Agronegócio registra saldo positivo de US$1,5 bilhões para o estado; no cenário nacional, o setor teve superávit de US$ 10,2 bilhões, e batem recorde do período.
Em fevereiro, o agronegócio paulista foi superavitário em US$ 1,5 bilhão, enquanto os demais setores da economia, juntos, registraram déficit de US$2,5 bilhões. Houve aumento expressivo, de 36,5%, nas exportações do agro no Estado, que atingiram US$ 1,9 bilhão em fevereiro, o maior valor registrado para o período. Estes números são do relatório “Acompanhamento do Comércio Exterior – edição n° 8” do Departamento Econômico da FAESP, elaborado com base em dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
Os produtos que tiveram maior aumento nas exportações, em fevereiro, no comparativo com mesmo mês de 2023, foram: açúcar de cana bruto, cujas exportações cresceram 177% ou US$ 371,9 milhões, seguido por açúcar refinado (+70,8% ou US$ 54,9 milhões), carne bovina in natura (+28,6% ou US$ 35,3 milhões), papel (+51,0% ou US$ 30,8 milhões), celulose (+30,5% ou US$ 29,7 milhões) e café verde (+61,2% ou US$28,6 milhões).
Exportações — Brasil: no âmbito nacional, as exportações do agronegócio cresceram 19,5% em fevereiro, comparado com o mesmo período de 2023.
O saldo do agronegócio foi positivo em US$ 10,2 bilhões, enquanto o consolidado dos demais setores teve resultado negativo em US$ 4,8 bilhões. —A força das exportações do agronegócio foi o que possibilitou o superávit de US$ 5,4 bilhões da balança comercial brasileira— destacou o presidente da FAESP, Tirso Meirelles.
Crise na produção do leite— O presidente do sistema FAESP/SENAR-SP reiterou a necessidade do governo olhar com atenção pars os pequenos e médios produtores de leite. O aumento da importação, os baixos preços pagos e a falta de recursos estão levando pecuaristas a abandonarem o campo. Meirelles já alertou que há a perspectiva de colapso na produção. Vale lembrar que o Brasil é o terceiro maior produtor mundial de leite.