Edição de outono acontece de 26 a 28 de abril (sexta a domingo)
“Harmonias Cromáticas” é o nome da exposição de Toz Viana, um dos maiores nomes da arte urbana do Brasil, que será inaugurada na Galeria Movimento, no Rio de Janeiro, no próximo dia 26 de abril. A abertura da mostra — que irá apresentar uma série inédita de fine arts, produzidas a partir das obras que o artista exibiu no Museu de Arte Contemporânea/MAC, além de esculturas seriadas do “Vendedor de Alegria” —, está inserida na programação da segunda edição do Pegadas da Gávea, circuito inovador de arte, sustentabilidade, economia criativa e bem-estar, que acontece de 26 a 28 de abril, em cinco ruas de um dos mais nobre bairros da zona sul do Rio.
A participação efetiva da Galeria Movimento, assim como da Danielian Galeria, no circuito do Pegadas da Gávea é comemorada pela idealizadora da iniciativa, Luiza Ernica Lontra: — Nosso objetivo é agregar todos os setores do Baixo Gávea no circuito e proporcionar, aos moradores e visitantes, uma celebração dos diversos segmentos que compõem o universo do bairro. E as galerias de arte são um dos pilares mais representativos — afirma.
Nascido em novembro passado, quando recebeu oito mil visitantes, o circuito Pegadas da Gávea promete boas surpresas na sua edição de outono. Ainda no primeiro dia do evento, sexta, 26, o público terá a oportunidade de presenciar ao vivo o trabalho de Billi Gebara, também um dos mais prestigiados nomes da arte urbana do Rio de Janeiro. Em 2018, Billi levou do “Arte Rua” para a Gávea (Praça Santos Dumont) uma de suas esculturas mais famosas, da série Cubotopia, que virou ícone do bairro. Agora, o artista adianta que fará uma “atualização” na peça. Vale conferir!
Outra importante programação do circuito será a exibição de uma releitura do quadro Abaporu, de Tarsila do Amaral, realizada pelos alunos do Colégio Municipal Manoel Cícero. A proposta de aproximar as crianças da escola ao universo da arte foi uma iniciativa dos organizadores do Pegadas durante a primeira edição, em novembro. Missão dada, missão cumprida. A obra de arte produzida pelos alunos — “Pegadas do Abaporu” — estará em exibição na Rua dos Oitis, 46. A ideia é exibi-la também em outros locais, para que se torne conhecida e, futuramente, possa ser leiloada, com o valor revertido em doação para a escola. No mesmo endereço será exibida obra – Azul (2003, óleo sobre tela, 1,25 x 1,00m) da pintora Myrian Freeman, de 94 anos, moradora do bairro e que será homenageada pelos organizadores do circuito.
Música e Planetário na Praça — Jovens instrumentistas da Escola de Música da Rocinha farão duas apresentações gratuitas na Praça Santos Dumont – às 16 horas de sábado, dia 27, e às 15 horas de domingo, dia 28. A Praça, além de abrigar diversas marcas e ONGs parceiras do Pegadas, vai se tornar uma “filial” do Planetário da Gávea, que vai se instalar na praça no sábado; além de levar instrumentos de precisão, que tornarão possível a observação do céu, a filial do Planetário vai oferecer, às crianças e jovens, oficinas que ensinam a fazer relógios de sol.
O Pegadas da Gávea é uma iniciativa que trabalha em sintonia com práticas ESG (ambientais, sociais e de governança corporativa), para preservar o espaço público e integrar a comunidade. O objetivo é oferecer uma experiência cultural única, que celebre a criatividade e a inovação em diversas áreas. Os visitantes poderão participar de uma jornada imersiva, que inclui visitas às marcas e ONGs participantes, além de workshops, miniaulas, música ao vivo, arte e cultura.
— O Pegadas é um ritual coletivo de troca de experiências. Na verdade, é muito mais do que a oportunidade de passear pelo bairro e aproveitar tudo que ele oferece: arte, bem-estar, moda e estilo, decoração e gastronomia. O circuito é bem mais do que um showroom da economia criativa da Gávea; ele traz, no seu DNA, a proposição de uma maior convivência com a vizinhança, de respeitar e admirar talentos, habilidades, causas e afetos do bairro — explica Luiza.
A proposta agregadora de Luiza Ernica Lontra vem dando frutos. Um dos exemplos mais interessantes é o da gestora cultural de inovação Liliana Magalhães, CEO da SOMOS Cultura, Educação e Comunicação. Liliana voltou a morar na Gávea e conta que foi imediatamente capturada pela primeira edição do evento, em novembro último.
— O que era para ser uma caminhada costumeira nos arredores da Praça Santos Dumont, num sábado qualquer, aos poucos se tornou numa aventura especial e instigante. Segui umas pegadas divertidas, impressas no chão das ruas — e descobri toda uma produção de segmentos criativos, instalados em um “baixo Gávea” de ruas arborizadas, com um clima displicentemente bucólico e perfeito para a caminhada. Aprendi, conheci muitas coisas e muita gente, inclusive a turma que estava por trás da iniciativa. Brilho nos olhos, alegria e foco em causas sociais, ambientais e culturais marcaram a empreendedora, os colaboradores e os participantes do agito — revela Liliana, que hoje é uma das colaboradoras da iniciativa.
A dinâmica do Pegadas —Cinco trilhas compõem o Pegadas: Arte, Vestir, Decorar, Bem-Estar e Gastronomia. Em cada uma delas, jovens estudantes universitários serão os guias do circuito — e vão orientar os visitantes, para que possam desfrutar de toda a programação, que inclui também atividades que serão realizadas nos espaços das marcas e ONGs participantes — e que vão de música ao vivo a workshops.
O ponto de partida é a Praça Santos Dumont, onde as pessoas receberão um mapa e uma cartela (de Papel Semente) com indicações das marcas parceiras. A cada visita a um dos espaços indicados, o portador da cartela ganhará um carimbo. Quanto mais carimbos obtiver, maiores serão as chances de participar de sorteios, entre os quais um fim-de-semana, com acompanhante, no Hotel Búzios Espiritualidade.
Curadoria —Luiza Ernica Lontra, CEO do circuito, é uma jovem empresária que trabalha com o propósito de conectar pessoas ao universo empreendedor, provocando trocas significativas como as que realizou quando atuou no grupo SOMA, onde conheceu Natália Seabra, hoje sua sócia. Juntas, criaram a Blummea, uma marca de moda sustentável, que valoriza matérias-primas de origem não animal.