E oferece solução completa de descarbonização viável para o agronegócio brasileiro. Novos acordos levam energia limpa, combustível renovável e fertilizante organomineral para produtores de diferentes regiões do País.
A Tupy, multinacional brasileira de 85 anos, anuncia dois novos contratos de economia circular firmados com grandes produtores agropecuários para prover eletricidade limpa, combustível renovável e fertilizante organomineral, a partir dos dejetos e resíduos gerados nas propriedades. A solução, chamada de Bioplanta, carrega a força da marca MWM, adquirida pela Tupy no final de 2022.
Com isso, a companhia amplia sua atuação no agronegócio brasileiro, setor que representa cerca de 25% do PIB do País. A MWM tem um vínculo forte e de longa data com o produtor rural, como fornecedora nacional de motores para tratores e máquinas agrícolas, motobombas, grupos geradores, peças de reposição, entre outras soluções.
A Empresa possui hoje o maior centro de desenvolvimento de motores e geradores movidos a biocombustíveis da América Latina. Desde 2021, a Companhia tem operado Bioplantas e, para isso, conta com um time de profissionais dedicados a agronomia, biotecnologia, nutrição de solo e zootecnia, além de diversas parcerias técnicas com empresas, universidades e instituto de pesquisa, como Embrapa e Unesp.
No aspecto da sustentabilidade, as emissões evitadas com os três projetos de bioplantas totalizam cerca de 63 mil t/CO2 ao ano, equivalente a mais de 500 mil árvores, com reflexo direto no inventário de emissões das empresas parceiras, em seus escopos 1 e 2, e de seus clientes, no escopo 3, além da geração de empregos qualificados.
—O Brasil é líder global na exportação de proteínas de origem animal e vegetal e, como os demais países, tem uma demanda crescente por iniciativas que enderecem a descarbonização, de forma economicamente viável. Hoje, nós temos a capacidade de oferecer uma solução completa com a geração de energia limpa, combustível renovável e fertilizante organomineral. Mais que dar destino aos dejetos e resíduos gerados nas propriedades, a Bioplanta entrega redução de custos, torna o negócio mais sustentável, com a redução da pegada de carbono e de outros impactos ambientais e, com isso, pode gerar novas oportunidades aos produtores, principalmente, no mercado externo— explica Fernando Cestari de Rizzo, CEO da Tupy.
A MWM já opera o manejo de resíduos para a geração de biogás e bioeletricidade em outras propriedades agrícolas. —A cada interação com os produtores, fomos descobrindo novas oportunidades de negócios em que nossa tecnologia seria um diferencial e o que ainda precisávamos aprender e desenvolver para conseguir oferecer uma solução completa —conta José Eduardo Luzzi, CEO da MWM.
Ampliação do contrato com a Primato — Com o entendimento mútuo das oportunidades, as empresas — Tupy, MWM e Primato — acabam de assinar a segunda fase do projeto, sediado no oeste paranaense. Com esta expansão, a iniciativa passa a atender 27 cooperados, incluindo a granja da própria Primato, compreendendo um plantel de 65 mil suínos.
Considerando as duas fases do projeto, caso o biometano gerado seja utilizado como combustível, o volume corresponde ao consumo de diesel diário de 33 caminhões. Ele também serve à geração de eletricidade, por meio de grupos geradores, que seria equivalente a 760 MWh/ mês.
Adicionalmente, serão produzidas mais de dez mil toneladas de fertilizante organomineral por ano, com formulação adequada às culturas da região, benefício que também será revertido à cadeia de proteína animal, devido à soja e ao milho a serem utilizados em fábricas de ração.
De acordo com o diretor da MWM responsável pelas Bioplantas, Cristian Malevic, a suinocultura apresenta alto potencial de escalabilidade e agregação de novos projetos. —O rebanho brasileiro estático é de cerca de 23 milhões de animais. De acordo com as projeções do Ministério da Agricultura e Pecuária, a expectativa de crescimento é de cerca de 23% até 2033— explica Cristian.
Bioplanta em Minas Gerais tem foco na geração de energia e fertilizante —Localizada em Divinópolis (MG), a Granja Rancho da Lua conta com 500 mil aves de postura. A parceria contempla o uso de resíduos da avicultura para geração de energia elétrica para a propriedade. O acordo abrange ainda a comercialização de fertilizante organomineral, decorrente deste processo, para terceiros.—“Nesta propriedade, a capacidade aproximada é de 25 mil toneladas de fertilizante organomineral por ano—comenta Cristian Malevic.
Como funciona uma Bioplanta: mas, afinal, como são gerados a energia limpa, combustível renovável e o fertilizante organomineral? Confira neste vídeo uma breve explicação sobre essa solução que tem como base a economia circular.