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30/04/2024

Biomm inaugura fábrica de insulina no Brasil

Com investimentos de R$ 800 milhões, unidade em Nova Lima (MG) iniciará produção de insulina glargina e agregará outros medicamentos no futuro.

A Biomm inaugurou no dia 26 de abril (sexta-feira), a sua fábrica em Nova Lima (MG), que iniciará a produção da insulina glargina (Glargilin). Com investimentos de R$ 800 milhões, a unidade foi projetada para atender às mais altas normas de qualidade e terá capacidade para suprir a demanda nacional desta insulina. Favorecendo, assim, o acesso dos pacientes com diabetes ao tratamento. O Brasil é um dos países com a maior incidência de diabetes no mundo, com 15,7 milhões de pacientes adultos, segundo o Atlas da Federação Internacional de Diabetes (IDF).

A fábrica tem capacidade para produzir 20 milhões de unidades de carpules (refis) — e, em breve, de canetas — de insulina glargina por ano. Além disso, também tem capacidade para fabricar 20 milhões de frascos de outros biomedicamentos. Como, por exemplo, a insulina humana recombinante. Com 12 mil metros quadrados de área construída, deverá criar 300 empregos diretos e 1.200 indiretos, beneficiando seis mil pessoas. Hoje, a fábrica emprega 100 colaboradores.

Processo de produção — O processo de produção da fábrica de Nova Lima é meticulosamente controlado e monitorado em todas as etapas. Dessa forma é possível garantir a máxima qualidade e segurança do produto. Envolve ainda a formulação (na qual a matéria-prima é pesada e misturada de acordo com as especificações), filtração esterilizante e envase em frascos ou carpules. Sempre seguindo os padrões assépticos para garantir a esterilidade do produto. Por fim, o produto é inspecionado pelos controles de qualidade dos laboratórios microbiológico e fisioquímico. Ambos altamente qualificados, e embalados para serem destinados ao mercado.

O foco da Biomm, uma companhia 100% nacional, fundada em 2001, está na oferta de fármacos acessíveis para o tratamento de doenças crônicas no país. Os medicamentos biológicos são feitos de moléculas criadas com organismos vivos, diferentemente dos medicamentos químicos tradicionais, e apresentam eficácia e segurança comprovadas cientificamente.

—A Biomm sempre atuou no sentido de ampliar o acesso a biomedicamentos de alta qualidade, seguros e eficazes para diversas doenças crônicas. Com o início da produção de Glargilin, poderemos contribuir de forma ainda mais significativa para o tratamento da diabetes no país— afirma Heraldo Marchezini, CEO da companhia.

—O país tem uma demanda crescente de medicamentos que precisa ser atendida, no sentido de promover mais saúde e mais qualidade de vida à população, à medida que a longevidade aumenta. Portanto, seguimos firmes no propósito de fortalecermos o nosso portfólio de produtos, tendo em vista as demandas ainda não atendidas— complementa Walfrido Mares Guia, fundador e membro do conselho de administração da Biomm.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Biomm assinaram um Protocolo de Intenções sobre plataformas de produção de medicamentos para o tratamento de doenças metabólicas, em linha com o fortalecimento do  Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS) e a maior autonomia do Brasil na produção de medicamentos para o Sistema Único de Saúde (SUS).