Início de ano é sinônimo de planejamento para o novo período que está começando. Quando se trata do universo corporativo e dos investimentos em tecnologia, essa preocupação é ainda maior, já que um orçamento mal planejado pode incorrer em precariedade de digitalização e até vulnerabilidades de segurança.
Nesse sentido, toda empresa que estrutura seus investimentos em novas tecnologias ou estratégias digitais toma como alicerce o potencial de gasto dimensionado para os próximos anos, o que inclui contratos de ação vigentes, como licenciamento de software, cujos custos são dispendiosos. Por isso, nessa fase de planejamento, é fundamental compreender se esses gastos estão dentro do que é adequado, além de traçar um roadmap de projetos para os próximos anos, a fim de alcançar um controle de custos mais assertivo.
Para tanto, o nível de maturidade digital e os tipos de processo de cada empresa influenciam bastante na jornada. Algumas, já dimensionam questões de planejamento estratégico para os próximos três ou cinco anos, enquanto outras só o fazem para o ano seguinte. Mas, quando se trata de gerenciamento de custos e planejamento estratégico para a nuvem, essa é uma questão urgente para qualquer organização nos dias atuais.
Maturidade digital —Uma coisa é fato: somente contratar pessoas ou softwares de controle não resolve as questões de maturidade digital das organizações. A solução é desenvolver um planejamento pautado em três pilares: pessoas, processos e tecnologia. E, para avançar nesse cenário, é cada vez mais essencial aliar as políticas internas a um novo momento do mercado.
De acordo com um estudo realizado pela consultoria McKinsey & Company em 2022, a média de maturidade digital das empresas brasileiras é de 39 pontos, em uma escala de 0 a 100. Isso significa que as companhias nacionais estão em um nível intermediário de maturidade digital, ainda com um grande potencial de crescimento.
Por este motivo, para contar com um planejamento assertivo que aproveitará todo o poder da tecnologia nos negócios, é preciso tratar de processos, iniciando com uma fase de diagnóstico. Nela é possível avaliar os gargalos internos, checar os pontos de melhorias mais imediatos e qual o impacto deles na organização. Incorporando essas transformações na empresa, aliadas às melhores práticas do mercado, é possível controlar os custos com tecnologia.
Já em relação às pessoas, o diagnóstico inicial suporta a compreensão se os colaboradores estão adequados aos novos processos ou se precisam de algum tipo de especialização. É sobre alocar as pessoas no lugar certo. Enquanto na parte de tecnologia, facilitar o entendimento sobre o tipo de tecnologia que a empresa está preparada para receber, uma vez que não adianta implementar a melhor ferramenta do mercado se não será possível usar todo o potencial de seus recursos.
Estes três pilares podem trazer uma visão mais assertiva para tomadas de decisão e adoção de novas tecnologias, traçando um plano mais adequado sobre o que o usuário final da organização está consumindo em software e ativos, afim de otimizar gastos e garantir uma melhor negociação com os fabricantes de softwares.
Ao passo que a adoção de tecnologias de nuvem tem sido acelerada, principalmente após a pandemia, o nível de maturidade tecnológica das pessoas dentro das organizações ainda é baixo, embora exista uma tendência de rápida evolução nos próximos anos – o que também emprega em uma nova preocupação para as corporações: a segurança.
Segundo estudo realizado pela empresa de segurança cibernética Kaspersky Lab em 2023, 90% das empresas brasileiras apresentam vulnerabilidades de segurança, principalmente impulsionadas por fatores como falta de conhecimento e conscientização sobre segurança cibernética; uso de tecnologias desatualizadas ou vulneráveis; e vulnerabilidades humanas, como erros de usuários ou falhas de segurança.
Em meio às complexidades do planejamento para o próximo ano no universo corporativo e nos investimentos em tecnologia, a conclusão é clara: a maturidade digital é um elemento crucial para o sucesso e a segurança das organizações.
Com um olhar atento sobre os pilares de pessoas, processos e tecnologia, é evidente que simplesmente adquirir recursos ou softwares não é suficiente. A evolução requer uma abordagem integrada, que inclui um diagnóstico preciso dos processos internos, a alocação adequada de talentos e a compreensão das capacidades tecnológicas.
. Por: Michael Bialli, Sales Manager ITAM Brazil da SoftwareOne, provedora global e líder em soluções de ponta-a-ponta para softwares e tecnologia de nuvem.