Os impactos positivos das diversas práticas esportivas são inegáveis, especialmente quando se considera o contexto das instituições educacionais. Segundo uma pesquisa conduzida pelo Itaú Social, em parceria com a Universidade de Cambridge, a inclusão adequada de atividades esportivas no currículo escolar desempenha um papel crucial no desenvolvimento integral de crianças e jovens. Este aspecto pode ser ainda mais intensificado com a introdução de novos esportes nas escolas, oferecendo uma oportunidade adicional para diversificar as opções esportivas nesses ambientes.
Com a proximidade dos Jogos Olímpicos, que terão início no final do mês de julho, múltiplas práticas esportivas com pouca visibilidade no Brasil ganham destaque, proporcionando uma oportunidade valiosa para que colégios diversifiquem suas abordagens educacionais, incentivando crianças e jovens a se envolverem cada vez mais nesse amplo universo esportivo.
Os benefícios dos esportes nas instituições —Antes de tudo, é importante destacar que os benefícios das atividades esportivas são inúmeros. Além de fortalecer o desenvolvimento físico, contribuindo para a saúde cardiovascular, muscular e óssea, as práticas esportivas também melhoram a coordenação motora e promovem o bem-estar geral, estimulando habilidades socioemocionais como trabalho em equipe e resolução de conflitos, promovendo um senso de pertencimento e colaboração entre os jovens.
Neste sentido, durante as aulas de Educação Física, é possível fortalecer essas relações ao criar um ambiente cooperativo, tanto para atividades em grupo quanto individuais. Isso se dá ao promover a inclusão de todos os estudantes independentemente de suas habilidades, e ao fomentar a comunicação e o apoio mútuo entre eles, oferecendo novas oportunidades para a prática esportiva.
Por que incluir novos esportes nos colégios? Dar espaço a novas práticas esportivas abre margem a diversos benefícios tangíveis. A exposição a diferentes experiências motoras durante a realização de atividades esportivas estimula diversas áreas do cérebro, desenvolvendo habilidades físicas e cognitivas. A resolução de problemas, o tempo de reação e a busca por soluções criativas durante estas práticas desencadeiam processos cognitivos complexos, preparando os estudantes para enfrentar desafios intelectuais com mais eficiência e confiança.
Priorizar apenas esportes tradicionais, como handebol, vôlei, basquete e futsal, ainda faz com que muitos estudantes não se sintam confortáveis com jogos coletivos, o que pode ser acarretado por questões psicológicas ou de convivência. Portanto, os esportes individuais oferecem uma alternativa segura para aprender e desenvolver habilidades específicas, permitindo que os jovens encontrem uma atividade que se adapte melhor aos seus interesses, aptidões e preferências, aumentando a chances de se engajarem em atividades físicas de forma regular e significativa.
A novidade e a oportunidade de explorar territórios desconhecidos também podem servir como uma fonte poderosa de motivação, estimulando os estudantes a se aventurarem em novas práticas físicas. Essas situações desafiadoras não apenas incentivam o crescimento pessoal e a superação de limites individuais, mas também contribuem para o desenvolvimento de uma mentalidade resiliente e adaptável.
Para impulsionar a implementação de novas práticas esportivas nas escolas, no entanto, é fundamental investir em capacitação de professores. Uma importante ação a esse trabalho passa também por promover a oferta de atividades extracurriculares relacionadas a essas práticas, organizando eventos inclusivos ao longo do ano letivo, o que pode ser uma estratégia eficaz para ampliar o leque de opções esportivas disponíveis para os estudantes.
Em resumo, é essencial que cada instituição promova a diversidade esportiva e incentive o desenvolvimento integral dos estudantes por meio de uma variedade de novos esportes. Com esse estímulo, é possível proporcionar uma experiência enriquecedora e significativa, contribuindo para uma trajetória de aprendizagem mais eficaz e saudável, não apenas do ponto de vista físico, mas também socioemocional.
. Por: Kelly Soares Rosa, Coordenadora de Educação Física da unidade do Rio de Janeiro da Rede de Colégios Santa Marcelina, instituição que alia tradição à uma proposta educacional sociointeracionista e alinhada às principais tendências do mercado de educação.