A empresa estatal boliviana de petróleo YPFB (Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos) adotou a agência global de relatórios de preços de energia e commodities Argus como base para a formação de preços de suprimentos importados de petróleo bruto e produtos petrolíferos.
A YPFB é responsável por todas as importações de combustíveis motorizados da Bolívia, que chegam a cerca de 40.000 b/dia. A Bolívia é altamente dependente de importações, que atendem cerca de dois terços da demanda local.
A YPFB emitirá licitações para comprar petróleo bruto, diesel, gasolina e nafta usando os preços da costa do Golfo dos EUA da Argus como referência contratual. A maioria das importações de petróleo para a Bolívia vem da costa do Golfo dos EUA, então a formação de preços com base nesta região reflete com precisão os fundamentos reais de oferta e demanda.
O presidente e CEO da Argus Media, Adrian Binks, disse: —Estamos encantados que a YPFB tenha escolhido confiar nos preços da Argus. Ao longo da última década, melhoramos muito a representação da Argus e a cobertura dos mercados na América do Sul, que são crescentes, dinâmicos e cada vez mais importantes em termos mundiais—
Em relação ao Brasil, a Bolívia exporta cerca de um terço de todo o gás usado no país, por meio do gasoduto TBG ou Gasbol, como é mais conhecido. O Gasoduto começa na localidade boliviana de Rio Grande, 40 quilômetros ao sul de Santa Cruz de la Sierra, um povoado com apenas 400 habitantes de origem indígena, e se estende por 557 km até Porto Suarez, na fronteira com o Brasil. Ao cruzar a fronteira, o Gasoduto entra em solo brasileiro por Corumbá (MS) e a atravessa cerca de cinco mil propriedades em 136 municípios distribuídos pelos estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.