A tecnologia tem desempenhado um papel fundamental na educação, permitindo que os alunos acessem uma vasta gama de informações e recursos por meio de tablets e computadores. De acordo com a pesquisa TIC Kids Online Brasil realizada com 2,6 mil crianças em todo o País, 44% acessam a Internet no ambiente escolar. Essa tendência reflete a crescente importância do universo digital como uma ferramenta educacional, proporcionando oportunidades de aprendizagem e de melhoria do conhecimento.
No entanto, o acesso à Internet nas escolas também apresenta desafios significativos. Os estudantes estão expostos a uma infinidade de conteúdos, alguns dos quais podem ser inadequados ou prejudiciais. Há o risco de ameaças cibernéticas, como ataques de phishing, roubo de informações pessoais e exposição a conteúdos maliciosos. Nesse contexto, é fundamental que as escolas adotem medidas de segurança eficazes para proteger seus alunos e para fornecer um ambiente educacional seguro, inclusive quando os jovens estiverem fora de seus estabelecimentos.
Uma tecnologia que já existe e deve ser cada vez mais adotada nas escolas é a de DNS Filter, que funciona como uma espécie de filtro virtual, controlando e restringindo o acesso a determinados sites da Internet. Essas soluções são capazes de bloquear acessos indevidos, perigosos ou inapropriados a partir de listas de portais e de categorias pré-determinados pelas escolas como prejudiciais às crianças. Dessa forma, os estudantes são protegidos contra conteúdos inadequados conforme sua faixa etária.
Ao adotar soluções de DNS Filter, as escolas têm a capacidade de personalizar as configurações de segurança em conformidade com suas necessidades específicas, bloqueando categorias amplas de conteúdos, como pornografia, violência ou drogas, assim como restringindo sites específicos que não são recomendados pelos educadores. Essas soluções podem oferecer recursos avançados, como detecção de palavras-chave, monitoramento de atividades online e geração de relatórios detalhados sobre o uso pelos alunos. Essas informações ajudam no monitoramento, na identificação de padrões de comportamento potencialmente problemáticos e a atuação adequada dos professores sempre que necessário.
No entanto, a segurança nas escolas não deve se limitar apenas a bloquear conteúdos inadequados. É igualmente importante proteger os alunos contra ameaças cibernéticas, cada vez mais comuns. As soluções de segurança precisam ser capazes de identificar e bloquear riscos de ataques. Isso pode ser feito por meio da implementação de firewalls, antivírus atualizados e programas de segurança cibernética robustos.
Nesse cenário desafiador, o letramento digital também passa a ser mais uma atividade importante, pois ensinar os alunos a serem usuários conscientes de tecnologia desde cedo é crucial para que desenvolvam habilidades de proteção online que pode acompanhá-los em toda a vida adulta. Os educadores devem instruir os estudantes sobre os perigos da Internet, a identificarem sites confiáveis, a criarem senhas seguras e a se resguardarem diante de ameaças virtuais ao não compartilharem informações pessoais na Internet. Essa conscientização ajudará alunos e educadores a terem comportamento responsável no ambiente online, criando um futuro digital mais seguro.
A segurança depende de todos e as escolas que fazem uso de equipamentos eletrônicos em sala de aula devem assumir adicionalmente a responsabilidade pela segurança digital, assim como criar mecanismos para a proteção de dados. Ao adotar tecnologias de proteção como DNS Filter e ao assumir cuidados, as escolas terão melhores condições de proporcionar um ambiente educacional mais seguro, focado no aprendizado dos alunos e no bem-estar de todos. O uso de inovações digitais depende dessa preparação prévia, pois o espaço seguro de ensino é a base para um ambiente educacional tranquilo. Se realmente desejarmos revolucionar o ambiente educacional brasileiro precisamos começar pela base, protegendo sistemas, dispositivos, alunos, professores e escolas. A vida digital do futuro depende do treinamento, dos cuidados e das ferramentas de proteção que adotamos hoje.
. Por: Lucas Pereira, Chief Technology Officer (CTO) da Blockbit.