Terminal é responsável por 41% dos contêineres destinados ao comércio exterior no Nordeste.
O Terminal de Contêineres do Porto de Salvador (Tecon Salvador), da Wilson Sons, ampliou em 7,9% a movimentação de cargas em 2023 e registrou um novo recorde operacional, com mais de 400 mil TEUs (unidades de contêiner) embarcados ou recebidos. O recorde anterior foi alcançado em 2021, com 376.366 TEUs. O segmento com maior representatividade foi o de exportação, seguido da cabotagem. —O terminal de contêineres baiano é uma das instalações mais competitivas na América do Sul, potencializada pelos constantes investimentos nas melhorias das nossas instalações e que vêm contribuindo para obtermos recordes seguidos em nossas operações— afirma Demir Lourenço, diretor- executivo do Tecon Salvador. Ele lembra que o Tecon Salvador é responsável por 41% dos contêineres destinados ao comércio exterior no Nordeste.
Novas cargas — Um dos destaques do trabalho no Tecon é a atração de novas cargas. Um exemplo é o caso do algodão produzido na região do Matopiba. O aumento no fluxo de cargas foi de 235% ano passado, sendo 964 TEUs em 2022 e 3.228 TEUs em 2023. Entre as cargas atendidas para o comércio exterior, os destaques ficam para a exportação de papel e celulose, que representaram 29,89% do total, além das frutas que representaram 11,33%, com um crescimento de 103% na movimentação, vindas do norte de Minas Gerais, de Sergipe e de diferentes partes da Bahia e Pernambuco, com destaque para a região do Vale do São Francisco. Nas importações, os segmentos mais expressivos são químicos diversos e peças para o setor de energia solar, representando crescimento de 17,28% e 12,98%, respectivamente. A cabotagem foi impulsionada pelo setor de plásticos e polímeros, com 17,59%, seguido de químicos com 16,41%, e o arroz, vindo predominantemente do Rio Grande do Sul, com alta de 14,22%.
Escalas — Com escalas semanais, China e Estados Unidos são os principais destinos das cargas exportadas, com 27,14% e 26,84% de participação, tendo o país asiático como o maior responsável pelas cargas de importação, 48,20%. No comércio local, Santa Catarina (28,16%), São Paulo (27,30%), Manaus (17,42%), Rio Grande do Sul (12,47%) e Pernambuco (4,75%) são os estados com mais uso do terminal baiano.