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27/03/2024

Rumo assina acordo com o Grupo DP World

Para construção de novo termnal de grãos e fertilizantes no Porto de Santos. Projeto em avaliação prevê instalação de dois terminais portuários para ampliar em 11 milhões de toneladas a movimentação de grãos e fertilizantes no maior complexo portuário da América Latina.

A Rumo, maior concessionária de ferrovias do País, e a DP World Brazil BV, subsidiária do Grupo DP World, líder mundial em logística na cadeia de suprimentos, assinaram um memorando de entendimento (MoU) para estudar a instalação de um novo complexo para exportação de grãos e importação de fertilizantes na margem esquerda do Porto de Santos.

A nova estrutura deve ser erguida em área pertencente à DP World Santos, ampliando em 11 milhões de toneladas a movimentação dessas cargas no maior complexo portuário da América Latina. De acordo com os estudos preliminares, a construção pode começar já em 2022, com as operações tendo início entre 2023 e 2024.

O projeto em análise deve utilizar predominantemente o modal ferroviário para recepção e expedição de cargas e tem capacidade de movimentação de oito milhões de toneladas de grãos para exportação e três milhões de toneladas de fertilizantes em importação.

—Desenhado dentro dos melhores padrões de engenharia, o projeto resultará no maior e mais eficiente terminal de grãos e fertilizantes da região —afirma Pedro Palma, vice-presidente comercial da Rumo. —A ideia é que seja uma peça importante na consolidação do corredor ferroviário até o Porto de Santos como o mais relevante para o agronegócio nacional—.

Ainda de acordo com os estudos preliminares, a nova infraestrutura contará com um ramal de acesso ferroviário totalmente independente daquele utilizado hoje nas operações do terminal portuário.

Construído do zero, esse ramal dará acesso às novas instalações de armazenagem por meio de uma pera ferroviária com capacidade para receber trens de 2.235 metros de comprimento (aproximadamente 120 vagões).

Os silos de grãos e o armazém de fertilizantes terão, respectivamente, capacidade estática de 200 mil toneladas e 120 mil toneladas. As operações marítimas ocorrerão por meio de novos berços de atracação. Toda a movimentação de cargas entre berços, silos, armazém e moegas será realizada por meio de correias transportadoras.

Expansão ferroviária —O plano de negócios da Rumo prevê investimentos expressivos para ampliar de forma relevante a capacidade de transporte ferroviário no País. Nele, está incluída a criação de novas capacidades portuárias, importante elo da cadeia logística, especialmente para o agronegócio brasileiro.

A empresa está concluindo as obras da Malha Central (tramos central e sul da Ferrovia Norte-Sul), que deve entrar em operação no primeiro semestre do ano que vem. Como ocorre hoje com a Malha Norte e o agronegócio de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, a Central se conectará à Malha Paulista para viabilizar o escoamento da produção agrícola de Goiás, Tocantins e Minas Gerais até o Porto de Santos.

Em paralelo, a companhia segue com os investimentos atrelados à renovação antecipada da concessão da Paulista, cuja capacidade passará das atuais 35 milhões de toneladas por ano para 75 milhões de toneladas por ano até 2026.

Tal aumento é imprescindível para o que se projeta em termos de exportação de grãos originários dos vários estados que se conectam a essa malha: 68,8 milhões de toneladas em Mato Grosso e 20,4 milhões de toneladas em Goiás, por exemplo, de acordo com dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

No Porto de Santos, a expansão do modal ferroviário está presente no Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ). Inclusive, levantamentos técnicos apontam a necessidade de um incremento em sua capacidade ferroviária de 91%.

Rumo — A Rumo é a maior operadora de ferrovias do Brasil e oferece serviços logísticos de transporte ferroviário, elevação portuária e armazenagem. A companhia opera 12 terminais de transbordo, seis terminais portuários e administra cerca de 14 mil quilômetros de ferrovias nos estados de Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, Goiás e Tocantins. A base de ativos é formada por 1.200 locomotivas e 33 mil vagões.