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27/04/2024

Prevenção salva vidas: evitando doenças cardiovasculares

A doença cardiovascular é a principal causa de morte, hospitalizações e atendimentos ambulatoriais no Brasil e no mundo. A hipertensão arterial (HA) está associada em 45% das mortes por causas cardíacas. Importante ressaltar que a HA mata mais por lesões de outros órgãos que de maneira direta.

Apesar do diagnóstico ser realizado de maneira fácil, através de medidas de pressão durante a consulta médica, ainda é grande o número de pessoas que não sabem que são hipertensas, ou que mesmo sabendo, não conseguem controlar adequadamente a pressão arterial, especialmente por ser uma doença sem sintomas e por isso leva a uma baixa aderência medicamentosa.

A ausência de sintomas característicos é o motivo desta doença ser conhecida como “assassina silenciosa”. Os fatores de risco para desenvolver HA são obesidade, sedentarismo, excesso no consumo de sódio, abuso de álcool, baixa escolaridade, apneia obstrutiva do sono, entre outros.

Para prevenção da hipertensão, as medidas que podem ser adotadas e tem eficácia comprovada são: controle do peso, dieta saudável, baixa ingesta de sódio, aumento da ingesta de potássio, atividade física e redução no consumo de álcool. Pode-se perceber que uma modificação de um estilo de vida desregrado, para um estilo mais saudável, pode tanto ajudar a prevenir, quanto ajudar a controlar essa doença naqueles que já a desenvolveram.

Como já dizia Hipócrates, o pai da medicina, “Que seu remédio seja seu alimento, e que seu alimento seja seu remédio”.

As consequências de não controlar a pressão arterial são: infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca, acidente vascular encefálico, doença renal crônica, demência, disfunção erétil, entre outras.

É fundamental a avaliação e acompanhamento com cardiologista para que seja instituído de maneira precoce o tratamento necessário que pode variar desde uma modificação no estilo de vida, até a utilização de várias classes medicamentosas.

Somente desta maneira será possível reduzir o risco cardiovascular, melhorar a qualidade de vida do paciente e consequentemente as complicações de longo prazo dessa doença silenciosa, mas mortal.

. Por: Dr. Danilo Oliveira de Arruda Júnior,Especialista em cardiologia pela AMB/SBC. Especialista em Hemodinâmica e cardiologia Intervencionista pela AMB/SBHCI. Especialista em cirurgia Endovascular pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Presidente da SBC-MT e Diretor técnico da Sonicardio.