Temos falado frequentemente em como as `martechs´ (empresas que fornecem soluções tecnológicas para marketing) estão revolucionando a forma das companhias se conectarem com seus clientes. Mas como funciona o uso destas tecnologias quando são destinadas ao atendimento do setor público, como otimizar a comunicação, aumentar a eficiência e melhorar a prestação de serviços à população?
Entre as tendências estão a automação de tarefas repetitivas, como e-mail marketing e gerenciamento de mídias sociais; ou a inteligência artificial usada para analisar dados e personalizar a experiência do cliente, segmentar campanhas e oferecer conteúdo relevante; além da realidade virtual e aumentada, que podem ser usadas para criar experiências imersivas e interativas, a exemplo de visitas virtuais a museus ou demonstrações de produtos.
As `martechs´ podem ser grandes aliadas para levar eficiência ao setor público, investindo e usando de forma estratégica, os governos podem melhorar a comunicação com o cidadão, aumentar a eficiência da administração pública e melhorar a prestação de serviços à população. A tecnologia no marketing governamental pode ter um impacto significativo ajudando a:
Melhorar a comunicação com o cidadão: enviar mensagens personalizadas aos cidadãos, de acordo com seus interesses e necessidades;
Aumentar a eficiência da administração pública: automatizar tarefas repetitivas, liberando tempo para que os servidores públicos se concentrem em atividades mais estratégicas;
Melhorar a prestação de serviços à população: oferecer serviços online mais convenientes e acessíveis aos cidadãos;
Melhorar a transparência da gestão pública: tornar a gestão pública mais transparente e acessível aos cidadãos;
Análise Preditiva: a análise avançada de dados e a IA possibilitam a antecipação das necessidades da população, para otimizar ações em tempo real;
Combater a fraude e a corrupção: detectar e prevenir fraudes e atos de corrupção.
Exemplos de tecnologias para o marketing no setor público: Plataformas de CRM: usadas para gerenciar o relacionamento com os cidadãos, armazenar seus dados e oferecer um atendimento personalizado;
Ferramentas de e-mail marketing: enviar comunicados e informativos aos cidadãos, de acordo com seus interesses e necessidades;
Plataformas de mídias sociais: interagir com os cidadãos, responder suas dúvidas e fornecer informações sobre serviços públicos;
Chatbots: a adoção de assistentes virtuais está crescendo como forma de fornecer informações e suporte aos cidadãos 24 horas por dia, 7 dias por semana.
Blockchain para Segurança e Transparência: aumentar a segurança e a transparência em várias áreas do governo, incluindo votação eletrônica, registros de saúde e contratos inteligentes;
Realidade Aumentada para Educação e Treinamento: agências governamentais estão começando a usar tecnologias de realidade aumentada para fornecer experiências educacionais imersivas e treinamento prático em áreas como segurança pública e saúde.
O setor público também desempenha um papel crucial no ecossistema das `martechs´, influenciando regulamentações e políticas que afetam a coleta e o uso de dados, a concorrência no mercado e a proteção dos consumidores. Governos e agências reguladoras devem buscar um equilíbrio entre a promoção da inovação e o estabelecimento de salvaguardas para garantir a segurança e a privacidade dos cidadãos.
. Por: Túlio Mêne, economista, publicitário e especialista em comunicação governamental e investidor-anjo. CEO e co-fundador do M&P Group em 2006 – atualmente a empresa é um dos maiores grupos de comunicação do Brasil. Túlio se considera um aficionado por inovação e investe em negócios escaláveis como investidor-anjo, além de ser co-fundador do fundo Captall Ventures. | M&P Group — O M&P Group é uma das principais holdings de mídia e inovação do país. Criado há 17 anos, a partir da agência de publicidade Mene & Portella, o conglomerado possui mais de dez empresas especializadas no mercado de criação, produção, distribuição e proteção de conteúdo; gerenciamento de carreiras de influenciadores e creators. Formado por Mene Portella Comunicação, Bossa Invest, Non Stop, eMotion, One Big Media, Trakto, Oinc Filmes, Showkase, OnMovie, 4Equity – Media Ventures e nScreen, o grupo faturou R$ 300 milhões em 2023. Em 2022, fechou com o faturamento de R$ 250 milhões e R$ 100 milhões do ano anterior. A companhia possui também uma vertical de inovação, por meio da CaptAll Ventures, com sede em São Paulo, com o objetivo de investir em startups que tem como foco a economia criativa, como martechs, adtechs e mediatechs.