Líder na América Latina em soluções de pós-colheita, companhia inicia 2024 com carteira de clientes melhor e mais diversificada.
A Kepler Weber (KEPL3) realizou obras de beneficiamento e armazenagem de grãos em 294 municípios do Brasil ao longo de 2023. Com presença global, a empresa também informa negócios fechados com 16 países no mesmo período.
Líder em soluções de pós-colheita, a companhia, que divulgará resultados do quarto trimestre em fevereiro, projeta fechar o ano com o segundo melhor resultado da história, abaixo apenas de 2022, ano considerado excepcional.
— O déficit de armazenagem é muito grande, mesmo com a previsão de uma safra menor que as estimativas iniciais para este ano— afirma Bernardo Nogueira, diretor comercial da Kepler Weber. —Há dois anos, o Brasil registrou um salto de 50 milhões de toneladas. Mesmo que haja, agora, redução na produção do Brasil, e estimativa é que ainda esteja 30 milhões acima do que foi registrado em 2021—.
O executivo lembra que a pressão gerada pela falta de armazéns e outros gargalos logísticos do país geraram perdas milionárias aos agricultores em 2023, devido aos prêmios negativos de soja. Para este ano, também estão previstos prêmios negativos para o setor.
—Os agricultores estão revendo a prioridade de investimento, colocando unidades armazenadoras no topo da lista de prioridades, ou seja, a armazenagem deixou de ser necessária e passou a ser crítica —afirma.
Segundo a Kepler Weber, a companhia inicia 2024 com uma carteira de pedidos melhor que 2023 e mais diversificada, tanto em valores quanto em volume.
Procer —A digitalização das unidades de beneficiamento e armazenagem de grãos deve ser fortalecida ao longo de 2024, segundo o executivo. Atualmente, 14% da capacidade estática do país está monitorada, somando mais de 1,6 mil unidades.
Em março de 2023, a Kepler Weber anunciou a conclusão do processo de aquisição da Procer, principal player do Brasil com foco específico em tecnologias para armazenagem de grãos.
—Este ano, mais da metade das obras vendidas pela Kepler Weber já saíram com tecnologia embarcada, e, nos próximos anos, a meta é chegar a 50% das unidades no Brasil conectadas— estima Nogueira.
Centros de Distribuição — Para garantir uma maior proximidade com os clientes durante toda a safra, a Kepler Weber tem investido em Centros de Distribuição (CD) nos principais polos agrícolas do país.
As unidades estão localizadas em Panambi (RS), Campo Grande (MS), Cascavel (PR), Rio Verde (GO), Cuiabá e Sorriso (MT), Balsas (MA), Paragominas (PA) e Luís Eduardo Magalhães (BA).
Essas unidades, segundo o executivo, são uma iniciativa para facilitar o acesso dos clientes às peças de reposição e ao suporte especializado das equipes técnicas da empresa.
Linha de pintura a pó — Para ampliar, ainda mais, a eficiência operacional, a Kepler Weber inaugurou, na fábrica de Panambi (RS), uma nova linha de pintura a pó, que resulta em uma redução de 92% no desperdício. O equipamento gera 40% menos Dióxido de Carbono (CO2), principal gás causador do efeito estufa.
—É um investimento com foco na produtividade e altamente sustentável, com redução de 26% no consumo de energia— comenta Nogueira.
Novo Mercado — Para reforçar o compromisso com o crescimento sustentável e as melhores práticas de ESG (a sigla em inglês Environmental, Social and Governance), as ações da Kepler Weber passaram a ser negociadas no Novo Mercado da B3, em julho. O segmento é reconhecido pelo alto padrão de governança corporativa.
As companhias que seguem as regras do Novo Mercado têm acesso a um mercado mais amplo e qualificado, com maior liquidez e menor custo de capital. Além disso, as operações são negociadas em lotes padrão, o que facilita as operações.