Gastos com academias e produtos fitness crescem 35% em 2023, aponta estudo do Itaú Unibanco. Levantamento do banco indica que aumentou a busca de brasileiros por mais saúde e estética relacionada ao universo fitness neste ano; Consumo da geração Z foi o que mais cresceu.
Com a chegada do verão, é comum observar o crescimento na procura de pessoas por academias em busca de estética e melhora na qualidade de vida por meio da prática de esportes. No entanto, um estudo realizado pelo Itaú Unibanco indica que todo o ano de 2023 foi de maior consumo atrelado ao universo fitness. No período, houve uma alta de 35% no valor transacionado com academias (seja diretamente ou por plataformas de assinatura), moda esportiva e suplementação em comparação com 2022. Os dados contemplam as compras realizadas via cartões de crédito e Pix entre janeiro e novembro, na comparação com o mesmo período de 2022. No total de transações, a alta foi de 32% e o ticket médio foi de R$ 146,97.
As plataformas de assinatura para prática de exercícios — que no estudo considera os pagamentos de mensalidades via cartões de crédito — teve o avanço mais significativo no período, com alta de 88,3% em volume e de 61,3% em número de transações.
Já considerando as categorias nas quais as transações são feitas tanto com cartão de crédito quanto com Pix, o maior crescimento está relacionado a gastos com suplementação, com altas de 35,4% no valor transacionado e de 32,8% em quantidade de transações. Já as redes de academias tiveram crescimento de 27,7% em volume e de 25% na quantidade de transações. O segmento de moda esportiva teve um leve recuo de -1,5% em volume e de -6,4% em transações.
—A partir da análise dos dados de comportamento de consumo, temos notado um aumento no interesse das pessoas por atividade física e por todo o universo que cerca a prática esportiva, especialmente entre as pessoas mais jovens. O advento de soluções por assinatura e a busca por suplementação são fatores que também podem explicar esse crescimento— afirma Moisés Nascimento, diretor de dados do Itaú Unibanco.
Geração Z foi a que mais cresceu — A Geração Z, composta por pessoas nascidas entre a segunda metade da década de 1990 e o ano de 2010, teve papel relevante para impulsionar o crescimento no setor. Com um aumento de 65% em volume e alta de 58,7% em quantidade de transações, o público mais jovem foi o que apresentou o maior salto no consumo de produtos relacionados a academias em 2023.
Ainda na análise por idade, a geração Y —nascidos entre 1982 e 1994— ficou na liderança em participação, sendo responsável por 45,9% das transações e por 45,4% no valor total transacionado.
Público de alta renda lidera o consumo no universo fitness — Pessoas com maior renda também foram as que mais tiveram gastos no setor. Nesse contexto, o público que possui renda de mais de dez salários-mínimos por mês teve 32,3% de participação no volume transacionado e de 27,7% no total de transações. Quando avaliado o crescimento ano contra ano, o público que mais teve aumento na quantidade de transações foi o que recebe até um salário-mínimo, com alta de 35,84% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em relação ao volume transacionado, o maior crescimento foi entre pessoas que recebem de oito a dez salários-mínimos por mês.