O dique flutuante ‘Atlas’ já se encontra na B-Port, unidade do grupo norte-americano Edison Chouest Offshore no Complexo Portuário e Industrial do Açu, em São João da Barra, no Rio de Janeiro. A nova estrutura da Chouest para docagens foi construída no estaleiro do grupo, Navship, em Santa Catarina. A embarcação tem mais de 127 metros de comprimento, 49 metros de largura e 17 metros de altura. O transporte da embarcação, iniciado no dia 04 março (segunda-feira), foi dividido em três fases, e planejamento por dois anos.
A transferência — A Fase 1 da transferência do dique flutuante ‘Atlas’ do estaleiro Navship para sua filial no B-Port, parte do complexo portuário do Açu em São João da Barra/RJ, no dia 04 de março (segunda-feira). Dividida em três fases, a primeira etapa envolveu o reboque do dique pelo rio Itajaí Açu até o Porto de Itajaí, demandando dois anos de planejamento e duas horas de manobra. A Fase 2 consistiu no reboque do Porto de Itajaí até a entrada do Porto do Açu. A Fase 3,envolveu a entrada e atracação no estaleiro Navship no B-Port, sujeita a condições meteorológicas favoráveis.
Desafios — A manobra do dique foi desafiadora devido ao seu tamanho e à largura do rio. Durante o reboque, restrições de navegação foram estabelecidas, com apoio da Marinha do Brasil, Praticagem, Autoridade Portuária, equipe de rebocadores, AWS, Sindipi e terminais portuários locais, que colaboraram com a movimentação das embarcações e paralização de suas atividades para garantir uma manobra segura.
Para o estudo de viabilidade da manobra foram realizadas diversas simulações para garantir a segurança e ter previsibilidade na manobra. Durante toda a manobra o time da praticagem teve apoio da empresa Navigandi que instalaram PPU’s (Portable Production Units), equipamentos inovadores de alta tecnologia e precisão desenvolvida aqui no Brasil, para transmitir em tempo real a posição do dique e dos rebocadores em relação ao canal navegável do rio Itajaí-Açu o que trouxe muita segurança para a manobra. Esta foi a primeira manobra a utilizar este tipo de equipamento no mundo.
O dique é uma estrutura utilizada para emergir navios acima do nível da água, viabilizando serviços de docagem e reparos em embarcações de grande porte.
O dique teve seu projeto financiado pelo Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante (CDFMM), cujos investimentos somaram cerca de R$ 5,8 milhões.
Em São João da Barra/RJ, um time de mais de 200 funcionários aguardavam a chegada do ‘Atlas’ para o início das operações.