R$1,1 bilhão superior ao prejuízo líquido apresentado no trimestre anterior (R$166 milhões negativos no terceiro trimestre de 2023). No acumulado do ano passado, o lucro da empresa caiu 22%, totalizando R$ 1,6 bilhão; empresa desligou alto-forno e reclama da “invasão” de importados. Para 2024, a empresa projeta investimentos entre R$ 1,7 bilhão e R$ 1,9 bilhão.
A Usiminas divulgou seu balanço do quarto trimestre de 2023, e do ano passado no dia 09 de fevereiro (sexta-feira), dados que mostram um lucro líquido de R$ 975 milhões no quarto trimestre de 2023, revertendo o prejuízo de R$ 166 milhões no terceiro trimestre. Já no ano de 2023, a companhia registrou lucro líquido de R$1,6 bilhão, 21,6% inferior ao lucro líquido apresentado em 2022 (R$2,1 bilhões), — de acordo com a companhia em razão do resultado operacional inferior registrado no ano. A empresa teve Ebtida ajustado —lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização — negativo de R$ 20 milhões entre julho e setembro, enquanto atingiu Ebtida positivo de R$ 625 milhões entre outubro e dezembro do ano passado. Segundo comunicado da empresa, para o ano de 2024, a empresa projeta investimentos entre R$ 1,7 bilhão e R$ 1,9 bilhão.
A receita líquida no quarto trimestre de 2023 alcançou R$6,8 bilhões, 1,0% superior ao terceiro trimestre de 2023 (R$6,7 bilhões), com aumento na Unidade de Mineração parcialmente compensado por redução na Unidade de Siderurgia.
O Ebitda ajustado no quarto trimestre de 2023 alcançou R$625 milhões, R$645 milhões superior ao registrado no terceiro trimestre de 2023 (R$20 milhões negativas). A margem Ebitda ajustado foi de 9,2% no quarto trimestre de 2023, frente à margem de 0,3% negativas no trimestre anterior.
— O ano de 2023 foi muito desafiador e ficará marcado como um dos mais importantes da história da Usiminas, com destaque para a reforma do Alto Forno 3, além de outros grandes equipamentos da planta de Ipatinga, em um cenário de aumento expressivo do volume de importação de aço gerado por concorrência desleal.
O Instituto Aço Brasil (IABr) projeta um cenário para 2024 com crescimento moderado de demanda, com alguns setores industriais mostrando resiliência, com destaque para o segmento automotivo, nosso maior mercado, com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) projetando crescimento de produção de 6,2% para 2024.
Para o primeiro trimestre do ano, a companhia espera estabilidade no volume de vendas de aço e na receita líquida por tonelada na Unidade de Siderurgia, em relação ao quarto trimestre de 2023.
A Usiminas continuará buscando excelência operacional em 2024, com expectativa de redução dos seus custos na Unidade de Siderurgia, principalmente ao longo do primeiro semestre.
Na Mineração, após o recorde de vendas em 2023, é esperado um menor volume de vendas em 2024, reflexo da paralisação temporária de uma de suas plantas de tratamento de minérios. No primeiro trimestre de 2024, esse efeito deve ser acentuado pela sazonalidade típica do período de chuvas no começo do ano.
Assim, quando comparado ao Ebitda sem efeitos não recorrentes do quarto trimestre de 2023, a Companhia espera expansão
de rentabilidade, com melhora na Unidade de Siderurgia e queda na Unidade de Mineração — comenta a administração que também citou as expectativas para 2024.