâmpadas podem afetar a flora e fauna locais, causando desequilíbrios nos ecossistemas. Isso pode levar à diminuição de populações de seres vivos e à perda de biodiversidade.
Ao adotar práticas corretas de descarte de lâmpadas, não apenas evitamos danos ambientais e riscos à saúde, mas também contribuímos para a preservação de recursos e a construção de um futuro mais sustentável. A conscientização e as ações individuais são peças-chave para superar esse desafio ambiental, garantindo a preservação da riqueza natural do Brasil para as gerações atuais e futuras.
. Por: Natalia Fochi, Coordenadora de Sustentabilidade e Logística da Recilclus. Reciclus — Desde 2017, a Reciclus – Associação Brasileira para a Gestão da Logística Reversa de Produtos de Iluminação, desempenha o papel de entidade gestora da logística reversa de lâmpadas com mercúrio no Brasil. A organização operacionaliza a coleta segura, o transporte e a destinação adequada em parceria com recicladoras e transportadoras homologadas. Comprometida com a construção da Educação Ambiental, concentra esforços na produção e disseminação de conhecimento, especialmente para crianças e jovens. Desde o início de suas operações, foram coletadas mais de 37,4 milhões de lâmpadas fluorescentes nos mais de 3,8 mil pontos de coleta disponibilizados pela Reciclus. | https://reciclus.org.br, redes sociais, YouTube.